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LockDown da calamidade e a Variante P1

08 mar

Poderíamos desde o início da pandemia ter mitigado os períodos mais críticos da pandemia com fases de lockdown e abertura, entretanto quase sempre se vacilou pela impopularidade da medida, principalmente ao comércio e a alguns ambientes que priorizam os lucros às vidas, porque vários setores não essenciais poderiam ter fechado, sem falar da irresponsabilidade de festas e aglomerações para algum tipo de “festa”.

Agora quase todo país na fase vermelha que indica o esgotamento dos hospitais e números recordes de contaminação e mortes, ainda titubeamos em medidas duras, mas necessárias.

A variante brasileira do vírus, chamada de P1 é mais contagiosa e para a qual a vacina Coronavac se mostra menos eficaz ainda, e a AstraZeneca que é mais eficiente ainda está em fase lenta de vacinação, no total ainda não vacinamos 10% da população e a redução de 8 milhões de vacinas foi anunciada pelo próprio governo.

Os países que aumentaram a eficiência da vacinação combinaram lockdown com vacinação, porque o contato de vacinado com pesquisadores da Universidade Imperial College London e da Universidade de Leicester explicam que o contato entre vacinados e variantes podem dar origem a mutações “superpotentes” que são capazes de driblar a ação imunizante, e isto no Brasil pode tornar-se uma bomba pandêmica.

A calamidade na qual estão quase todos estados e a maioria das cidades, pode colocar um pouco de juízo na cabeça daqueles que gerenciam a crise, não apenas o governo central, mas também os governos estaduais e os prefeitos de cidades brasileiras.

A variante P1 já é temida, muitos países já cuidam da migração brasileira temendo que a variante se espalhe e contamine o processo que em muitos países já é de redução da pandemia, é triste para o Brasil, mas devemos entender estas medidas como necessárias.

É certo que alguns serviços não podem parar, há sim serviços essenciais e eles devem estar ativos para que não aconteça um desabastecimento, uma perda de poder aquisitivo ainda maior, algum já é observado em todo mundo, porém a vida precede aos ganhos e são necessárias medidas que garantam o mínimo de sacrifício, em especial aos mais pobres.

É necessária uma medida dura e sem ela pode-se comprometer até mesmo a vacinação, e também é preciso cuidar desde já a eficácia contra a variante P1 já presente na maioria das cidades brasileiras.

Serão semanas duras e devemos todos nos cuidar com maior rigor e entender se as autoridades tiverem que tomar medidas restritivas, o cenário é praticamente de uma guerra.

É quase impossível na conjuntura brasileira pedir isto, mas seria bom uma solidariedade maior e verdadeira para enfrentar o momento mais crítico da pandemia.

 
 

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