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Se deseja a paz colabore com seus valores

20 abr

Não foram poucos os tiranos que disseram que para manter a paz faça a guerra, isto é muito antigo que será difícil determinar seu autor, o filósofo contemporâneo Jean Paul Sartre disse algo importante sobre isto: “Quando os ricos estão em guerra, são os pobres que morrem”, atualizaria não há nenhum interesse nos mais fracos quando impérios se digladiam.

O livro Arte da Guerra de Sun Tzu (século V a.C.): “o verdadeiro objetivo da guerra é a paz” é em si já uma frase paradoxal, os três tipos de paz sobre este conceito historicamente foram desmascarados: a pax romana era a submissão dos vencidos, a paz Eterna kantiana supunha um equilíbrio interno entre os três poderes republicanos, o equilíbrio entre as nações e o respeito a direitos humanos, basta ver o quadro internacional atual em que estes pressupostos foram violados e não garantiram a paz. O terceiro é a paz de Vestfália (1648) de tolerância religiosa.

É de Sartre também a frase: “nunca se é homem se não se encontra alguma coisa pela qual estaria disposto a morrer” e certamente para ele não seria a guerra, talvez algo valor do Alto, já que não disse “alguém pelo qual estaria disposto a morrer”.

Estaríamos dispostos a morrer para pedir paz e um progresso sustentável dos povos, sem valores que edifiquem este edifício, Edgar Morin diz de certa forma até utópicos, não criamos um modelo duradouro e sustentável de paz que não nos coloque em novas encruzilhadas e armadilhas.

Uma utopia é realizável se pensar que sem ela não estamos trilhando um caminho seguro, estamos sentados em um barril de pólvora, não só as armas nucleares, como também o número de usinas nucleares em todo globo, mais de 440, lembremos que Fukushima foi um desastre natural e Chernobyl foi um descuido humano.

Assim não só a guerra, como o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos que não foram criados para destruição, mas sem códigos e valores éticos, morais e sociais realmente altruístas, não caminharemos para uma paz duradoura e seguro, primeiro é preciso desarmar as bombas.

Não alimentar nenhum tipo de ódio (onde há inimigos há dois lados), voltar a discussão séria sobre as armas e uso de energia atômica, controle ambiental seguro e durável, enfim a pauta é extensa para perdermos tempo com ódio improdutivo e que trabalha no sentido oposto.

 
 

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