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Guerra mitigada e paz distante

10 fev

Tanto na faixa de Gaza quanto na Ucrânia estão sendo mitigadas, as duas principais guerras e as mais ameaçadoras de uma guerra total, a espera de uma paz a partir do governo Trump não se concretizou, o que ele quer é uma pax romana, ou seja, o domínio dos vencidos.

O governo atual dos EUA negocia terras raras com a Ucrânia, em troca de equipamentos, estas terras têm custo alto e são usadas tanto em lentes de câmeras e telescópios, para maior precisão visual, como em refinamento de petróleo, num processo chamado craqueamento.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou sexta-feira (7/02) que está disposto a este acordo em troca de apoio à guerra, a região próxima ao rio Dnipro é rica neste minério, e revela os verdadeiros interesses da guerra, além da forte produção de grãos da Ucrânia.

Na faixa de Gaza houve nova troca de prisioneiros, no sábado (9/02) três sequestrados pelo Hamas foram trocados por 183 prisioneiros palestinos, a volta dos israelenses não encerrou o drama, porque ao chegarem descobriram que os familiares foram mortos no ataque do dia 7 de outubro que iniciou o conflito.

O plano de Trump para Israel, porém é o domínio da região da faixa de Gaza, onde os palestinos consideram como seu território, foi saldado por Netanyahu como “revolucionário”, já para os palestinos significa a continuidade do conflito e a constante ameaça dentro de suas fronteiras.

No domingo (09/02) foi anunciada a retirada completa das tropas israelenses do chamado corredor de Netzarim, que dividia a Faixa de Gaza em duas permitindo o deslocamento do sul para o norte (foto).

Trump segue uma política de taxação, uma autentica guerra de comércio, diz que vai anunciar no dia de hoje tarifas de 25% sobre alumínio e aços importados pelo país, a decisão atinge o Brasil, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou que não vai se pronunciar.

Também a retirada dos EUA da OMS (organização Mundial da Saúde) foi anunciada, e foi seguida pela Argentina, Trump acusa a Organização de desvio de verbas para outras finalidades e uso político destas verbas, contrárias aos interesses americanos.

Também o comércio com a China e Rússia está abalados, os países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia completaram ontem a migração da rede elétrica da Rússia para o sistema da União europeia, encerrando os laços da era soviética e em busca de maior segurança para os países.

O cenário é de mitigação da guerra, podendo a qualquer momento ocorrer uma escalada maior, porém a esperança em construir uma paz sustentável não foi abandonada, ainda forças do mundo árabe e da Europa procuram soluções diplomáticas para estas guerras brutais.

São os interesses econômicos que estão em jogo, acima do político, os ânimos estão fora de controle não só nos países em guerra, mas em toda parte há um posicionamento polarizado.

A volta a serenidade, a consciência que na guerra todos perdem, e os mais fracos são sempre os mais explorados e sacrificados, deve ser base para conversas mais humanísticas e menos econômicas e ideológicas, a paz deve se sobrepor aos interesses dos ditadores.

Um clima de liberdade, paz e justiça é o único caminho para uma paz sustentável.

Urgente: conforme nossa análise ao final do dia o grupo islamista acusou Israel de violar cessar-fogo ao atacar civis que tentam retornar ao norte da Faixa de Gaza e Israel colocou as suas forças em alerta máximo.

 

O nacionalismo, o medo e a guerra

04 fev

Não é a primeira vez na história que o medo toma conta da sociedade, aparecem as diversas doenças psíquicas, como a depressão e a síndrome do pânico, e as sociedades parecem se fechar, para surpresa geral, a Alemanha sempre tão a frente, tem o avanço da AfD (Alternativa para a Alemanha) que é a volta da ultradireita.

O problema da imigração agora na Alemanha aparece, sob protesto no bordão “somos o cordão sanitário”, quando ocorreu uma moção anti-fluxo imigratória e uma votação apertada da Lei do Fluxo Migratório, a crítica se dirige ao candidato a chanceler federal alemão Friedrich Merz, da União Democrata Cristã (CDU), e manifestações em todo país aconteceram.

O candidato é o líder das intenções de voto para assumir o governo alemão na eleição de 23 de fevereiro, embora conservador se distancia das pretensões ultraconservadoras da AfD.

O significado destes movimentos, leis e crescimento de posições cada vez mais conservadoras é uma reação à sensação de desmoronamento das raízes civilizatórias das diversas sociedades e um crescente movimento de deterioração moral e político das instituições sociais.

