Pobreza e pós-pandemia
Além dos problemas sanitários do pós-pandemia, ela ainda não chegou ao fim é importante observar, teremos agravado o problema social e uma desorganização do ambiente produtivo.
Os dados da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) eram que já em 2020 os níveis de pobreza já observador nos 12 a 20 anos anteriores, haviam piorado na região.
As taxas de ocupação e participação no mercado de trabalho, sobretudo das mulheres, devido a pandemia da COVID-19 e apesar de várias medidas de proteção social emergenciais, não foi possível frear o avanço da pobreza e extrema pobreza, e o problema já é central em 2021.
A pobreza e a extrema pobreza se agravou, considera-se extrema pobreza famílias que vivem com menos de US$ 1 dolar diário, ou U$ 20 dolares mensais, segundo os dados recentes do IBGE o Brasil já teria 13,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, adotando critério do Banco Mundial, somados aos que estão em situação de pobreza chegam a 25% da população.
O Banco mundial estima que até março de 2020, havia 103 programas de proteção social em 45 países, este número saltou para 1.414 programas em 215 países até dezembro de 2020, no entanto várias análises demonstram que a pobreza e extrema pobreza aumentou e cresce, segundo a UNCTAD a desaceleração econômica após o Covid 19 fez a pobreza mundial subir três pontos percentuais, que resultou em mais de 33 milhões de pessoas.
Outros dados de organismo não governamentais, indicam que a pobreza multidimensional, aquela que atinge a educação, acesso a saúde, trabalho e padrão de vinda, os estados brasileiros com maior pobreza seriam o Maranhão, Paraíba e Piauí, onde os dados são maiores em famílias com presença de crianças.
Não há medidas efetivas, e o aumento da inflação e o custo da alimentação eleva a pobreza ao nível de emergência social, tão ou mais grave que a crise pandêmica, o olhar exclusivo sobre a pandemia e a desatenção das autoridades elevam o clima de crise social.
Claro que o panorama não é apenas nacional ou da américa latina, o freio nas atividades econômicas e principalmente a desorganização, o enfrentamento da crise no aspecto econômico, quando houve, foi apenas adotar medidas emergenciais e não senatorias ou preventivas.
Espera-se que haja forças vivas capazes de recuperar os níveis sociais, sem esquecer os aspectos de distribuição e de preservação do meio ambiente, que em última instância são os meios para a produção e alimentos e desenvolvimento econômico.