Arquivo para April, 2013
Recém criada DPLA provê vários serviços
A recém-criada Digital Public Library of America (DPLA) já permite aos usuários navegarempor mais de dois milhões de livros arquivados, imagens, registros e sons.
Dela participam instituições como a Universidade de Harvard, a Internet Archive, e as bibliotecas públicas de Boston, Chicago e São Francisco bibliotecas públicas, conforme artigo publicado na Ars Technica.
Os serviços já incluem uma interface de programação de aplicativo (API), facilitando o acesso, e está se ligando a bibliotecas regionais e locais para permitir o acesso a jornais locais e arquivos públicos para fazerem pesquisas de famílias, por exemplo.
A pouco tempo atrás, o site da Ars escreveu os desafios da DPLA: “A organização deve ser um banco de documentos, com uma vasta quantidade de metadados, uma advocacia para defesa de pessoas processadas, uma parceria com editoras, uma maneira de não tornar irrelevantes o acesso às biblioteca locais (como livros online, por exemplo), não dando razão se cortarem os financiamentos nestas bibliotecas. E isso vai ser difícil de fazer” afirmava o site.
Apesar de cansado, o diretor-executivo da DPLA Dan Cohen, se disse animado para a Ars afirmando que não tem ilusões sobre as dificuldades a serem enfrentadas.
Ele afirmou a Ars, que organizar os metadados foi a maior tarefa do DPLA a um ano atrás, disse Cohen:. “Os metadados podem ser muito vagos e normalizá-los é uma parte importante por trás de todo este processo …”, concluindo sobre os metadados: “temos um modelo de dados que é bastante rigoroso e muito flexível.”
Dados de site de compras são roubados
Sites de compras coletivas, de anúncios de descontos e vantagens são cada vez mais comum na Web, mas as preocupações com privacidade e segurança crescem, principalmente porque tendo um grande número concentrado de informações são alvo de crimes na internet.
O LivingSocial, maior concorrente do site de descontos Groupon, este muito conhecido no Brasil, teve suas senhas e dados roubados, totalizando quase 50 milhões de usuários, dos 70 milhões que possui.
LivingSocial, é um site americano coligado a Amazon.com, oferece muitos desconto nos Estados Unidos, Ásia, Europa e América Latina, e teve suas conta invadidas neste final de semana passado.
A informação, segundo o site AllThingsD, foi dada por um executivo da empresa a um funcionário, e este email tornou esta informação pública.
Segundo o AllThingsD, os ‘hackers’ roubaram nomes, datas de nascimento e senhas, entretanto parece que os números dos cartões de crédito ou outros dados financeiros não foram obtidos.
Superficialidade e os algoritmos
Muitos entre os que não são da chamada geração Y (agora Z) criticam o uso de email e a Web como fuga ou medo dos problemas cotidianos.
Sempre que ouço falar de geração superficial, termo cunhado por Nicholas Carr, sobre o que a internet fez com nossos cérebros, imagino que é tudo muito novo para alguma conclusão realmente final sobre o processo que estamos vivendo, mas não existe planeta B: estamos vivendo assim no planeta A.
Mas posso dizer sobre minha experiência pessoal de todo este período mergulhado em computadores, tecnologias e principalmente em ideias que possam solucionar problemas.
Aprendi a programar no tempo dos grandes computadores, quando o acesso as máquinas era difícil e a primeira que aprendi foi resolver problemas e criar algoritmos, passos consecutivos para solucioná-los e depois de muitas etapas de depuração do algoritmo (a palavra em inglês era debugging acho que daí veio a ideia do bug, defeito no programa) chegava ao programa que só então ia ser passado para a máquina.
As etapas eram: identificar o problema, estabelecer passos para resolvê-lo, otimizar cada um dos passos a permitir a melhor operação com menos tempo e custos, encontrar os possíveis erros e finalmente testar o algoritmo final.
Muitas vezes nem chegavamos ao programa de computador, mas haviam ideias e soluções geniais.
Quando surgiu a internet isto ficou mais interessante, porque era possível compartilhar com milhares de programadores, listas de discussão e havia uma tremenda sinergia nas redes.
A Web ficou mais interessante ainda, porque não programadores se aproximaram deste universo aumentando esta sinergia e universalizando problemas e soluções.
