Arquivo para November, 2012
Notebooks com Windows 8
Windows 8 é direcionado as telas de toque, e isto me fez compreender porque estava difícil comprar notebooks com toque, agora que vendi o meu.
O Surface sumiu, não dizem que esgotou, mas está difícil de comprar, então parti para os notebooks chamado híbridos com as telas de toque, que também estão difíceis.
Mas a agressividade do Windows 8 atingiu também os não-híbridos com tela de toque, eis alguns dos que andei procurando Asus VivoBooks X202E (em torno de US$499), o Sony Vaio T13 (US$899) e o TouchSmart Spectre XT ($1349), todos com Windows 8 claro.
A grande questão agora é se os notebooks tradicionais com tela de toque substituirão os convencionais, o que daria uma vantagem a marca de Bill Gates sobre a Apple, já que MacBooks e iMacs não têm capacidade de toque.
Por enquanto parece uma tendência muito rápida de mercado, já que lojas de venda on-line como Best Buy estão mudando a composição das ofertas de sua linha de laptops, o site mostra uma dúzia de notebooks dos quais 10 expõe o Windows 8 instalado.
Furacão Sandy e um novo ativismo
Um novo tipo de ativismo digital foi gerado durante a passagem do furacão Sandy, ele está sendo chamado de “Sandy CrisisCamp” organizados a partir do site CrisisCommons e vai agir desde a costa oeste americana até a Nova Zelândia, mas sediados na cidade de Boston.
Os eventos serão segundo os organizadores um cruzamento de oficinas e códigos que possam ajudar as comunidades locais e ajudá-las a se preparar e lidar com a crise, e mantém um twitter com informações.
Entre os projetos do CrisisCampers há um crowdsourcing de ferramentas que vão criar categorias de imagens onde os danos de edificios são avaliados, permitindo aos socorros priorizarem esforços e gerar um doc simples, onde tentam manter o controle de fontes de dados para recuperação de danos.
Os CrisisCamps deste fim de semana reunirá pessoas e serão abertas ao público, onde voluntários são incentivados a participarem em pessoas e mesmo aqueles que não podem estar pessoalmente, podem estar envolvidos em esforços de recuperação ou entrar numa lista de email que auxilie a conquistar esforços de solidariedade.
Os Camps mantém relacionamento com o mediaLab do MIT que vinha fazendo esforços para coordenar ajuda da comnidade através do Twitter e produziu um site, o Sandylist que unia pessoas com recursos a quem precisava deles.
Também um site de crowdfunding (dinheiro para projetos) específico para o Sandy foi criado,
Banda Larga é um direito seu
O serviço não interessa as operadoras, pois manteria a qualidade e baixaria os custos, todos sabem que o grande interesse na internet agora são as multimídias, porisso é justamente o que as operadoras querem taxar.
Ontem as operadoras passaram a ter a obrigação de disponibilizar 20% da taxa que cobram, por exemplo, se comprou 1 Mega, só 256 k.
Apesar de existir um PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), e as multas eleitoreiras do governo, as operadoras e seus lobistas manobram, somente a sociedade organizada poderá conquistar este direito de acesso, e uma campanha já foi lançada por diversas ONGs, chamada Banda Larga é um direito seu, veja o texto na AEPPSP.
Entre outras iniciativas, as entidades articuladas na campanha, mandaram no início de setembro um pedido de CPI em ofício para a Câmara dos Deputados em Brasília, verificando o preço dos serviços, no caso da banda larga, 9 vezes superior ao serviço americano.
Será que vão topar, acabam de fechar (ao menos limitar) a CPI do Cachoeira, o que será que ia jorrar de lá.
O plano de maquiagem da Anatel é claro no edital de licitação de 4G, em abril de 2013, o serviço deve estar funcionando nas cidades-sede da Copa das Confederações (Belo Horizonte Brasília Fortaleza Recife Rio De Janeiro Salvador) e, em dezembro de 2013, nas cidades-sede da Copa do Mundo (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.
Quer dizer: só para turista ver e ouvir !!!
Compartilhamento: uma nova economia
Muitas comunidades na internet são um exemplo de compartilhamento, onde o software livre é um exemplo de uma economia de compartilhamento da informação, mas diversas ferramentas e sites também fazem isto, mas será outro post, por enquanto, falo do software.
Os programadores elaboram o código-fonte e disponibilizam-no gratuitamente, permitindo livremente a cópia e a modificação e o melhoramento do código.
Compartilhar pode parecer algo novo e específico da Web, mas não é “A teoria do dom” ou a da “dávida” (que penso ser péssima tradução, já que em francês originário da palavra é don e italiano uma boa tradução é “dono”).
Em seu Essai sur le don Marcel Mauss(1923-1924), um sobrinho de Durkheim e também um sucessor à frente da escola sociológica francesa, fez estudos e percebeu que em muitas sociedades arcaicas trocas ocorrem na forma de compartilhamento onde estes são obrigatórios e o dar, receber e retribuir é quase uma dinâmica social.
Agora, numa sociedade em que o capital estabelece uma pretença lei universal sociológica e antropológica, onde quem mais tem vale mais seria possível pensar em uma mudança no nosso homo economicus? Isto é apenas cultural ou antropológico no homem, neste caso estariamos no meio de uma mudança antropológica ?
O número de estudos e trabalhos atuais indicam que esta mudança está a caminho, sito com um trabalho pouco conhecido mais muito importante dos italianos Luigino Bruni e Stephano Zamani sobre a Economia de Comunhão, com boa tradução em português.
Mas além do trabalho de Mauss, há outro antecessor que é o trabalho de David J. CHEAL, The Gift Economy, americano de 1988, mais anterior ainda um trabalho de 1970: Richard Titmuss: The Gift Relationship: From Human Blood to Social Policy e outro bem atual, acabo de receber de um aluno, é um livro sobre design, mas muito interessante de Lisa Ganski: The mesh: Why the future the bussiness in sharing, 2012.