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A pandemia ainda não acabou

15 nov

É triste e angustiante a constatação, mas a pandemia ainda não acabou, a Europa vive grande preocupação com a covid-19 e no Brasil onde os números ainda não baixaram da casa de 260 óbitos diários, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) registrou um aumento em crianças nos casos do vírus sincicial respiratório (VRS) com registros superiores a Covid 19.

Embora o aumento de casos em países como a Alemanha, Rússia, Hungria, Eslováquia e República Checa, a Rússia bateu novo recorde de infecção e mortes na semana passada (Ela tem apenas 34% da população vacinada), a preocupação é crescente com a chegada do inverno, e na Áustria o governo decretou lockdown para pessoas não vacinadas.

Na Rússia a medida tomada foi um recesso nacional de 30 de outubro a 7 de novembro, na Alemanha o diretor da virologia do hospital Charite, de Berlim enfatizou: “Temos uma emergência real agora”, pois o país registrou quase 40 mil casos da covid, o maior desde o início da pandemia, e fez uma previsão alarmante, 100 mil pessoas podem morrer.

No Brasil, embora ande em ritmo menos acelerado do que no período anterior de vacinação da vacina, o número aumenta e em muitos lugares há uma procura pelas pessoas que não vieram para a segunda dose. perto de 59% da população brasileira está totalmente imunizada e quase 80% já receberam a primeira dose, os dados são do consórcio de veículos de imprensa e foram divulgados as 20h deste domingo (14/11).

Sete estados brasileiros estão em alta após uma forte queda no mês anterior: Santa Catarina, Pará, Roraima, Rondônia, Bahia, Ceará e Piauí, um caso que chamou a atenção foi o de Serrana onde o governo paulista fez uma vacinação em massa tentando tornar a cidade modelo de vacinação, houve 563 casos no último mês e o número tão alto (a cidade tem 45.644 habitantes) não teve uma explicação clara (veja a foto, dados oficiais da secretaria do município).

As festas de fim de ano se aproximam e a preocupação é com a vigilância que inexiste em espaços públicos (shows, shoppings, supermercados, etc.) e um repique da doença traria não só um agravamento sanitário, mas alargaria a crise social que já atinge níveis insuportáveis, não há medidas em torno deste agravamento, a alta de preços está aí.

Outro fator preocupante é agora a saúde psicológica da população submetida a um stress alto e a uma constante pressão de preocupação com a doença sem políticas claras, já é possível observar muitas pessoas com alterações: angústia, tensão, depressão e atitudes antissociais, a superação da crise exigirá muitos esforços públicos.

É fácil observar nos mercados e no consumo diário um aumento do alcoolismo e uso de medicamentos, as festas de fim de ano poderiam melhorar este aspecto, mas a crise social não ajuda, as festas deverão ser modestas ou em festas não natalinas onde o exagero e as bebidas permitem que se estravassem as energias contidas na pandemia.

 

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