Penso que a superficialidade é justamente o oposto: jamais enfrentar os problemas usando subterfúgios (culpar os outros, dizer que não há soluções ou apenas fugir), enfrentando o problema não conseguir estabelecer passos para enfrentá-lo, conseguindo os passos não admitir que possa ter erros ou falhas, passando os erros e as falhas, nunca testar o algoritmo todo e finalmente, por saltar uma destas etapas, voltar ao problema inicial que só cresceu.
São inúmeros os problemas da superficialidade moderna, mas o pior de todos é não enfrentar os problemas e não admitir os erros, é um sistema pedagógico e psíquico falido, ninguém aprende e quem ensina assim ensina errado !
A liquidez, a modernidade e a Web
Uma coisa muito comum é associar a liquefação de algumas instituições e das relações sociais com o mundo digital, nada mais equivocado, porque este processo se inicia no final da idade média.
Primeiro deve-se esclarecer que modernidade, termo surgido no final da idade média e início da idade moderna, com as transformações clássicas e um conjunto de “ideais” aparentemente estáveis de valores e modos de vida cultural e político: o liberalismo, o iluminismo e concepções de sociedade que seriam duradouras, mas que o tempo mostrou que não são.
Na modernidade líquida, tudo é volátil, as relações humanas não são mais tangíveis e a vida em conjunto, familiar, de grupos de amigos, de afinidades políticas e assim por diante, perde esta consistência e estabilidade, mas quando tiveram ? Referiam-se a quais valores “sólidos” ?
O estabelecimento da autonomia da razão, com suas extraordinárias influências na filosofia, a cultura e as sociedades ocidentais, e até mesmo nas teologias atuais.
Em Descartes já se liquefazia o sujeito moderno, ao desenvolver a sua dúvida sistemática, moderno conceito sobre o que seria “científico” afirma: “usando de sua propria liberdade, suponha que nenhuma coisa, de cuja existência tenha a menor dúvida, exista”, e já na primeira meditação dizia: “me aplicarei seriamente e com liberdade a destruir em geral todas minhas antigas opiniões” sobre o que diria mais tarde Husserl, que introduziu outro método (pós-moderno?) colocando entre parentesis o que se considera certo.
O fracasso na construção do discurso de diversas escolas e saberes, a crise atual do conceito de “autoridade” e sobre a falibilidade dos sentidos, em que se baseia o empirismo, incitaram Descartes a evidenciar a desconexão moderna dos sujeitos dos seus objetos do conhecimento.
A magia e o argumento do sonho, importante tema no barroco e nos neo-clássicos, entre os que têm um ou mais possíveis paralogismos com a razão moderna, ao desvincular-se dos objetos, dando a eles um campo do imaginário e do irreal, que não é o virtual, possibilidades inúmeras.
Estava quebrada a concepção e a possibilidade sólida de um realismo plano ou de uma ligação em certa medida material ou homogênea entre as coisas exteriores e o sujeito que deseja conhecê-las.
O que a Web tem a ver com isto, tudo e nada, tudo porque nasce e vive nesta época, e nada porque é no mínimo um equívoco atribuir a ela os 500 anos da modernidade e os seus problemas, ela só tem 13 anos, ou 30 anos se pensarmos a internet.
Cloudonomics: economia baseada nas clouds
Uma das regras econômicas atribuídas ao economista italiano Vilfredo Pareto, mas que na verdade foi pensado pelo gerente de negócios Joseph Juran, é a regra conhecida como 80-20, que significa entre outras coisas que 80% da receita de uma empresa são de 20% dos consumidores, ou num ambiente informacional, que apenas 20% da informação é útil.
Mas isto pode ser pensado como uma regra de TI onde 80% do tempo gasto num serviço de TI devem estar com as aplicações e apenas 20% com Sistemas Operacionais, Data Centers, Núcleo Tecnológico e Servidores.
Isto inclui custos, e neste caso isto só pode ser pensado em termos de Clouds, porisso pode-se falar numa cloudoconomics, veja algumas dicas na RackSpaceCloudUniversity.
Analisemos o caso da Amazon que iniciou seus serviços em 2006, da Amazon Web Services, e já no início de 2012 anunciava anunciou que passara a uma economia de escala (redução de custos à medida que a oferta de serviços se expande), reduzindo suas tarifas em 12%.
O que isto tem a ver com a economia em geral, é preciso uma economia estável, onde bancos não lucrem tanto, onde governos não taxem a sociedade com uma fatia gorda de impostos, enfim que permitam ao mercado a “possibilidade de uma economia de escala”.