Não se trata de uma zona de conforte e sim uma “zona de segurança” diante de uma ameaça cada vez mais presente de uma crise civilizatória sem precedentes, e sem um elemento de paz e esperança que possa amenizar estes processos de mudanças sem limites dos costumes.

O medo é quando as reservas morais de esperança e fé no futuro se contraem, tanto no nível pessoal quanto no social, os jovens que preferem se fechar e ficar “escondidos” em casa são um reflexo desta “zona de segurança” enquanto que os que saem abandonam qualquer limite.

As forças pacificadoras, além de combaterem os extremismos devem também semear a paz e a esperança e diminuir os ataques frontais aos extremismos que apenas os fortalecem.

Não ter medo é também um importante ingrediente destas “batalhas”, mostrar serenidade e tranquilidade diante de situações adversas ajudam a minimizar os efeitos da intimidação e do assédio que caracterizam as forças extremistas, elas se alimentam do medo e da violência.

Os verdadeiras núcleos de esperanças são inclusivos, não se motivam por provocações ou narrativas que defendam suas posições como únicas verdadeiras, não se trata de relativismo, mas de iluminação e desativação do medo que caracterizam as sociedades mais fechadas.

Somente a paz entre os povos pode garantir a esperança de um mundo mais saudável e fraterno para todos, sem exclusões. 

 

Uma paz frágil

27 jan

Apesar do cessar-fogo Israel e Hamas continuam a trocar acusações de violação do acordo, entretanto o Hamas libertou quatro mulheres soldados israelenses que eram reféns (segundo o governo de Israel serão 6), no sábado 25/01, enquanto Israel libertou 200 palestinos, segundo a imprensa de Israel, 120 são terroristas que decapitaram civis ou praticaram outras atrocidades.

Israel também vem retirando parte de seu exército do norte de Gaza, mas parte das acusações do Hamas é que ainda impedem o retorno de palestinos àquela região (foto).

Situação parecida vive a Ucrânia, onde os soldados russos atiram em civis que tentam retomar sua casa, assim a Rússia vai ampliando a ocupação no leste da Ucrânia, territórios próximos a Donesk cujo território a Rússia controla e reivindica sua posse.

A Rússia, segundo declaração de Putin, vê como favorável o encerramento da guerra, porém a situação é frágil porque a Rússia recrutou mais 150 mil novos soldados, ultrapassando a marca de 1 milhão de militares na ativa, o que é visto como desproporcional a guerra da Ucrânia, que tem dificuldades de recrutar novos militares e tem um exercito em torno de 600 mil.

Enquanto o novo governo dos EUA de Trump, fala em fim imediato da guerra na Ucrânia, aumentam as suspeitas na Europa que a Rússia criaria conflitos em outras regiões da OTAN, cujo efetivo não passa de 90 mil militares na ativa, porém cada país tem seu exército nacional e os orçamentos militares se ampliam em quase toda Europa.

Na segunda guerra mundial, é preciso lembrar que os EUA só entraram na guerra após o ataque de Pearl Harbor (7 de setembro de 1941), feito pelos japoneses, 2 anos após o inicio da guerra (1 e 2 de setembro de 1939) quando a Alemanha invadiu a Polônia.

A deportação e imigrantes ilegais nos EUA, promessa de campanha de Trump, teve um novo obstáculo quando a Colômbia rejeitou a extradição de seus compatriotas, e gerou um imediato conflito diplomático entre os dois países, com barreiras econômicas feitas pelos EUA, que foram retiradas nesta madrugada (27/01) após aceitação dos deportados.

As fronteiras da Venezuela também seguem em escalada militarizada, inclusive com o Brasil, não só é ruim para a paz, como também para a democracia porque cresce o poderio bélico.

A esperança de paz não pode ser ingênua e negar o panorama bélico atual, é preciso desarmar e recuperar os direitos civis em ameaça em cada canto de guerra no planeta.

 

Dificuldades e paz possível

20 jan

Na manhã do domingo Israel voltou a bombardear o norte da faixa de Gaza, matando 8 pessoas, devido o atraso na entrega da lista de reféns, o Hamas admitiu o atraso “por razões técnicas” mas ratificou o acordo, e emitiu a nota: “Como parte do acordo de troca de prisioneiros, decidimos libertar hoje: Romi Gonen, 24 anos, Emily Damari, 28 anos, e Doron Shtanbar Khair, 31 anos”, disse Abu Obeida, disse o porta-voz do Hamas.

