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Começa o tarifaço na internet
Depois da energia, gasolina e álcool, agora o bolso começa a pesar na internet, se antes as velocidades eram reduzidas, agora as operadoras começaram a cortar a partir da taxa mínima, o objetivo é comprar planos mais caros e o tarifaço nos planos pré-pagos já começaram.
Agora todas operadoras passarão a bloquear a navegação após o fim do pacote de dados contratado, em vez de reduzir a velocidade de conexão como sempre fizeram e como ainda acontece em planos pós-pago.
O acesso a internet que já é um dos mais caros do mundo, começam a ficar ainda mais caros no Brasil, e não significa melhoria da qualidade do sinal, apenas pagar mais e fazer operadoras e governo arrecadarem mais.
A TIM já informou em seu site que a nova regra passou a valer a partir de 15 de janeiro para clientes pré-pago nos estados de Rio Grande do Sul e Pernambuco e nos municípios da grande São Paulo e interior que são cobertos pelo DDD 19, mas outros já estão começando a aparecer com serviços cortados.
Todos os clientes da Oi já estão sob este novo “serviço”, o qual a Anatel não vê problemas, e alega que as operadoras são “livre para adotar os modelos de cobranças”, pura conivência.
Já tínhamos anunciado em nosso blog que o serviço mais caro do mundo seria sobretaxado, e as gananciosas operadoras continuam ganhando no país o que não ganham em lugar nenhum do planeta, e com preços exorbitantes.
O carnaval, história e as redes
O carnaval não é uma invenção nossa, vem da antiguidade, tanto na Mesopotâmia, como na Grécia e também em Roma haviam estas festas, curiosamente ela termina no início da quarta-feira de Cinza quando católicos e luteranos começam sua quaresma.
A palavra carnaval vem do latim carnis levale, retirar a carne ao pé da letra, mas seriam as festas carnais antes do significado de entrar num período de jejum e dos prazeres carnais.
Esta ligação de data com as igrejas tradicionais cristãs datam do século VIII, quando a quaresma foi instituída como período religioso para realizar o processo de ascese através da qual as pessoas corrigem suas rotas de vida.
Foram os português que trouxeram para o Brasil uma festa chamada “entrudo”, um evento de bagunças como guerras de água, farinha, limões e que muitas vezes ultrapassou os limites, tanto que acabou sendo proibida por volta de 1840.
Assim foi uma festa de salão em muitos anos até que em 192 Chiquinha Gonzaga fez a primeira famosa “marchinha” o Abre Alas e a festa voltou a se popularizar, e as “redes” de foliões foram formando cordões, blocos e mais tarde com um tamanho maior as escolas de samba.
Com a introdução das escolas de samba, há uma volta a estrutura formal diferente das redes, a primeira era chamada “Deixa Falar”, que anos mais tarde mudou o nome para Estácio de Sá, mas os blocos e cordões continuam e o Bloco Galo da Madrugada tenta manter-se no Guiness como maior bloco carnavalesco do Mundo.
Olimpíadas sem despejo
Moradores de uma localidade que por onde passaria o BRT (Bus Rapid Transit) que ligaria a Barra a Deodoro no Rio de Janeiro, ganharam a ação que removeria 900 famílias que estavam “no caminho” da via transolímpica, uma obra para as Olimpíadas de 2016 no Brasil.
Curiosamente boa parte destes moradores mora na Rua da Esperança, e justificaram o nome porque passaram os dois últimos anos lutando para não perderem seus lares por causa da obra olímpica, a Transolímpica terá 25 km de via expressa com previsão de cerca de 70 mil passageiros por dia da Barra, onde fica o Parque Olímpico, para o Complexo Olímpico em Deodoro da Fonseca.
Na humilde Vila da União, quase todas as casas tem uma “SMH” pichado na parede, que é símbolo de uma pichação que de fato aconteceu e leva o nome da Secretaria Municipal da Habitação do período em que as casas ali eram reivindicadas da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo levantamento de dados do local, a comunidade ficou dividida, e o motivo é que alguns moradores que tinham casa muito pobres receberiam apartamentos melhores do governo, mas muitos moradores tem apreço pelo local apesar de pobre e com deficiências de estruturas.
O RioOnWatch relata diversas realidades das favelas cariocas, entre elas a da Vila União.
Fórum mundial e as tecnologias
Além das discussões econômicas, dos sérios problemas políticos e sociais que muitas regiões do planeta atravessam, também as tecnologias tem seu lugar, o forum apontou tecnologias que não param de crescer: carros sem fio, alimentação molecular, uso de sensores que nos fazem comunicar com “coisas” a nossa volta (ubiquidade), sensores para monitorar a saúde o tempo todo que podem ser incluídos no corpo e algumas outras.
Uma das tecnologias que podem ajudar muito a humanidade, estamos vivendo uma crise hídrica em muitos lugares, uma tecnbologia para dessalinizar a água a baixo custo foi discutida e pode ser uma saída altamente sustentável, porque o nível do mar está aumentando, elas vão reduzir o consumo de energia em 50% ou até mais.