Mas a Amazon é uma empresa com tendências monopolistas e então não temos alternativas, sim há alternativas entre as concorrentes e também num mercado de oportunidades, mas principalmente oportunidades de custos, que é onde empresas “livres” deviam operar, ou seja:
“melhor opção disponível para alguém que tenha escolhido entre várias opções mutuamente exclusivas. É um conceito-chave na economia. Os custos de oportunidade não se restringem aos custos monetários ou financeiros é o custo real, as perdas de produção, perda de tempo, de prazer ou qualquer outro benefício que proporciona utilidade também devem ser considerados os custos de oportunidade”.
Aqui nosso problema, os custos de clouds nacionais e impostos estão alto, as empresas estão cada vez mais optando por estes serviços no exterior.
Geeksphone a venda, para os geeks
O Geeksphone como é chamado o smartphone da Firefox em parceria com a Telefonica (veja nosso post) já está a venda, mas justamente na Espanha já acusa “fora de estoque”.
Também os desenvolvedores (o Firefox é um software livre e isto chama a atenção dos geeks, desenvolvedores) ficaram decepcionados, tanto o Keon como Peak apareceriam ontem na varejista do Geeksphone também como “fora de estoque”.
No início do dia Peak ainda aparecia, enquanto o Keon foi endido mais rapidamente ao preço de US $ 119, o modelo tem uma tela de 480×320 pixels sendo 3,5 polegadas.
Por US $ 195, o Peak oferece uma tela multitouch 960×540-pixel de 4,3 polegadas, sendo um pouco mais confortável para usuários e desenvolvedores.
Na verdade os dois modelos não são para usuários comuns, isto é não desenvolvedores, os geeks precisam destes modelos de trabalho para testar seus aplicativos para o sistema operacional móvel da Mozilla.
Os futuros smartphones da Firefox deverão ser produzidos por empresas como a ZTE, Alcatel, LG Electronics, Huawei e até a Sony tá de olho, tendo previsão de lançamento no próximo ano.
O mundo open-source de desenvolvedores por crowdsourcing aguardam ansiosamente.
Previsões erradas da tecnologia
As publicações foram do site Business Insider, sendo importante para saber que sozinho ninguém é sábio, é preciso a “sabedoria” das multidões.
Vejam alguns destes “foras”:
“Máquinas mais-pesadas-que-o-ar que voem são impossíveis”. Lord Kelvin, Presidente da Royal Society em 1885.
“Não há praticamente nenhuma chance que satélites espaciais de comunicação sejam utilizados para proporcionar um melhor telefone, telégrafo, televisão ou serviço de rádio nos Estados Unidos.” T. Craven da Comissão Federal das Comunicações, em 1961.
“A televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses. As pessoas ficarão cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites.” – Daryl Zanuck, cofundador da 20th Century Fox, logo após o lançamento do primeiro televisor (1946, segundo o Imagining the Internet).
“Eu acredito que talvez há no mercado espaço para uns cinco computadores.” – Thomas Watson, Chairman da IBM, em 1958.
“Não existe nenhuma razão para algum indivíduo querer ter um computador em sua casa” – Ken Olson, Presidente da Digital Equipment Corporation em 1977.
“US$ 500? Este é o telefone mais caro do mundo. Eles devem apelar para os clientes empresarias, porque o celular não tem nem teclado. Aliás, isso o torna uma péssima máquina de emails.” – CEO da Microsoft, Steve Ballmer, logo após o anúncio do primeiro iPhone.
“Daqui dois anos os spams estarão resolvidos.” – Bill Gates, fundador da Microsoft, no World Economic Forum de 2004.
“Nós estaremos comprando livros e jornais direto pela internet, Oh com certeza” – Clifford Stoll, autor de “Silicon Snake Oil” ironizando em 1995 e questionando a internet.
Dia da terra e a tecnologia
Hoje é dia da terra, casa comum de todos habitantes deste planeta, ainda que alguns tentem privatizar aquilo que nos foi dado de graça, a ideia do crescimento dos “commons” cresce.
Já há alguma coisa a comemorar pela luta de anos de ambientalistas, povos da floresta, naturalistas e todos que amam sua própria casa: o planeta terra.
