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Justiça alemã bloqueia produtos Microsoft
Segundo a Reuters, notícia veiculada poucas horas atrás, a Microsoft deverá retirar muitos de seus produtos do mercado alemão.
Um tribunal em Manheim deu nesta manhã ganho de causa para a Motorola Mobile, afirmando que a empresa violou patentes e deve retirar o console de jogos Xbox 360 e o sistema operacional Windows 7 do mercado alemão.
Por outro lado a Motorola, segundo a agência de notícias: “está proibida de atuar na decisão de hoje, e os negócios na Alemanha continuarão como de costume, enquanto não houver apela da decisão e encontrar a decisão final sobre esta questão pela Motorola”, afirmou a Microsoft em razão da decisão, pois ainda neste momento não significa que a Microsoft já cumpriria imediatamente a sentença, uma vez que há uma liminar na corte distrital nos EUA, em Seattle que impede a Motorola de aplicar a ordem judicial alemã.
Mas isto ainda não significa que a decisão será aplicada.
“A Motorola está proibido de atuar na decisão de hoje, e nosso negócio na Alemanha continuarão como de costume, enquanto nós apelar da decisão e buscar a questão fundamental da promessa quebrada da Motorola”, disse a Microsoft em resposta à decisão.
Por outro lado, há sucessivas queixas da Apple e Microsoft, junto às autoridades da UE (União Européia) que forçaram a abertura de duas investigações para apurar se a Motorola tem feito uma cobrança excessiva pelo uso de suas patentes dos rivais.
As empresas de tecnologia têm investido bilhões de dólares em compra de carteiras de patentes que podem usar na defensiva ou ofensiva contra os rivais.
Na prática há um forte litígio interno ao mundo corporativo que parece dividir duas frentes de empresas, pois a Motorola Mobility foi recentemente comprada pela Google (veja nosso post).
Facebook e a dificuldade corporativa
Ser grande e integrar-se completamente no mundo corporativo pode ser um problema, alguns anunciantes e empresas de marketing parecem indicar isto conforme conta uma notícia no CNET News sobre o Facebook.
Com aproximadamente 15% da população do mundo conectada através do Facebook, parece não dar conta de usar eficientemente sua capacidade de mídia, ainda que tenha uma receita de mais de U$ 1 bilhão só em propaganda.
É uma faca de dois gumes pois precisa crescer, mas seu crescimento pode sufocar o processo de negociar propagandas e agilizar interesses pelo mundo afora, e seu sistema self-service parece não ser a gosto de muitos clientes.
O Google que fundamentalmente trabalha com algoritmos (veja entrevista no digitaltrends) curiosamente já tem alavancado mais negócios que o Facebook e mostra-se mais preparado para o mundo corporativo e tem dados passos largos neste sentido.
Quando Mark Zuckerberg saiu da Universidade de Harvard e dirigiu-se ao Vale do Silício para criar uma plataforma de conexão do mundo, ele certamente não estava pensando em criar um lugar no site para os anunciantes.
Conforme declaração conhecida de Zuckerberg: “O Facebook não foi originalmente criado para ser uma empresa” (veja na CNN), ele dizia numa carta aos acionistas quando foram lançadas as ações IPO, “ele foi construído para cumprir uma missão social – para tornar o mundo mais aberto e conectado”.
E essa missão, ele escrevia, que deveria continuar a fundamentar todas as decisões que a companhia faz, mas os problemas de privacidade e de apoio ao CISPA parecem ter obscurecido um pouco esta missão inicial tão aberta e importante.
Word ou Google docs, o que está mudando
Lembrei quando a 25 anos atrás (assustei com o tempo) eu trocava o WordStar e o WordPerfect (nossa faz tempo!), então os editor mais populares, pelo Word que inicialmente parecia muito estranho, o motivo era simples tinha mais facilidades para os gráficos e integrava os outros aplicativos como planilhas, editores de gráficos e figuras, etc.