Os carros elétricos chegaram, o problema ainda é a autonomia de abastecimento, mas carros sem fio e com maior autonomia já estão sendo pensados, a idéia é abastecer em movimento a partir de um campo eletromagnético instalados nas estradas, pois o problema são viagens longas, já há testes deste tipo em Seul, na Coréia do Sul.
Técnicas modernas poderiam acabar com a desnutrição em milhões de pessoas no mundo, usando proteínas naturais essenciais ao ser humano, a biotecnologia promete levar a alimentação ao nível molecular, no entanto, fundamentalistas podem se opor como sempre.
Cientistas trabalham a muitos anos para colocar circuitos “orgânicos” dentro do corpo humano, eles poderiam produzir medicamentos na dosagem certa dentro do próprio corpo, agindo de modo localizado em torno da célula doente.
A tecnologia está aí para ajudar ao homem, mas muita mentalidade atrasada perdura.
Swiss Leaks e o dinheiro sujo
Um grupo de jornalistas investigou as contas do HSBC na Suiça e verificou os clientes mais abastados, encontrando 61 pessoas, entre os 100 mil que tinham depósitos de mais de 100 bilhões de dólares naquele banco.
Entre os depósitos encontraram artistas a desportistas, passando por políticos, o consórcio internacional de jornalistas de investigação (ICIJ, a sigla em inglês) fez investigações a partir dos arquivos divulgados no conjunto de documentos que está sendo chamado de Swiss leaks.
O jornal Le Monde havia inicialmente divulgado algumas notícias, como lucros com evasão fiscal ou para financiar ativos ilícitos ou questionáveis, como os ligados a ditaduras e aos governos corruptos, mas agora o ICIJ divulgou mais dados.
Em número de clientes o Brasil é o quarto colocado com 8667 clientes na lista do HSBC Private Bank, tendo na liderança a Suiça com 11 235 clientes, seguida da França (9 187) e em terceiro o Reino Unido com 8 844, e depois do Brasil vem a Itália (7 499).
Informática, redes sociais combatem a corrupção
A informática e as redes sociais podem ajudar o combate a corrupção, e as medidas não são tão difíceis e são tão práticas que quando implementadas em São Paulo chamaram a atenção de muitos analistas políticos e gestores.
Há uma obrigação de todos servidores entregarem suas declarações de bens, mas como eram em envelopes e não eletrônicas, jamais eram verificadas e conferidas, recentemente um banco de dados com mais de 160 mil servidores em São Paulo foi feito e um acordo entre diversos órgãos permitiu cruzar os dados.
Uma matriz de “risco” foi montada em áreas sensíveis a propinas e a certeza de impunidade que era levada em conta pelos corruptos, fizeram muitos não ocultar patrimônio ou coloca-los em nome de laranjas, aos poucos isto começa a mudar, os resultados vão aparecer.
Em São Paulo na gestão Kassab, o Secovi (Sindicato da Habitação) chegou a encaminhar um relatório com denúncias sobre os achaques sofridos, mas o dossiê caiu nas mãos justo de Ronilson Bezerra Rodrigues , acusado pelo Ministério Público de chefe da máfia dos fiscais.
A segunda etapa é mais complicada que é identificar “laranjas”, mas através de perfis no Facebook pode-se chegar a casas e bens, por exemplo, um servidor público que tem uma pousada no Rio de Janeiro avaliada em R$ 6 milhões.
Hoje houve uma grande nova grande operação de uma nova etapa Lava-Jato, o noticiário foi fato, é um bom começo e um alerta, agora são corruptos que estão sendo vigiados e não os cidadãos comuns de bem.
Tecnologia: necessidade ou consumismo ?
É insana a quantidade de pessoas que criticam a tecnologia por aquilo que só os homens fazem, máquinas não maquinam nada, apesar podem reproduzir desejos humanos, a intencionalidade no uso de determinado objeto (não apenas os tecnológicos) é que definem sua prática.
Ao longo de sua existência no planeta, o homem nem sempre habitou esta terra, ele inventou grande número de ferramentas que o ajudam a superar suas necessidades cotidianas, a própria divisão entre idade da pedra e dos metais, é pela manipulação da tecnologia.
Muitas dessas invenções, embora criadas para beneficiar a humanidade, acabaram usadas de modo a prejudicar a vida, e fazer do objeto tecnológico contemporâneo um objeto do desejo, um consumismo, não significa que o mesmo não tenha sua utilidade.
Foi John Danton que a possibilidade energética dos átomos, mas jamais imaginou que a mesma seria usada em uma guerra (Hiroshima e Nagasaki na segunda guerra), agora o uso de tecnologia por extremistas, não significa que o uso da tecnologia seja “mau” ou “bom”.
Agora tomemos o exemplo da internet, sites inescrupulosos que expõe crianças, aliciam adolescentes e jovens, mas não devemos nos esquecer que estes valores são passados por filmes, programas de televisão e até de rádio, e há quem defenda isto até em escolas.
