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James Webb chega no seu destino

25 jan

A exatos um mês o novo observatório Espacial James Webb (JWST Nasa) chegou ontem as 17 h (horário de Brasília) em uma região onde com um mínimo de gasto de combustível poderá se manter em órbita, chamado ponto de Lagrange L2 que na verdade é uma região entre a Terra e o Sol onde a força centrípeta (de atração) é equilibrada com uma força centrífuga.

Na verdade, são regiões e por isto chamadas de ilhas orbitais, todo planeta do sistema solar tem Pontos de Lagrange e na medida que se distanciam do Sol estas ilhas são maiores, a ilha relacionada com a terra tem cerca de 800.000 km de largura, o que em termos espaciais é pequena, o ponto L2 por exemplo, está a 5 milhões de km da Terra e ainda muito longe de Marte, 57.6 milhões é a distância do nosso planeta vizinho.

As observações ainda vão demorar 5 meses para calibrar todo equipamento, ajustar o espelho e apontar para os primeiros alvos.

Agora serão 5 meses de trabalho para que Webb envie as primeiras imagens no seus “alvos no universo infravermelho”, não vai procurar exoplanetas ou novos pontos, mas apontar para pontos conhecidos e fazer medidas mais precisas e com maior definição, os espelhos do Webb (hexagonais) que deverão ter um ajuste complicado e fino vai ter um pode ter até 5 vezes o poder dos espelho do Hubble, além de usar uma tecnologia mais sofisticada que é o infravermelho, onde pode “ver” observando a luz fortemente “desviada para o vermelho” de objetos distantes e pode perscrutar mesmo através de nuvens de poeira obscura, poderá peneirar atmosferas de exoplanetas identificando gases em maior precisão.

Mais de 1.000 equipes de astrônomos de todo o mundo solicitaram tempo no Webb em seu primeiro ano e 287 já tiveram a sorte de serem pioneiros, entre as perguntas destas equipes estão olhar os oceanos cobertos de gelo nas 27 luas de Urano, os gigantes gelados Urano e Netuno podem explicar muito da origem do sistemas galácticos, olhar os buracos negros que são do tamanho médio e resolver medições conflitantes na taxa de expansão do universo e de um modo geral usarão o Webb para dois temas dominantes: tempo e distância entre extremos opostos no universo: o universo primitivo e os sistemas planetários mais próximos e seus dilemas.

Além destes grandes temas um tema que desperta curiosidade, embora seja por um aspecto infantil de alienígenas, é o que se chama bioassinatura, ou seja, condições reais de vida, que na verdade não encontram “seres” mas as condições de existência passada ou futura deles são: gasosas, produtos diretos ou indireto do metabolismo dos seres vivos, de superfície, de resultados espectrais resultantes da radiação refletida por organismos, e, temporais que são respostas relativas a mudanças sazonais na biosfera onde há por exemplo, variação diurna e noturno de CO2, podem ser algumas bioassinaturas encontradas, seres ainda fica para a imaginação, é claro que alguma forma biológica pode haver num espaço tão infinito de probabilidades.