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O domínio .com e um super ciberataque
O domínio .com comemorará 25 anos de existência dia 15 de março, a internet nascida no pentágono por preocupações com a comunicação no período da guerra fria, foi para as universidades e depois para o mundo comercial, com isto apareceram os domínios www.com .
Existem 84 milhões de domínios comerciais com este prefixo, dos quais 19 milhões são empresariais, 4,3 milhões são orientados para o entretenimento, 3,1 milhões estão relacionados com finanças e 1,8 milhões são relativos a esportes em geral.
Só para comparar todos os domínios .br somam apenas 2 milhões.
Mas não tudo são flores e comemoração, um gigantesco ciberataque foi desencadeado semanas atrás, após o bloqueio de uma empresa que combate os spams e vírus: a Spamhaus que havia bloqueado servidores mantidos pelo Cyberbunker, empresa holandesa que abriga sites de qualquer tipo, excluindo apenas pornografia e terrorismo.
Spamhaus é uma instituição sem fins lucrativos que verifica os provedores de emails e filtra spams e outros conteúdos indesejados, para isto mantém uma lista de endereços e bases de dados de servidores conhecidos que possam ser usados para fins escusos na internet.
Sven Olaf Kamphuis, porta-voz da Cyberbynker, afirmou que Spamhaus está abusando de seu poder, e que não deveria decidir “o que acontece e o que não acontece na internet”.
Por outro lado o porta-voz da Spamhaus, Steve Linford, um executivo-chefe afirmou à BBC que a escala do ataque não tem precedentes: “Estamos sofrendo este ciberataque por ao menos uma semana, mas estamos funcionando, não conseguiram nos derrubar”.
É preciso sim empresas que mantenham um controle sobre o mau uso da internet, não quer dizer censura e muito menos manipulação política.
Redes próximas a velocidade da luz
Segundo o site Extremetech, pesquisadores da Universidade de Southtampton, na Inglaterra, criaram experimentalmente uma rede que transmite mais de 70 terabits por segundo, que equivale a mil vezes as maiores velocidades atuais, e 99,7% da velocidade da luz.
A velocidade da luz é definida como aproximadamente 300 mil km por segundo, mas no vácuo, nas fibras ótica convencionais esta velocidade cai 31%, com a tecnologia atual, atingi no máximo 40 Gigabits por segundo, sendo o Tera mil vezes o Giga, o experimento conseguiu um grande avanço.
O pesquisador Francesco Poletti explicou que explicou que o material da fibra ótica para transmissão da luz, que é uma espécie de lente vidro/plástica tem alto índice de refração então tentou criar uma fibra oca, de modo a se propagar pelo próximo ar, embora a interface ar/plástico tenha também algumas dificuldades.
Os pesquisadores criaram um aro super fino, para limitar o máximo a interface plástico/ar e então conseguiram baixar as perdas, conforme os pesquisadores para ruído de 3,5 dB/km (decibéis por kilometro), numa largura de banda de 160 nm (nanômetro).
Este novo patamar tecnológico dá um futuro promissor para as redes de fibras óticas.
A China e os avanços da internet
Reportagem publicada no the Philosophical Transactions of the Royal Society detalha porque a China está mais avançada na criação da Internet de próxima geração, tanto a nível nacional como na escala mundial.
O relato do New England Complex System Institute compilou dados desde 2008 para a Marinha americana, tratou de verificar as defesas de ambientes maliciosos, não apenas de vírus mas organizações com capacidade de ataques on-line, a implantação do sistema IPv6 e Arquiteturas de Validaçao de Fontes de Endereços (SAVA – Source Address Validation Architecture).
O relatório aponta duas grandes lacunas nos sistemas do ocidente, a incapacidade de bloquear um tráfico malicioso como um todo, permitindo que um “malware” possa se replicar rapidamente e se distribuir através da rede, e outro recursos de defesa da rede, tipo SAVA, que resultam da capacidade de autenticar endereços IP de computadores que tentam conectar-se a uma rede.
A China possue hoje as melhores defesas, sendo um dos responsável esta nova geração é um recurso de segurança conhecida como Fonte arquitetura de validação de endereços (SAVA).
Isto significa construir um banco de dados de computadores confiáveis registrando os seu endereços IP.
Isto significa que pacotes de dados serão bloqueados se o computador e endereço IP não coincidirem. Steve Wolff, um dos pioneiros da internet, afirmou que este é um “modelo que deve ser muito mais amplamente adotado” e estamos atrasados.
Amazon quer controlar domínios
Com a recente implantação de nomes genéricos para domínio, chamado gTLD (generic Top-Level Domain), a Amazon faz um plano audacioso, já que a nova onde poderá ser uma grande onde de editores que criam seus próprios domínio que serão liberados este ano pela ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numberts) conforme já anunciados em nosso post.
A Amazon desde já está disputando o controle destes domínios, já que muitos autores, editores e até mesmo edições específicas tendem a disputar este mercado de nomes.
Um de seus planos é permitir aos usuários que usem determinados sufixos (atualmente existe os de nações: br, pt, en, etc. e comerciais tais como: org. com. e gov., mas centelhas de novos endereços estarão disponibilizados até o final do ano, conforme notícia da Associated Press.
O gerente da ICANn Fadi Chehade disse à Associated Press que as empresas e os detentores de marcas também podem proteger certos nomes para uma taxa anual de cerca de US $ 150, e que cerca de 2.000 empresas já haviam submetido 1.400 endereços com novos sufixos no ano passado.
