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Afastar o medo, sair do mal-estar civilizatório

15 jun

Pode parecer adocicado ou até mesmo infantil, Freud diz o contrário, que adotemos atitudes mais reflexivas e tolerantes diante de dificuldades.

Os gregos sabiam que sem autodomínio os homens podiam se entregar a dois polos paralisantes: deimos e phobos (terror e medo), por outro lado é difícil refrear a reação imediata aguda, se não fomos educados para a decepção, a frustração e o diálogo.

Adam Smith, cujo pensamento influenciou a economia moderna incluindo Marx, também escreveu A Teoria dos Sentimentos Morais, que o autodomínio é fundamental diante de uma situação aterradora, e estabelece dois modos de autodomínio.

Teoriza que o agir de acordo com os ditames da prudência, da justiça e da beneficência apropriada, parece não ter grande mérito se não existe a tentação de agir de outra forma”. 

Deveríamos ser educados para a capacidade de empreendermos autodomínio diante dos pathós (afecções da alma) onde devemos pôr em relevo nossas maiores virtudes, ou sucumbiremos aos processos vexatórios e odiosos vícios, e por incrível que pareça, já domina a maioria das mídias sociais, chegando até as mais altas cortes do país.

Segundo o autor o segundo grupo das paixões sobre as quais convém que exerçamos autodomínio, levam ao contexto do “o amor ao sossego, ao prazer, ao aplauso e a muitas outras satisfações egoístas”.

Assim se compararmos as do primeiro com as do segundo grupo, podia parecer mais fácil dominá-las, pois essas inclinações nos concedem algum tempo mínimo de reflexão; ao menos, mais do que quando somos assaltados pelo medo e pela cólera (primeiro grupo), entretanto vivemos o contexto de reações imediatas ou paralisia, sem perceber que estes extremos se tocam.

Se cedemos a todos impulsos, se damos pouco tempo ou espaço a reflexão, ao silêncio e até mesmo ao cultivo da interioridade, o que externamos é quase sempre pouco empático, e no extremo oposto sobram a cólera e a barbárie.

A Inteligência emocional, desenvolveu métodos que sugerem como controlar suas emoções e ajuda a reconhecer mais facilmente quando ela melhora suas relações e empatia.

SMITH, Adam. The Theory of Moral Semtiments, 1ª. Ed. 1759.

 

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