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Posts Tagged ‘pandemia’

Covid em Alta e protocolos ausentes

27 jun

Embora a retórica seja de uso de máscaras, distanciamento e higienização de álcool gel, o ideal seria uma politica séria de testagem, na prática, o número de casos aumenta e não há controle.

A média móvel de casos já é a mais alta desde 11 de março quando registrava 46.895, agora está em 46.137 com um total diário de 69.231, e com o número de mortes de 347, dados do dia 23 porque os dados do final de semana costumam ser incompletos, e também já postamos que o número provável deve ser mais alto devido a testes feitos em farmácias e assintomáticos.

Já o número de mortes com variação de 8% em relação a 14 dias atrás, indica uma tendência de estabilidade, no total isto indica que apesar do número de casos aumentar a letalidade está em queda percentualmente, assim não há assim um aumento de letalidade da cepa ativa atual.

A perspectiva é de um tempo mais ameno até o meio de julho quando volta uma onda de frio, pode indicar um período menos infeccioso, se a tendência se mantém no final do mês de julho poderá haver uma nova alta na atual onda, esperando que as novas cepas não sejam mais letais.

De acordo com o boletim da Rede Genômica Fiocruz a variante BA.2 da ômicron é a dominante com 63,3% das amostras entre 3 e 16 de junho no Brasil, enquanto a variável XQ (XAG*) apareceu em 79 amostras o que indica já uma mutação em andamento.

A variante XQ passou a ser renomeada por XAG segundo as revisões do sistema de classificação de linhagens Pangolim, no mundo há cerca de 100 linhagens do tipo BA da ômicron.

Segundo os pesquisadores os casos de reinfecção pelo Sars CoV-2 ocorrem com frequência, devido a circulação das variantes de preocupação (VOCs) e assim os cuidados e protocolos devem ser mantidos, não apenas na retórica ou no papel.

 

O ser entre da pausa e do caminho

24 jun

Duas frases de Heidegger refletem bem suas questões essenciais que fazem mais sentido em momentos de crise profunda: “Devemos levantar novamente a questão do sentido do ser” e “O ser humano é um ente ontologicamente privilegiado porque em seu existir está em jogo o seu próprio ser.” (em ‘Ser e tempo’), então o caminho deve-se partir de uma pausa contemplativa.

A pauta é momento também de abertura do ser e de um epoché sobre o significa de existir, com os outros homens, dentro de um contexto histórico e solidário com a natureza que é a “casa” onde habita, enquanto a linguagem é a morada do Ser.

Isto exige um deserto, uma mudança de mentalidade, sair da Sociedade do Cansaço, enfrentar a dor e os riscos de uma pandemia com outra visão (Byung Chul Han escreveu a Sociedade Paliativa) e por último encontrar a paz dentro de um novo caminho, rompendo com as estruturas do mal.

Só quem passou pelo deserto, pelo “vale das sombras”, que agora não é exclusivo de um único Ser e sim são sombras sobre o processo civilizatório em todo o mundo, incluindo a possibilidade da guerra, da fome e uma pandemia interminável se não mudamos a postura.

A história bíblica conta João Batista que foi para o deserto e anunciava um novo tempo, que os cristãos comemoram estes dias seu nascimento, Jesus também foi para o deserto onde foi tentado e vivenciou a fome sendo alimentado por “anjos”, e a humanidade como atravessará seu deserto

Para seguir o caminho é necessário passar por estas questões, responder a estas perguntas, como diz a passagem bíblica em (Lc 9, 20), Jesus depois de ser rejeitado na Samaria e impedir que os apóstolos entrassem em conflito com aquele povo, diz ao ter um discípulo que queria enterrar o pai: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, mas tu, vai anunciar o reino de Deus”.

Isto significa que não devemos olhar para o que está morrendo, mas para o que está nascendo em meio ao deserto, porque é daí que se inicia um novo caminho.

 

A alta da Covid 19 permanece

20 jun

Não há grande consenso entre os especialistas sobre o atual aumento do número de internações, assim como alguns apontam que as estatísticas podem ser mais altas do que aquelas que aparecem nas pesquisas, quer pela omissão de dados em alguns estados quer por casos assintomáticos que não entram nas estatísticas ou são tratados em casa, sem estatísticas.