Mais tarde houve a libertação, em comunicado o exercito de Israel declarou: “As três reféns libertadas serão acompanhadas pelas forças especiais das FDI (exército) e pelas forças do ISA (segurança) em seu retorno ao território israelense, onde passarão por uma avaliação médica inicial”, ficaram 471 dias no cativeiro.

Os reféns foram entregues a Cruz Vermelha (foto) e encaminhados para Israel, ainda haverão mais duas etapas até que o acordo seja cumprido, segundo vários especialistas (como Rubens de Siqueira Duarte, professor do Programa de Pós-graduação em Ciências Militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército) é um passo importante, mas a paz é ainda incerta.

As etapas são importantes porque o caminho da desconfiança (histórica) deve ser ultrapassado com cuidado e mostrando boa vontade de ambas partes, agora espera-se os prisioneiros que são militantes do Hamas serem soltos.

No outro front perigoso no leste europeu, a posse de Trump no dia de hoje, o cansaço da guerra que já está presente de ambos os lados, podem apressar um cessar-fogo, lá as forças envolvidas podem mostrar-se mais resistentes, porque envolvem questões territoriais difíceis de serem negociadas (a Rússia já domina 30% do território ucraniano, que tem apenas a região de Kursk tomada dos russos).

Acredita-se que Trump deverá deixar de dar apoio à Ucrânia e então seria forçada, na sua lógica nacionalista de que devem se envolver em questões “a América primeiro”, porém as ameaças à Groenlândia e ao Canadá são inaceitáveis para a paz mundial.

Qualquer acordo deve também, como no caso Hamas/Israel, ter concessões bilaterais.

A paz é desejável, o cessar foto é um passo, porém para ser duradoura deve ter aspectos fundamentais de direitos dos povos e condições humanitárias respeitadas.

 

Urgente: gabinete de Israel aprova acordo de paz

18 jan

O gabinete dos ministros de Israel votou a favor de cessar-fogo que entra em vigor a partir de domingo, inicialmente durará 42 dias, prevê a devolução em etapas dos reféns e a retirada de Israel, também gradativa da faixa de Gaza.

Segundo o jornal Times of Israel, 24 ministros votaram a favor, enquanto oito votaram contra a aprovação, o ministro das comunicações Shlomo Karhi não compareceu, a nota diz: “o governo aprovou a estrutura para o retorno de reféns”.

O primeiro-ministro do Qatar Sheik Mohammed bin Abdulraham al Thani, que mediou o acordo, afirmou a “necessidade de ambas as partes se comprometerem com a implementação de todas as fases do acordo” para evitar o “derramamento de sangue civil”, os detalhes da segunda e terceira fase serão conhecidos após a implementação da primeira fase.

Que esta paz se espalhe para outras regiões em conflitos e ameaças graves de forças bélicas imperialistas. 

 

Paz ou trégua no Oriente Médio ?

16 jan

Um acordo de paz foi comemorado onde no Oriente Médio, mas ainda pairam dúvidas sobre as reais condições deste acordo, maus acordos apenas protelam ódios e reorganizam forças.

Um acordo de cessar-fogo apenas significa um novo balanço militar na região, conforme avalia Binyamin Netanyahu primeiro-ministro de Israel, na prática com os Estados Unidos dando as cartas na região e um recuo do Irã, a queda de uma longa ditadura na Síria contribuiu para isto, mas haverá paz sem a reconstrução das condições humanitárias na região e no Iêmen

Antes do ataque de 7 de outubro feito pelo Hamas em território israelense, o Irã dava as cartas na região, incluindo terroristas bem treinados espalhados na faixa de Gaza, onde moram os palestinos com constantes hostilidades de Israel, isto escalou depois de 7 de outubro.

É preciso restabelecer as condições humanitárias na região, e entender que a pobreza no Iêmen é uma das mais graves do mundo, assim não basta a trégua é preciso ir a raiz da guerra.

Em mais de 40 anos poucos acordos foram bem-sucedidos e a crise segue na região, desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, acordos firmados entre Israel e Egito, entre Israel e Jordânia, a questão central entre palestinos e israelense não foi resolvida, é preciso um acordo direto.

O acordo anunciado oficialmente no Qatar pelo primeiro ministro Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, foi feito entre negociadores do Hamas e de Israel, o que é por ser direto entre as partes, um bom início.