Enfim o usuário quer facilidades, agora como tenho artigos para produzir com meus colegas de trabalho e alunos percebi que aos poucos estou abandonando o Word, é uma tendência.
O Google Docs apareceu em 2007, as pessoas que trabalham com aplicativos do Office e Open Office (este free), não parecia de grande utilidade era confuso e não sabia como controlar as versões, na vedade um artigo do CNET News lembra que já haviam outros tipos de editores com compartilhamento, como Zoho AdventNet, o Goffice Silveroffice, o ThinkFree, OpenOffice da Sun, e Flysuite Natium.
Mas o produto do Google melhorou muito no ano passado a empresa emitiu mais de 200 atualizações para a suíte de aplicativos core. Google desenvolveu tendo em mente a idéia da colaboração fazendo seus usuários compartilharem e editarem o mesmo documento em tempo real e já disponível para aplicativos de celulares.
Olhando pela tecnologia o armazenamento está na núvem, quer dizer não sobrecarrega o celular, o tablet e o computador, mas e o compartilhar, bem isto requer novas atitudes e comportamentos, mas estão mudando !
Serviços TIM, Oi e GVT caem
Na tarde de ontem, nas regiões sul e sudeste as três operadoras apresentavam problema de sinal, em comunicado oficial a operadora GVT informou:
“Clientes do serviço de banda larga da GVT nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul percebem a lentidão ou dificuldade de acesso a determinados sites da internet desde o início da tarde … equipes do fornecedor responsável pela rede trabalham para restabelecer o serviço o mais breve possível”.
Os informes indicavam o rompimento de um cabo na região de Curitiba, mas isto reabre a discussão em torno da qualidade dos sinais e serviços no Brasil, além dos preços caríssimos.
Além dos serviços serem ruins, as antenas não segue a legislação vigente, havendo antenas instaladas irregulares, recentemente a justiça de São Paulo, conforme o site G1, acionou as empresas Vivo, Claro e Oi.
De acordo como site a Vivo tem 539 antenas irregulares, a Claro tem 749, e a Oi 710.
Mas o número de usuários vai crescer, o número de antenas vai cair e a solução deveria ser uma tecnologia mais avançada.
Já está liberado pela Anatel (veja no tecnoBlog) o acréscimo de um dígito, inicialmente o número 5, para os celulares de são Paulo, isto significa mais celulares, mas será que as centrais se expandiram e ampliaram seus equipamentos para comportar este aumento, ou vai piorar ainda mais o sinal?
Mais um serviço nas "nuvens"
Com o mercado de armazenamento “em nuvem” já com opções como: Dropbox, SkyDrive, Box, CX, iCloud e o serviço de nuvem do Yahoo.
O serviço chamado de Google Drive está disponível para PCs com Windows, Macs e celulares com Android, em breve será lançado para iPad.
O serviço é gratuito até 5 GB e depois tem preços incrementados, de U$ 2,49 para 25 GB, U$ 4,99 para 100 GB, de U$ 49,99 para 1 TB, por mês, havendo outros planos ainda.
O DropBox é gratuito até 18 GB, mas tem preços maiores em aumento de armazenamento pago: 50 GB por U$ 10,00 e 100 GB por U$ 20.
Estão disponíveis as ferramentas Google, como Gmail, Google+ e GDocs entre outras, mas é possível configurar para outros serviços como vídeos e imagens.
Acréscimo: No final do dia diversas empresas e sites estavam comentando que os direitos de privacidade do Drive eram confusos, Eric Goldman do High Tech Law Institute, afirmou que “a linguagem não está muito bem redigida como seria de esperar de uma empresa do tamanho e estatura do Google”, embora o Google terha declarado que “o que pertence a você permanece seu”, Goldman afirma que “aquilo” que é chamado de “bits” puros e simples de “bandeira vermelha” (aquelas marcações que fazemos para indicar uma informação importante), “você sabe o que alguém está fazendo acenando desta forma” e isto significa importante e confidencial.