Endereços para linguas e países serão os primeiros, de marcas e cidades como por exemplo: “. Vegas”, “.sp” virão depois, e genéricos e os sufixos mais comuns como a “music” e “tech” “app”, virão a seguir, a disputa deve ser acirrada, mas espera-se que o ICANN estabeleça algumas regras, além de proibir coisas do tipo “.xxx” que são logicamente inadmissíveis.
Sociabilidade e linguagem na Web
A primeira coisa básica, saber sobre a rede, é que há três níveis de relações que envolvem as Redes Eletrônicas: as redes de relacionamento (com ou sem uso da Web), a internet que é a possibilidade de conexão eletrônica convergente das diversas mídias (inclui até TV e telefone) e a Web que é uma plataforma (ou aplicação) sobre a rede eletrônica da Internet.
Porque confundir isto é tão problemático? porque as redes já existiam antes da internet, ela apenas deu nova tônica a estes tipos de relacionamentos, e a convergência, porque dá para saber de onde vieram as informações, os textos e até mesmo as fofocas, sendo a Web um suporte para isto.
Em terceiro lugar a Web, que são o conjunto de ferramentas sobre a aplicação de um protocolo que é o HTTP (HiperText Transfer Control Protocol), ou seja, uma linguagem para a Web.
No livro Como a web transforma o mundo: a alquimia das multidões, Pisani e Piotet (2010, p. 33) afirmam que o que os jovens realmente amam na internet são “as redes de relacionamento sociais e todas as suas ferramentas”, ou seja, redes pessoais e as ferramentas que ajudam isto, e a internet é apenas um meio.
A Web é uma realidade mutável (a linguagem pode mudar), mas a internet está aí então a segunda questão importante é quais são as “coisas-a-saber” (informação) (PÊCHEUX, 2008), a partir das quais as novas tecnologias digitais, permitem ao sujeito uma posição deste em relação aos objetos, e assuma posições no mundo social e das coisas.
Formulada esta linguagem, surge à terceira condição do sujeito com as possibilidades deste conhecimento contemporâneo, e como as tecnologias digitais e pelas mídias sociais afetam o seu discurso e atitude nos 3 níveis: redes, internet e Web.
PECHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. 5. ed. Tradução de Eni Orlandi. Campinas: Pontes, 2008.
PISANI, F.; PIOTET, D. Como a web transforma o mundo: a alquimia das multidões. Tradução de Gian Bruno Grosso. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.
Estudo mostra pouca inclusão digital
É o que mostram os resultados de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, que colocou o Brasil no 72º. lugar no ranking mundial, segundo o portal Terra, curiosamente localização bem parecida ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) atualmente 73º. no hanking mundial.
O trabalho coordenado pelo professor Marcelo Neri, foi publicado hoje e mostrou que 51,2% da população têm acesso à internet, computador em casa, telefone fixo ou celular, que é acima da média global dos países avaliados, que é de 49,1%, mas atrás de países como: como Kuwait (86,5%), Emirados Árabes (85,75%), Venezuela (63,2%), Chile (56,5%), Argentina (55,2%), Uruguai (55,2%), China (53%) e Colômbia (52%).
Também foram pesquisados 5.550 municípios brasileiros, estados, capitais, distritos e bairros e em parceria com a Fundação Telefônica, e os resultados são também curiosos, o chamado Índice de TIC (ITIC), em muitas cidades, revelando a capital com maior índice Florianópolis (77,1%), sendo a cidade com menor índice Fernando Falcão do Maranhão, com 3,7% e a cidade com maior índice é São Bernardo do Campo com 82,6%.
O resultado é curioso porque Santa Catarina é também a segundo Estado com maior IDH atrás somente do Distrito Federal e na frente do Estado de São Paulo, enquanto o Maranhão é o segundo estado com pior IDH à frente somente das Alagoas.
O estudo mostra ainda a relação da inclusão com a felicidade, segundo a pesquisa a cada avanço de 10% do ITIC, corresponde a 2,2% de incremento na felicidade, embora o Brasil seja um dos países com menor ligação entre felicidade e acesso à comunicação.
A nosso ver seria importante também uma relação, que parece haver entre ITIC e IDH.
Irã planeja controle total da Internet
Segundo o ministro da Informação e das Comunicações o Irã tem um plano de manter a internet “limpa” e anunciou que pretende estabelecer uma super intranet nacional no prazo de cinco meses, de acordo com um relatório Internacional do Times Business onde o ministro Reza Taghipour afirmou “todos os Internet Service Providers (ISP) só poderão ser desta Internet Nacional até agosto”.
Os grandes serviços como Google, Hotmail e Yahoo serão bloqueados e substituídos por serviços parecidos do governo, por exemplo, o Irã Mail e o Search Engine Irã, conforme informa o relatório. O processo de inscrição de interessados em usar o serviço de email do Irã, registrando nome completo do usuário e endereço, já se iniciou.
Os usuários da internet iranianos já estão acostumados à censura, no início deste ano (veja notícia no Cnet News) o governo decidiu cortar o acesso de todos sites que operam fora do país com um protocolo chamado Secure Sockets Layer, pois para burlar este controle muitos iranianos usam (ainda) servidores de proxy (o servidor de acesso) sobre redes virtuais privadas para usar redes sociais privadas como o Facebook e o Twitter, cada vez mais difícil no país.