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A guerra do silício e o porco-espinho

16 ago

Já postamos a potência que é Taiwan na produção de chips, que em sua maioria são produzidos a partir do silício, porém a areia de onde se tira o silício vem da China, claro e de outros países, mas isto depende da travessa de navios pelo mar e isto é a estratégia da China.

A desproporção populacional e do efetivo de tropas é enorme, a China tem 1,4 bilhões de habitantes enquanto Taiwan tem 24,5 milhões de habitantes, o efetivo militar da China é mais de 2 milhões enquanto Taiwan está próxima dos 170 mil, neste efetivo a desproporção menor é da marinha de 240 mil para China e 40 mil para Taiwan.

Assim a estratégia de Taiwan chamada de “´porco-espinho” consiste em contra-atacar com espinhos dolorosos, ou seja, em vez de adquirir caças e submarinos caros, implantou sistemas defensivas móveis e ocultos, com mísseis antiaéreos e antinavios e estes serão os “espinhosos dolorosos”.

O sacrifício de vidas civis é inevitável, ainda que condenável por todos tipos de acordos de guerra, erros de estratégia, alvos equivocados e até mesmo o ódio que as guerras geram acabam por atingir inocentes que mal compreendem os motivos reais das guerras e das disputas comerciais.

De qualquer forma isto teria uma duração limitada pela disparidade das forças, então serão precisos em atuar em outras frentes: financeiras, comerciais e informacionais (incluindo a cibernética já em curso).

Enquanto a China planeja o estrangulamento e isolamento da ilha rebelde e Taipei aperfeiçoa a estratégia porco-espinho, os americanos ficam na ambiguidade de por um lado tentar manter as relações boas com a China e por outro não revela o apoio que pode dar a Taiwan em caso de ataque, mas os analistas afirmam que dará.

A guerra da Ucrânia não é senão um capítulo a parte no aspecto ideológico desta questão, já que Rússia e China são aliados políticos que querem destruir as forças do capitalismo ocidental, embora ambas tenha absorvido aspectos da livre iniciativa.  

Há uma terceira força neste tabuleiro que são os países islâmicos, Turquia e Irã em especial, e eles podem representar um desiquilíbrio das forças que mantém a tensão num estágio pré-guerra mundial, onde um confronto total levaria a uma crise nuclear.

Há forças pela paz? Sim, mas parecem enfraquecidas, a ONU não consegue ter um papel de mediadora e em alguns casos, como a anistia internacional, tem também lá havido defecções ideológicas de ambos os lados.

A humanidade sempre conseguiu sair destas ciladas e crises civilizatórias, no momento é difícil encontrar estas respostas, mesmo pensadores como Edgar Morin ou Peter Sloterdijk parecem um colapso de proporções mundiais, talvez uma força superior àquela que a maioria dos homens acredita, algo sobre-humano ou sobrenatural.

 
 

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