Quando você faz um upload ou envia um conteúdo para os serviços Google (e com aqueles com quem trabalhamos) concede uma licença mundial para utilizar, armazenar num num host, reproduzir, modificar e criar trabalhos derivados (por exemplo traduções, adaptações, transcrições, etc) de acordo com os serviços (vídeos, blogs e fóruns, por exemplo), que significa comunicar, publicar e executar publicamente ou distribuir os conteúdos, mas o problema é que isto não inclui trocas confidenciais.
Se isto não estiver bem colocado o problema foi criado.
Extrair recursos no espaço ?
O gerente da Fundação XPrize, Peter Diamandis< parece indicar que sim e tem como conselheiros nada menos que: o gerente do Google Larry Page, ex-gerente Eric Schmidt, o cineasta James Cameron, e o ex-arquiteto chefe da Microsoft turista espacial Charles Simony e outros, além de ter os patrocínio da Cisco e da Shell.
Em entrevista mostrada no YouTube, Diamandis parece indicar que vão começar explorando asteróides, e entrevista divulgada pela revista Forbes, os estudos estão sendo feitos no Keck Instituto de Estudos Espaciais (KISS) na Laboratório de Propulsão a Jato da CalTech (Instituto da Califórnia de Tecnologia), que divulgou o estudo (PDF).
Outro estudo feito em separado pela Comissão Nacional de Estudos Espaciais (PDF) da NASA em 2009 afirmou que a extração de recursos da Lua e asteróides é essencial para tonar viável a exploração e colonização do espaço.
Embora a empresa tenha falado pouco sobre seus planos, Diamandis disse a um repórter da Forbes que a abertura dos recursos do espaço é fundamental para a humanidade e que a Terra é uma “migalha em um supermercado de recursos” quando todo o espaço é considerado.
Google e Oracle duelam nos tribunais
A Oracle acusa a Google de usar aplicativos para desenvolvimento do sistema operacional Android, e o gerente Larry Page vai assumir o posto de réu novamento no tribunal da disputa sobre patentes e direitos autorais, com uma estratégia de defesa já definida:
– o código Java é aberto e portanto não pode alegar patente,
– o Google não usou nada que fosse errado no desenvolvimento do Android, e,
– a Oracle está irritada porque a Sun não conseguiu popularizar os smartphones baseados em Java.
Poderia acrescentar ainda que a Google contratou o James Gosling, pai de desenvolvimento da linguagem Java, mas tornaria o ciúme evidente.
Alguns slides da apresentação como mostrado acima estão sendo divulgado o que poderá gerar algum nível de irritação ou mesmo de dificuldade no debate entre as empresas.
Larry Page, vai assumir o posto novamente em tribunal da empresa briga com a Oracle sobre se Android infringe patentes Java e direitos autorais, mas a linha da história para o gigante das buscas está definida.
A linguagem Java foi criada pela Sun Microsystems, mas foi adquirida pela Oracle em meados de 2009 pelo valor de U$ 7,4 bilhões, e em agosto do mesmo ano a Sun abriu o processo contra o Google na Corte Distrital do Noroeste da Califórnia, o valor alegado da indenização pode chegar a U$ 6 bilhões, o Google se dispôs a pagar U$ 2,8 bilhões para encerrar o caso.
Lumia 900 de graça ?
Bem não é bem assim e você só pode adquiri-lo nas lojas credenciadas AT & T americanas, deve pagar U$ 99 e recebe U$ 100 de crédito, segundo alguns sites (Venture Beat, por exemplo) devido um problema de software que impede de acessar a internet.
Mas isto esconde o desconforto que a empresa teve ao dizer aos investidores que o frente ao seu relatório de ganhos menores que o esperado para o primeiro trimestre, conforme o site Venture Beat, o que significa que será um ano difícil para a empresa global.