As diversas ondas tiveram acertos e falhas, se espera agora uma cautela maior das autoridades.

O infectologista Júlio Croda da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que um fator foi a flexibilização em relação às medidas de proteção e outro foi o efeito sazonal de outono e inverno, que agora apenas estamos ingressando, assim concluímos deve-se prolongar até agosto.

Sobre a subnotificação, a infectologista Rosana Richtmann do Hospital Emílio Ribas de São Paulo, afirmou que o autoteste em farmácias ajudou em termos de facilidade de detectar-se o Covid, mas aumentou a subnotificação, com isso o número de casos, que é importante para o controle da pandemia, fica limitado e pode levar a medidas pouco satisfatórias de contenção do contágio.

Mesmo se considerando tudo isto, a 4ª. onda segue avançando e pelo nono dia consecutivo registra alta, entretanto as internações e mortes devem ser claramente notificadas e muitos órgãos de saúde as omitem, em especial os órgãos públicos que tem responsabilidade de divulgar.

Uma nova cepa XQ vem sendo monitorada no país desde março, casos isolados já foram detectados em Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais, no Rio Grande do Sul já foram identificados a transmissão local em diferentes cidades, até o início de junho eram 25 casos lá.

Também no exterior já existem casos no Reino Unido, Alemanha e Itália, a cepa XQ é uma combinação das variantes BA.1 e BA.2 é mais infecciosa (cerca de 10%), mas não há resultados conclusivos de sua letalidade.

Não é preciso ser especialista para saber que enquanto não houver medidas preventivas sérias e aplicadas com rigor, o vírus continua a circular e tanto o contágio como novas variantes continuarão, espera-se atitudes mais incisivas dos órgãos de controle sanitário.

 

‎Covid 19: the fourth wave has arrived‎

13 jun

Alertamos aqui em várias postagens o risco da ausência ou fragilidade de protocolos, e que isto induzia a população a acreditar que a Covid 19 estaria no fim, mesmo a vacinação estando alta e a variante ser menos letal, o risco era claro e poucas atitudes sanitárias foram tomadas.

O número de da média de casos conhecidos no Brasil volta a se aproximar da casa dos 50 mil e número da média de mortes voltou a ultrapassar as 100 mortes pela Covid, deve se levar em conta que muitos casos são diagnosticados na rede privada e em farmácias, e alguns são assintomáticos.

Agora a quarta onda chegou, retomar o uso de máscaras e cuidados em ambientes como ventilação e distanciamento s]ao pouco observados porque os hábitos sanitários são seguidos só por uma pequena parcela consciente da população.

A nível mundial o número de casos está em queda, mas boa parte dos países da américa latina, os vizinhos do Brasil estão em alta, e a vigilância em aeroportos não é constante e rigorosa.

As atitudes tomadas até agora são titubeantes e pouco incisivas nos efetivos cuidados e protocolos, apenas a recomendação do uso de máscaras, não há uma politica de testagem, as empresas e as pessoas fazem por conta própria e não fiscalização de protocolos, quando existe.

Espera-se das autoridades atitudes mais responsáveis e o reconhecimento de que a crise sanitária é ainda grave e exige cuidados muito sérios e especiais por parte da população.

Os dados não mentem, uma quarta onda de Covid já está presente em todo país, e o número de internações e mortes volta a crescer.

 

Covid 19: responsabilidade e riscos

06 jun

Não é fácil dar notícias ruins, entretanto se tratando de doenças graves e problemas sanitários não se pode omitir nem deixar de dar diagnósticos e dados precisos das doenças e problemas sociais.

Há uma relativa tolerância aos dados da Covid 19, porém a observação de amigos e parentes em nossa volta não é difícil notar já um novo aumento de casos da Covid-19, a cepa atual, uma variante da ômicron é menos letal então o número de mortes (no Brasil) se mantém em torno de uma centena.

Os dados desta última semana, que vinha num crescente, revelam uma pequena queda, porém é preocupante que em 8 estados os dados não foram fornecidos, dois deles populosos que são os Estados de São Paulo e Bahia, segundo eles foram problemas nos dados do Ministério da Saúde.

O pico nestes dias de 29 a 31, se recuarmos os 10 dias da infecção do vírus cai justamente no Carnaval fora de época realizado, como defendemos no post, o monitoramento e os protocolos de saúde não poderiam baixar a guarda, o que foi dito por alguns infectologistas responsáveis.

