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A crise civilizatória e a paz

17 nov

O míssil na Polonia e o atentado de Istambul podem não ter relação nenhuma, mas se tiverem é a eclosão de uma crise que pode levar a terceira guerra mundial, isto porque na Turquia uma mulher do PKK, o partido Comunista Curso foi acusado de planejar o atentado recente enquanto o míssil que caiu na Polonia, que é um país membro da OTAN pode ter saído de alguma base russa.

O processo de polarização mundial já está em processo visível desde a eleição de Trump nos Estados Unidos, em 2017, a ideia da America voltar a ser grande, encontrou resposta da atual concorrente China e mais recentemente da Rússia que volta a sonhar com a grande pátria soviética.

Postamos diversas vezes sobre o perigo do inverno, porque ele é estratégico para a guerra, os países da Otan e a Ucrânia que deve resistir a escassez e ao preço alto do petróleo e do gás, e a Russia que desestabilizou as usinas e fontes energéticas na Ucrânia para fragiliza-la durante o inverno, o que atinge também a Europa.

O desejo da paz permanece entre os homens de boa vontade, os religiosos de verdadeira fé, que não exclui religiões orientais e muçulmanas, porém o quadro é cada vez mais preocupante e a guerra não precisa só de armas, precisa principalmente de lenha na fogueira da atual polarização que esconde os verdadeiros interesses econômicos que financiam até mesmo reuniões bem intencionadas no planeta, porém com o desejo oculto de dividir para reinar, há grandes interesses econômicos e de mercado em jogo.

Assim a paz deve partir de uma atitude cotidiana, de esperança, de tolerância e de fraternidade, que em clima de guerra torna-se cada vez maior, mais declarado e envolvendo um número maior de pessoas.

Os frutos de uma guerra e da polarização para a população mais frágil é evidente e não há dúvida, cairá sobre os mais pobres e mais vulneráveis o preço mais alto de atitudes beligerantes.

A arrogância, a intolerância e a avidez pelo poder dos mais gananciosos ultrapassam os limites da civilidade e desafiam até mesmo sinceros pacifistas, querem tornar o conflito inevitável e daí tirar proveito.

O simbolismo bíblico da divisão humana está descrito na divisão política de Jerusalém (mapa).

A passagem bíblica onde Jesus dizia sobre seu desejo de paz em Jerusalém, simbólica até hoje por concentrar grandes conflitos, é significativa também para os dias de hoje (Lc 19,42-44):

“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos!  Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.

Não há religião em desejos beligerantes, eles não são dignos e nem se confunde com a fé e a esperança verdadeira.

 

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