O último profeta e sua cultura
João Batista era filho de Isabel, casada com Zacarias e prima de Maria, que ao receber o sinal de um anjo que conceberia vai visita-la, apressadamente diz a narrativa bíblica, mas também porque o anjo diz a ela que está cheia de dúvidas: “sua prima que era estéril concebeu na velhice” (Lc 1:36-40), passagem cheia de interpretações, mas isto fica para depois.
Quem era João Batista foi melhor esclarecido nos manuscritos do mar morto (ver referencia) encontrado no mar morto, muito recentemente, mas que leitores bíblicos e exegetas ignoram completamente.
O manuscrito do Qumran muitas polêmicas surgiram, até mesmo de que Jesus era na verdade um essênio, outra que alguns fugiram para a Índia e lá teriam fundado comunidades com seus princípios, alguns destes manuscritos estavam dentro de jarros de barro e falavam da vida de Jesus Cristo e diziam sobre a importância de curas com medicinas alternativas e a importância da cultura vegetariana.
Os essênios também defendiam a unidade e a paz, pois era um período de divisão entre os judeus, vários tiveram contato com Jesus e estão presentes em passagens bíblicas, e assim já tinham uma cultua diferente dos saduceus e fariseus.
Os saduceus eram pessoas da alta sociedade, membros de famílias sacerdotais, cultos, ricos e aristocratas; os fariseus não acreditavam na vida após a morte e por isso não diziam nada sobre sua visão escatológica (do princípio e fim) ficando mais preocupados com as regras e as “leis” judaicas.
Os zelotas, outros que se agregaram a Jesus, rejeitavam o pagamento de tributos ao império romano, sob a alegação de que tal ato era uma traição contra Deus, entre os apóstolos de Jesus, Simão era um zelotes e Judas, o traidor também, e também o apóstolo tardio Paulo de Tarso, refere a si mesmo como um zelote religioso (At 22:3; Gl 1:14).
isto dá um contexto mais cultural e político sobre Jesus e seus apóstolos, não tira em nada sua divindade, mas explica as polêmicas e contradições com a cultura judaica mais ortodoxa da época.
Sobre esta polêmica, o acadêmico judeu Dr. Israel Knohl, presidente do departamento Bíblico da Universidade Hebraica de Jerusalém, e convidado das universidades de Berkeley e Stanford, apresenta em seu livro: “The Messiah Before Jesus”, escreve baseado nestes pergaminhos, a tese de que por volta do ano do nascimento de Jesus falecera um suposto messias Menahem, o essênio, em circunstâncias semelhantes às de Jesus e isto era de conhecimento de Jesus.
Polêmicas a parte, não enfraquece as narrativas bíblicas de Jesus e João Batista, mas esclarece melhor aspectos culturais e históricos.
«The Weirdo Cult That Saved the Bible» (em inglês). Slate. 17 de janeiro de 2008. Consultado em julho de 2015.