Os órgãos públicos que controlam grandes aglomerações querem uma volta a normalidade, claro que todos queremos, em tempos de ameaça de guerra os esforços para manter a sociedade com uma economia e um abastecimento saudável torna-se imperativo, mas não pode custar vidas.

Uma aposta que não haverão novas variantes letais e que a Covid 19 está cedendo não tem dados reais para confirmar isto, se ouvirem os infectologistas e sanitaristas sérios, a precaução é certa.

Olhando os dados de nossos vizinhos, o Chile registros nos últimos dois meses um maior número de novos casos, chegando na última quinta-feira (26/05) a 7.550 novas infecções, no Uruguai há um aumento de 50% dos diagnósticos positivos (dados da rádio Jovem Pan) e as autoridades sanitárias do Paraguai já admitem a chegada da quarta onda da doença.

O fato que a variante é menos letal é confortante, mas não pode ser motivo para despreocupação.

Cabe às autoridades sanitárias serem responsáveis e indicarem os riscos e protocolos para a situação atual.

 

Dados da Covid 19 não analisados

30 mai

A mais de um mês os dados sobre mortes não abaixam e novamente estão acima de 100 mortes diárias na média móvel, enquanto a média móvel dos casos conhecidos já sobe significativamente no Brasil (veja o gráfico), embora a nível mundial já se observe uma queda sensível.

A varíola do macaco com números ainda pequenos assusta pela rápida expansão mundial.

O problema é que não havendo um combate a circulação do vírus, que é menos letal, é possível que a doença se mantenha, de modo similar ao que acontece com a varíola do macacão onde o fato que não houve uma política efetiva de combate enquanto estava em regiões da África.

O problema de política sanitária é que se houver a surpresa de uma nova variante corremos o risco de voltar a estaca zero do combate a pandemia, é claro que isto não está no horizonte, porém diversos especialista já apontaram a capacidade mutante do vírus.

É consenso entre os especialistas mais responsáveis que somente a OMS pode decretar o fim da Pandemia e a preocupação do órgão mundial é ainda de manter o alerta, embora veja os números caírem e comprove a informação com os números que a Organização Mundial tem.

Estamos aprendendo a conviver com estes dados, porém os cuidados vão sendo cada vez menores, por exemplo, o uso de máscaras parece muito exagero, há pessoas que param e questionam aqueles que usam, outra coisa importante são ambientes fechados e locais de convivência necessária como mercados.

Talvez devemos tomar cuidado também como alergias e resfriados que nunca tivemos muito cuidados, porém uma educação pública e esclarecimentos podem ser importantes.

É fato que que devemos incorporar novos hábitos e cuidados em nosso dia a dia.

 

Covid em queda mundial e nova doença

23 mai

A OMS anunciou uma queda mundial de 21% das infecções mundiais, no Brasil permanece em leve alta e já preocupa, mas a maior preocupação sanitária é o aparecimento da varíola do macaco.

No caso da Covid 19 no Brasil ainda são necessários cuidados higiênicos e protocolos da doença.

A endemia começou na República Democrática do Congo, em 2016, também ocorreram casos em Serra Leoa, Libéria, República Centro Africana e Nigéria, que sofreu o maior surto recente, os dados indicam que um aumento recente na incidência foi a interrupção da vacinação contra a varíola em 1980, e agora apareceram casos na Europa, já com infecções locais e os primeiros casos nos EUA.

Um brasileiro de 26 anos que passou por Portugal e Espanha, países que já tem vários casos de infecções, foi diagnosticado na Alemanha, está isolado numa clínica e tem sintomas leves.

A diferenciação clínica entre a varíola do macaco e a varíola e varicela (um hepervírus e não um vírus pox) é difícil conforme relatos médicos, o exame PCR (polymerase chainreaction) ou uma microscopia eletrônica são necessárias para detectar a infecção, não há tratamento seguro, porém, a doença não é letal, a rápida expansão na Europa já é preocupação sanitária mundial.

O tratamento indicado é o da varíola símia, de suporte, dados dos casos na África indicam que a vacina contra a varíola é eficaz em 85% dos casos já que a doença é ligada ao vírus da varíola.