Suas palavras “esperançosamente, está será a última página”, é muito significativa, mas não se pode subestimar as condições no médio e longo prazo, ou seja, restabelecer as condições humanitárias na região e não pensar o Iêmen como um capítulo a parte, é sede dos Houthis, eles atacaram um posto “vital” em Israel no dia de ontem, antes do acordo.  

Sobre os reféns que devem ser soltos em breve, dos 251 capturados pelo Hamas no 7 de outubro de 2023, acredita-se que 94 continuam em Gaza, 60 estejam vivos e 34 mortos.

É preciso agora desarmar os espíritos bélicos, não só na região, mas em todo planeta.

Urgente: Segundo a Associated Press, o gabinete de Israel ainda não ratificou o acordo, diz que Hamas impôs “novas” concessões: “O gabinete não vai se reunir até os mediadores notificarem Israel de que o Hamas aceitou todos os itens do acordo”, disse Netanyahu, lutem, orem ou pensem positivo pela PAZ.

 

Os falsos profetas e a esperança

26 nov

A má religião e as falsas profecias são aquelas que não anunciam a boa nova, não há nenhuma leitura histórica ou verdadeiramente profética daquilo que é o reino divino: a paz e a esperança.

Sim é verdade que estamos em tempos sombrios, mas ainda assim é preciso anunciar a paz e a esperança, que o homem até hoje construiu a civilização sobre guerras e vinganças é fato, porém foi a paz e esperança que desenvolveu a agricultura, o comércio e a produção de bens sociais, mesmo em meio às guerras a esperança sobreviveu e fez estrada.

São maus leitores bíblicos, quando os discípulos perguntaram quando os tempos de destruição viriam, diz a leitura Lc 21:8-9, “Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”

Continua a leitura sobre conflitos mundiais (Lc 21:10-11): “e Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”, mas esta não é a profecia e sim aquilo que os homens farão antes de um tempo de paz e de verdadeiro processo civilizatório no planeta.

Aprendemos mais pela dor do que pela razão e pelo amor, ainda que estes tempos se digam racionais, a visão do todo, da Terra como uma pátria comum a todos povos e nações ainda não chegou, impera o poder mundano, as tentativas de saques e de vinganças entre os povos, e não há nada de divino nisto, é apenas a insanidade de um racionalismo raso e antissocial.

A esperança é que conduzirá os homens a um outro patamar civilizatório, que socorrerá os pobres, que renovará a vida e os modelos saudáveis de desenvolvimento, até mesmo aquilo que é considerado um princípio de sustentabilidade, não consegue gerir os recursos terrestres.

Uma nova civilização será aquela que sobreviveu destes tempos sombrios e sem temperança, como dizem as virtudes cardeais esquecidas (post da semana passada da filósofa Philippa Foot): temperança, sabedoria e prudência e coragem (fortaleza) são virtudes morais esquecidas, mas não de todos.

 

A escalada bélica e a esperança

25 nov

Aumentam a potência e o uso de armas de longo alcance na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o uso de armas de longo alcance pela Ucrânia e os mísseis hipersônicos que podem transportar cargas atômicas já foram testados na guerra, e a ameaça de guerra com países europeus até mesmo na TV Russa já apareceu e foi manchete no mundo todo.

As bases militares da OTAN na Alemanha, Varsóvia e Londres aparecem num suposto mapa dos primeiros ataques em caso da Rússia se sentir ameaçada, internamente ela já alterou os seus estatutos sobre uso de armas nucleares rompendo acordos internacionais e o Kremlin autorizou o aumento na produção de mísseis para estas cargas nucleares.

Da psicologia que se pode entender de Putin é que ele despista, mas não blefa, os países nórdicos parecem ser os que mais temem um ataque russo, a Noruega distribui a população um manual do que fazer em caso de catástrofes ambientes ou guerras, em alusão a isto, Finlândia e Suécia (foto da cartilha) já se prepararam para esta hipótese e são novos membros da OTAN.

A guerra entre Israel e Hezbollah segue em sua escalada, no sábado (23/11) um ataque israelense matou ao menos 11 pessoas e 23 ficaram feridas, o tipo de míssil usado é capaz de atingir até mesmo bunkers e segundo as autoridades, havia forte cheio de explosivos após o ataque.

Ao menos ali há tentativas de acordos de paz, mas as negociações parecem estagnadas, no leste europeu espera-se que após a posse de Donald Trump, que venceu as eleições nos EUA, possa haver algum tipo de acordo, mas certamente a Ucrânia perderia parte do território.

