Pandemia e a hora do planeta
Os dados observados pelo site Opera Mundi, ali pode se ver os números da pandemia em todo mundo, demonstram que nos ciclos da pandemia, apesar da vacinação que segundo o site chegou na noite de domingo a 1,5 bilhão de doses administradas (se a população mundial é em torno de 7.5 bilhões de pessoas) isto significa 20% de vacinação em todo mundo, claro varia em muitas regiões. O número de mortes cai, mas o de infecções cresce, a vacina é este fator.
A Índia por exemplo, que é o pior caso da Pandemia neste momento, é o terceiro que mais vacinou com mais de 179 milhões de doses, porém tem uma população de quase 1,4 bilhão de pessoas e isto dá 7% apenas de vacinados, bem abaixo da média mundial (acima) de 20%.
O Brasil com aproximadamente 37 bilhões de vacinas para pelo menos a primeira dose (o número de mais de 50 bilhões de vacinas é somando a primeiro com a segundo dose, que conta os que tomaram a 2ª. dose duas vezes) significa ainda também um número abaixo da média, com uma população de mais de 200 milhões de habitantes (211 na última estimativa) isto dá 20% o que significa na média, porém a gravidade da Pandemia exige ainda esforços maiores.
A compra de 100 milhões de doses da Pfizer poderia nos deixar otimistas, se não fosse para outubro, e o valor de 6,6 bilhões de reais significa isto significa 66 reais por dose, algo em torno de 10 euros ou 9 libras esterlinas no cambio atual, preço caro e a vacina exige uma logística especial por que deve ser mantida a baixa temperatura (gelo seco, transporte refrigerado, geladeiras, etc.).
Tudo isto poderia nos deixar otimistas, mas a realidade não é bem esta, observa-se que mesmo em países onde houve uma queda acentuada (Inglaterra e Portugal por exemplo) não se pode baixar a guarda porque o mundo é uma aldeia global e mesmo com poucos voos as pessoas circulam, e um caso de infecção, e existem novas cepas do vírus, pode deflagar todo processo de novo.
É hora do planeta, podemos e devemos tomar uma atitude planetária, ainda não o fizemos, e mesmo os órgãos reguladores, governos e agencias sanitárias parecem ainda estarem aquém das medidas a serem tomadas, por exemplo, no caso da Índia e na criação de protocolos para viagens, é necessário um plano global.
Existe uma preocupação justa que isto seja feito exclusivamente por critérios políticos e não técnico-sanitários o que é um fato, porém como a política não tem ajudado, podemos ajudar a política com atitudes sanitárias, numa linguagem atual: uma política pública sanitária.
A campanha é simples e global: vacina para todos, protocolos globais em relação a tipos de vacinas, por idade, tipo de comorbidade, distribuição equânime (por exemplo, chegar a 20% de vacinação em todos os países como meta para este mês), poderíamos pensar 50% até julho que seria uma tentativa audaciosa, mas fazendo as contas: haverá a produção de 3.5 bilhões de doses até julho contando todas as vacinas (estamos já em 1.4 bilhões) não parece um número impossível.
Vacina para todos !!! socorro aos países pobres e aos países de crise pandêmica maior.