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Maus acordos e ameaças

31 mar

No mesmo dia (18 de março) em que o acordo de trégua parcial (apenas o ataque a postos de energia da Ucrânia e navios no Mar Negro da Rússia), a Ucrânia acusou de ter sido atacada em 8 estações energéticas.

A Rússia deseja que o banco estatal russo fosse novamente ligado ao sistema de pagamentos internacional, mas a Europa rejeita esta posição afirmando que isto só acontecerá quando a Rússia retirar todas as tropas da Ucrânia.

Uma coisa é fato da personalidade de Putin, ele despista, mas não blefa, quando fez o acordo de paz sobre a Criméia, curiosamente foi também no dia 18 de março de 2014, na visão de Putin ele faz o mesmo que a OTAN vai avançando sobre o terreno inimigo e demarcando posições.

A Europa teme novos avanços sobre países da OTAN, a julgar pela história a Polônia pode ser o próximo passo, ali Hitler avançou na II Guerra e o regime estabelecido pelo estado soviético no pós-guerra foi também cruel com o povo polaco, lembre-se as revoltas do Sindicato Solidariedade em Gdansk, já no período final do regime do general Jaruzelski.

Os acordos de trégua têm pouca sustentação porque não há forças “neutras” que os garanta.

Também o Oriente Médio vive sobre maus acordos, depois do acordo Hamas e Israel pouco ou nada caminhou no sentido de uma trégua mais ampla, o reconhecimento do território palestino não caminhou, Israel e os EUA querem manter o controle da região sob a ameaça de novos ataques a Israel.

O Irã que é um personagem nas sombras desta guerra, porque financia e dá apoio a grupos extremistas, a ameaça de Trump de bombardear Teerã teve como resposta que os EUA irão receber um “golpe recíproco”, o que Trump quer é um novo acordo nuclear de limitação das armas nucleares no Irã, é bom lembrar que são parceiros da Rússia que já possui vasto arsenal nuclear.

O mundo segue sobre a sombra de uma guerra insana, aqueles que não pensam sobre esta insanidade, não sabem os horrores e as consequências de uma guerra hoje.

A figura acima é uma escultura feita por Marie Uchytilová em Lídice, republica Checa, em lembranças a um grupo de 82 crianças asfixiadas com gás no campo de extermínio de Chelmno no verão de 1942.

 

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