O lado positivo é que a empresa anunciou a venda de 2 milhões de dispositivos Lumia no trimestre a um preço médio de 220 euros, isto significa um crescimento em ativações, pois os smartphones haviam sido lançados em novembro do ano passado.
Na quarta-feira passada a empresa havia anunciado que a empresa era a primeira a usar a tecnologia chamada NFC (near-field communications, sem fio de curto alcance) para o Lumia 610, na plataforma Windows.
Sobre o defeito do Lumia 900 a declaração oficial da empresa era que “um problema de administração de memória”, portanto relacionado ao software foi o que causou o problema e somente a partir de 16 de abril que o problema seria corrigido.
Microsoft contribui para o Linux !
Sim é o que diz um relatório da Linux Foudation, que afirma que além de empresas como Google, Intel, Nokia e IBM, a Microsoft está entre empresas que mais colaboram ao seu concorrente de software livre, seja os números no site Lwn.net.
É curioso para uma empresa que um dia declarou chamou o Linux de “câncer” agora trabalhado num modelo de desenvolvimento colaborativo, veja os números no Lwn.net.
Em 2011, Jim Zemlin, diretor-executivo da Linux Foudation, acreditava pela influencia que o Linux tinha no Android e em muitos sistemas desenvolvidos para leitores de ebooks e outros, que a guerra com a Microsoft tinha sido vencida por eles e declarou: “Eu acho que nós simplesmente não nos importamos mais tanto com eles [a Microsft] que eram nosso grande rival, agora [criticar a Microsoft] é como chutar um cachorrinho”.
O desenvolvimento mostra ainda dados curiosos como mais de 7,8 mil desenvolvedores de 800 empresas contribuíram para o núcleo (kernel) do Linux desde que estes dados foram medidos a partir de 2005, e ainda que 75% é pago quebrando um “mito” do software livre.
Recentemente o criador da plataforma WordPress, Matt Mullenweg, disse em entrevista a revista INFO que seria uma questão e tempo para o Linux superar a MicroSoft, etc. mas na prática o que acontece é algo maior que toda esta competição, é a colaboração.
A novidade neste jogo agora é que software proprietário e software livre podem colaborar, isto realmente é algo novo.
Brasil pode ter futuro no mundo digital
Segundo noticiário do Washington Post, o Brasil pode ter um futuro brilhante em questão de tecnologia digital, segundo o jornal devido uma “cultura da partilha da informação”.
Um exemplo que impressionou o articulista do jornal americano foi a cidade de Campinas pela capacidade de desenvolvimento e articulação, e cita as incubadoras daquela cidade como um ótimo exemplo, citando a organização Campinas Statups.
O objetivo da associação,s em fins lucrativo segundo o site é:
Promover crescimento acelerado dos membros; Fortalecer a troca de conhecimento entre os membros; Promover o networking regional; Buscar investidores; Buscar fomento para projetos, e Realizar ações de marketing conjuntas
Segundo esta reportagem os empresários decidiram aprender uns com os outros, e embora a universidade fosse muito favorável, foram os mentores do negócio que saíram a sua maneira para partilhar os seus conhecimentos e experiência.
O conselho que era sempre muito teórico ou voltado apenas para grandes empresas, não era relevante para o mundo da tecnologia mais enxuto e que precisa de um ritmo acelerado.
Assim os empresários encontraram um maior valor em sessões de brainstorming e troca de informações informais em almoços e encontros informais depois do trabalho.
A reportagem explica esta cultura da partilha no meio empresarial: “Quando você é um empresário solitário, você não é responsável perante ninguém, mas só a você mesmo, e assim é mais fácil de errar. Você não tem um conselho para responsabilizá-lo ou para guiá-lo quando você vai fora da pista”.
Talvez nem mesmo nós brasileiros saibamos ainda de bons exemplos de partilha como este.