No ambito das fontes renováveis de energia que incluem: eólica, hídrica, solar, biomassa e geotérmica, crescem em todo mundo, nos EUA por exemplo, a energia eólica bateu um record de 13,1 Gigawatts (GW) de capacidade instalada, o que é suficiente para 15 milhões de residencias, pensando numa média de 3,5 habitantes por casa, isto significa mais de 50 milhões de pessoas que podem ser abastecidas pela energia do vento.
Mas a instalação de torres meteorológicas e turbinas eólicas são passos críticos para um desenvolvimento de parques eólicos, são ainda passos lentos e muitos recursos organizacionais são disperdiçados, no caso do Brasil, a ferrovia inacabada Norte-Sul e portos mal instalados (que desperdiçam combustíveis e alimentos pelas estradas).
Também o respeito aos povos indígenas é importante, até mesmo a comissão da verdade reconhece graves violações de direitos humanos dos indígenas, mas não se apura nada.
Segundo o IBGE 36,2% dos brasileiros que se declaram índios, num total de 896.917 brasileiros, moram em aldeias, destes apenas 37,4% falam a lingua de sua etnia.
E isto não está distante de nós, São Paulo é a cidade com maior número de indígenas, 11.918 brasileiros, seguida por São Gabriel da Cachoeira 11.016, no Estado do Amazonas.
O planeta e o respeito pelos povos ainda tem solução, é preciso vontade política para isto.
Livro de diretores do Google e Assange
O livro Eric Schmidt e Jared Cohen, lançam na próxima terça-feira que vem o livro “The New Digital Age” (A nova era digital), que tem a descrição de uma conversa de Schmidt com Julian Assange, quando estava preso em 2011 na embaixada equatoriana, na Inglaterra.
O co-autor do livro, o d iretor do Google ideias: Jared Cohen, também esteve presente durante a discussão, de acordo com a transcrição, que terá 5 páginas e cujas conversas foram conferidas por Julian Assange, mas ele próprio já divulgou tudo no site do Wikileaks.
Disse que “quer apenas menos atos injustos”, e perguntado sobre seus axiomas filosóficos afirmou: “E eu digo que eu não preciso considerá-los. Isto simplesmente é o meu temperamento”, algo bastante interessante para a crise da pós-modernidade.
Afirma também Assange que quer “entrar em novas discussões inúteis sobre o porquê de alguem querer fazer algo”, e que de certa forma é cético, pois acredita que “atos injustostem uma causa e que se tende a promovê-los e quem promove apenas agem com seres humanos basicamente invariantes”, mas sua divulgação é por que “porque quando uma pessoa transmite a informação para outra que pode transmitir para outra e outra, assim por diante, de forma que não-linear e assim você pode afetar um grande número de pessoas com uma pequena quantidade de informações” então este é o efeito que espera de suas denúncias.
Assim espera um efeito “você pode mudar o comportamento de muitas pessoas com uma pequena quantidade de informação”, mas reconhece que as pessoas que trabalham e tratam as informações são “editores e jornalistas”, mas que ele pensa num sistema “total”.
Afirmou que “ isso seria uma construção de alto nível”, mas seria necessário projetar um istema que resolvesse isto , a informação em alto nível, e afirma: “não só um sistema de técnica, mas um sistema total”.
E conclue: “então WikiLeaks foi e é apenas uma tentativa – embora ainda muito jovem – de um sistema total”.
Creio que será difícil o livro da “Google” dizer alguma coisa mais importante, mas vamos esperar o livro, semana que vem nas bancas, digo nas redes.
Twitter anuncia o #music
Anunciado no próprio blog do Twitter, o serviço de busca de música promete, segundo o blog:
“As pessoas compartilham e descobrem novas canções e álbuns diariamente. Muitas das contas com mais seguidores são de músicos e metade dos usuários segue pelo menos um músico. Isto explica por que queríamos encontrar uma nova via para fazer aflorar as canções sobre as quais se está tuitando”.
Não chega a ser uma novidade porque a pouco temo o site AllthingD havia anunciado a compra do We Are Hunted, que era um startup de streaming de música, e sabia-se que logo seria incorporado ao microblog.
O music.twitter já acusava hoje mais de 2,5 milhões e meio de seguidores.
Havia esta lacuna de mercado, porque o canal do Vevo era a única opção de aplicativo que permitiria ouvir as faixas inteiras, uma vez que iTunes e SoundCloud, não podem reproduzir o conteúdo integral, apesar da força econômica que tem, devido aos direitos autorais.