A tecnologia é uma necessidade da evolução humana, torna-se má se usada por pessoas de má índole e boa se usada por pessoas de intencionalidade boa, já o consumismo é uma matriz de uma forma de sociedade humana e independente do avanço tecnológico, é o consumo para dar lucro fácil a pessoas, que mesmo tendo boa índole, não tem boa intenção, pois visam só o lucro.
Ranciére: imagem e tecnologia
Jacques Rancière afirma que a imagem já encontrou seu destino (The Future of the Image , 2007) e não se trata de fetichismo, para ele o poder contínuo delas afetam diretamente o homem e ao mesmo tempo são registros e marcas na história para educar e transformar.
Mas é importante e possível coloca-las em uma relação ao ser, se lembramos da categoria da diferença e repetição (Heidegger, Deleuze e outros), as operações temporais da imagem e a imagem-tempo, prefiro a categoria imagem dinâmica, pode-se pensar que esta imagem pertence ao futuro que emana dela.
Não se trata mais do quadro do pintor ou da fotografia, embora elas persistam e continuem tendo uma importância ontológica do registro, mas agora pode-se falar em combinações e interrupções do visível e do dizível ad infinitum, como pensa Rancière.
O que no fundo Rancière afirma, claro é apenas um visão de um interprete, é que política não é apenas a luta pelo poder, mas deve ter sempre uma certa partilha do sensível, uma redefinição das formas de ver e organizar o real, e isto também são as redes e o virtual.
Esta certa forma de agenciamento do sensível que dá visibilidade às coisas de um modo que anteriormente elas não tinham, e abre na pessoa que se apropria das novas ferramentas em boas formas para trabalhar em as potência para falar e atuar em alianças sociais, não apenas partidárias ou em grupos setorizados.
Nas leitura de Ranciére observa-se a preocupação com a possibilidade dos atos estéticos propiciarem sempre novos modos de sentir comum às novas formas de subjetividade política (Rancière, 2000) e penso que as tecnologias possibilitam e empoderam esta possibilidade.
RANCIÈRE, Jacques (2000), Estética e Política. A Partilha do Sensível, com entrevista e glossário por G. Rockhill, trad. V. Brito. Porto: Dafne, 2010.
Nuvem híbrida: a estratégia de TI para 2015
Uma pesquisa encomendada pela Avanade, empresa de soluções em TI de negócios e serviços, com uma amostra de mais de mil executivos e lideres de unidades de negócios em 21 países, apontou que metade dos serviços serão implantados em nuvens híbridas em 3 anos.
Nuvem híbrida é um serviço de “hospedagem” onde a computação em núvem usa recurso de TI que são fornecidos por meio de uma nuvem privada interna na empresa e recursos fornecidos por provedores de serviços de terceiro em nuvem “publica”, do tipo aplicativos, armazenamento e sistemas de rede.
O fato que o ritmo do investimento nesta área é acelerado no Brasil, segundo a Avanade, este será um dos grandes focos de solução na área para 2015, três ressalvas devem ser feitas:
– apesar da adoção da nuvem híbrida ser uma prioridade, apenas 58% tem alguma estratégia de implementação,
– o potencial da nuvem híbrida é mal compreendido, pouco são capazes de identificar quais os benefícios proporcionados e revertê-los em benefícios na carga de trabalho e eficiência, e,
– a maioria concorda que as organizações terão um benefício genérico de melhorar o crescimento do negócio, mas não sabe dizer porque isto acontecerá.
Portanto cuidado, nem toda novidade é benéfica para a empresa se não foi compreendida e corretamente implementada, lembrando ainda que 2015 será um ano de andar “de lado”.
O Brasil na reaproximação EUA e Cuba
O governo brasileiro, através do Itamaraty, elogiou a posição de Obama e Castro de reaproximação, após 53 anos de guerra fria, em nota divulgada nesta quinta feira (18/12).
A nota elogiou também os esforços de sua santidade o Papa Francisco, “pela importante contribuição que prestou aos esforços diplomáticos”, e afirmou que os diplomatas contataram discretamente o Brasil sobre o acordo, mantendo o país informado sobre as negociações.
A blogueira Yoani Sánches, que teve uma passagem tumultuada pelo Brasil, afirmou seu seu Twitter, Yoani, que “uma era termina” e que espera que “esta nova que começa tenha a sociedade civil como protagonista”.
Para o Brasil é uma vitória política, pois sempre defendeu o fim do embargo, mas o resultado do ponto de vista econômico ainda é incerto, analistas divergem sobre como os resultados efetivos à ilha comunista (que só pode ser decretado pelo Congresso americano) poderia beneficiar o governo brasileiro, que é fiador do maior investimento privado já feito naquele país, o porto de Mariel (foto).
O intercâmbio comercial entre os Brasil e Cuba cresceu quase sete vezes, passando de US$ 92 milhões em 2003 para US$ 625 milhões em 2013, sendo o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial de Cuba, após a China e a Venezuela.