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Cientistas preveem movimento humano

01 Dec

A pesquisa parece um cenário orwelliano (Georg Orwell  escreveu 1984, onde havia o Grande Irmão, o Big Brother que controlava tudo), mas dois pesquisadores do Centro de Pesquisa da Boeing na Urbana-Champaign., desenvolveram um trabalho de previsão do movimento humano.

O trabalho que aparece na revista New Scientist deste mês, mas foi publicado em texto completo na revista Pervasive and Mobile Computing, de novembro/dezembro, e tem como co-autor Quang Do.

O nome do sistema é escrito em sânscrito e inspirado na mística hindu, Jyostish, cujo objetivo inicial era prever o trabalho de pessoas que trabalham na construção dos aviões da Boeing e que neste caso por exigência de trabalho devem fazer ações e movimentos complexos, mas repetitivos.

Para  construir um modelo preditivo, Jyotish incluui um eficiente algoritmo de agrupamento, e para reunir as informações dos movimentos uso um sistema ponto de acesso Wi-Fi rastreando as localizações, enquanto um rastreamento mais fino é feito por um sistema de registros Bluetooth que obtém uma granularidade fina do movimento das pessoas.

O Jyotish, explicou Vu, elabora mapas de movimentos das pessoas através do acompanhamento de suas conexões de smartphones usando Wi-Fi e redes Bluetooth, que variam de 100 e 10 metros respectivamente, sendo pequeno o suficiente para rastrear os locais dos usuários e, dentro de um espaço que eles se encontram. Vu fez um teste com 79 voluntários smartphones de Android, cujos sistema Wi-Fi e modems Bluetooth foram rastreados por um limite de tempo.

Peter Bentley, um cientista da computação da University College London, disse para a New Scientist que esse tipo de capacidade preditiva pode ser útil, enquanto as identidades dos usuários forem  mantidas em sigilo.  Ele afirmou que os sistemas “podem assegurar que os recursos do computador estão nos lugares certos nos momentos certos, para que todos tenham sempre um sinal Wi-Fi bom, por exemplo”, e saibam que estão sendo voluntariamente rastreados.

No entanto, ele está preocupado com a privacidade dos usuários que poderia facilmente ser comprometida por uma rede desse tipo pré-social.  “Como você se sentiria se as suas futuras reuniões ao acaso forem todos previstas com antecedência? E se qualquer um poderia prever exatamente onde vai estar e o que vai acontecer?

É que na verdade somos muito previsíveis.

 

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