A esperança jamais é esquecida entre as pessoas que desejam a paz, mais do que isso que rejeitam o discurso de ódio e de guerra, pois muitos dos que falam da paz não a querem de fato, acreditam que é possível algum tipo de “vitória” em campos de batalha, lá todos perdem.

Assim podemos fazer nossa pequena parte, se a guerra se tornar impopular os governos se mexem, a única coisa que pode comovê-los é a opinião pública, pois nem mesmo uma possível catástrofe econômica, ambiental e civilizatória os comovem, apesar da retórica.

 

COP20 e a geopolítica

18 nov

O tema será evitado em ser tocado diretamente, já que países árabes como o Egito e a Turquia participam da conferência e a Rússia estará presente através do ministro das relações exteriores Serguei Lavrov.

O Brasil sedia a conferência que deverá ir até a segunda feira, o G20 ou Grupo dos 20 foi formado com sentido econômico após as sucessivas crises financeiras da década de 90, em 1999, ministros de finanças, chefes de bancos centrais das 19 maiores econômicas do mundo mais a União Africana e a União Europeia, visavam criar um grupo econômico forte que coordenasse ações globais na economia.

Estes países representam 90% do PIB mundial e 80% do comércio mundial (incluindo o comercio intra-EU) e dois terços da população mundial, esperasse algo de muito interesse econômico, mas temas como opções de gênero e geopolítica (indiretamente o tema será tocado) devem ser evitados e como nas edições anteriores o clima deve ser o grande tema, porém há uma expectativa que o tema taxação de grandes fortunas avance.

O texto base já está sendo elaborado nos bastidores e deve avançar até a madrugada de terça- feira para apresentação do texto final, a reunião é relevante para a paz, ainda que não seja tema do encontro, porém a conversa de líderes e ministros destes países melhora a relação.

Enquanto isto a guerra no leste europeu vai tomando contornos dramáticos, a capital Kiev da Ucrânia tem sido constantemente atacada por drones e os Estados Unidos deram permissão para Kiev usar misseis de longo alcance que poderão atingir alvos dentro da Rússia.

No oriente médio há uma expectativa de acordo de Israel com o Líbano, mas os bombardeios continuam e o Irã não participa desta negociação, assim o Hezbollah permanece em guerra.

Espera-se da COP20 além dos tradicionais temas sobre a emissão de gases e problemas sobre o clima que algum aceno para a paz seja lançado, uma vez que Rússia, China e Estados Unidos estarão presentes na Conferência.

 

Em novo cenário geopolítico a pax romana

11 nov

Durante a campanha eleitor Donald Trump disse que encontraria uma solução para acabar com a guerra “em um dia”, suas ações e falas recentes apontam para uma Pax Romana (na foto o imperador Júlio Cesar em campanha).

A paz romana era aquela considerada quando uma nação se submetia ao império romano, as conversas do novo presidente eleito (ainda não empossado) Donald Trump com Putin e Zelensky, assim como sua fala sobre o Oriente Médio apontam nesta direção.

Segundo o jornal americano Washington Post no domingo Trump já teria falado com Putin e Zelensky, ao presidente russo teria dito que é preciso evitar a escalada da guerra e a Zelensky afirmou que continuaria apoiando a Ucrânia, mas sem estabelecer claramente quais seriam os limites e orçamentos.

Já com Israel o recado aos antissemitas foi mais duro, dizendo para desistir de ações contra Israel.

Curiosamente nas eleições americanas o republicano teve ligeira vantagem de 21% dos votos islâmicos contra 20% da democrata, porém a maioria foi do partido verde, Jill Stein obteve 53% dos votos sendo um segmento que ganhou, nas eleições da câmara dos deputados.

A vitória de Trump foi comemorada por israelenses, ali a pax romana será mais clara, a submissão aos interesses de Israel e aceitação dos limites territoriais.

Sua fala sobre a região foi o que disse a Netanyahu para “acabar logo com isso” embora tenha acrescentado “a matança tem que parar”.

O problema da pax romana é que ela não elimina as disputadas e rancores, que permanecem apenas adormecidos e podem explodir de novo a qualquer momento, enfim é o que foi dito por Trump como “paz por meio da força”

A paz verdadeira significa novos horizontes além dos conflitos e povos que possam por meio de acordos razoáveis viverem em paz.