A imagem publicada acima é cortesia da Public Healt Image Library of the Centers for Disease Controle and Prevention (PHIL), Biblioteca de Imagens do Centro de Prevenções Americano.

 

Covid 19 já volta a registrar alta

16 mai

Em reportagem da revista Veja, especialistas afirmam que a variação de 20,4% em relação a duas semanas atrás, a avaliação é que acima de 15% já é classificada como uma média móvel alta.

Em outra reportagem da USP, o professor Esper Kallás, do Departamento de MOlésticas Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP e infectologista coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas da USP, fez uma análise do atual momento, afirmando que no começo da pandemia achava-se que ela teria o pico mas não traria surpresas, mas “o tempo mostrou que a gente estava errado”, acrescentou.

Segundo professor Kallás, o vírus se multiplicou de maneira muito rápida ao redor do planeta, o que favoreceu sua capacidade de modificação genética que resultou em novas variantes.

Disse textualmente à reportagem: “Isso fez com que o vírus se adaptasse com um objetivo principal, que era sua transmissibilidade, porque, do ponto de vista evolutivo, o que ele quer é se espalhar”, explica. Isso ocorre devido à seleção natural, ou seja, aqueles com maior capacidade de transmissão sobressaem em relação aos outros.

Além dele informou o professor também outros pesquisadores apontam, inclusive, que o coronavírus atual é o vírus mais transmissível já conhecido.

Em seu pior momento atual a média móvel de casos conhecidos atingiu a marca de 188 mil casos, foi caindo até estar próximo de 12 mil casos e estar abaixo de 100 mortes, agora já está prestes a atingir os 17 mil casos conhecidos diárias, voltando a ficar acima de 100 mortes diárias.

O momento é preocupante apontam especialistas, porém as autoridades sanitárias apostam numa nova queda, mesmo sem qualquer evidência, para justificar a liberação dos protocolos.

 

Tendência de elevação da Covid 19

09 mai

Em número publicados pelo próprio ministério da saúde, de variação nos dias 4 para 5 de maio, sábado e domingo em geral há subnotificação, o boletim epidemiológico já registra uma alta em torno de 8,9% com 21.682 novas infecções e 137 mortes pela doença.

Esta tendência vem se mantendo desde o início do mês e atingindo a taxa de 15% será considerada uma nova alta e uma nova onda, embora o número de mortes seja menor e se mantém uma média móvel abaixo de 100 mortes diárias, sendo média e tendo número acima de 100 poderá tornar a elevar-se, já que a média das infecções é maior e de mortes menor porque a cepa é menos letal que as anteriores.

O cálculo de médias móveis é feito por especialistas usando os registros dos últimos 14 dias e dividindo o total por 14, é possível assim ter uma visão mais ampla do atual momento da Covid.

Não há uma análise clara desta leve alta, talvez um efeito sazonal da chegada do frio que favorece as infecções respiratória, porém isto seria muito prematuro porque está acontecendo no hemisfério sul a menor de uma semana, talvez a maior capacidade de infecções da ômicron de segunda linhagem, a BA.2, o preocupante é que favorece a circulação do vírus e o perigo de novas variantes.

Exceto setores especializados que alertam para a questão, pouca atenção é dada a informação mais precisa sobre este futuro da SARS-Covid, apenas a situação da China que segue grave e agora até mesmo com denúncias de desumanidades devido a uma #lockdown excessivo e rigoroso.

Também o início do período eleitoral não favorece uma maior transparência da situação. 

 

Estudo revela perigo em novas variantes

02 mai

O número mundial de mortes pela Covid 19 diminui,mas com resistência para dizer que as variantes possam ser menos letais e fazer o número cair a zero, enquanto a crise sanitária atinge fortemente as maiores cidades da China incluindo agora capital Pequim, sem diagnóstico claro.

No Brasil o número em queda agora parece entrar em estabilidade já com pequenos aumentos, em alguns momentos ultrapassa a 100 mortes diárias da média móvel, chegando a 200 e o número de infecções não cai chegando a subir perto dos 20 mil casos, qual o cenário futuro?

Um estudo brasileiro, feito por pesquisadores da USP do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e do Instituto de Química (IQ) além de pesquisadores do Hospital Sírio-Libanês do Brasil, revela que as novas variantes do SARS-COV-2 tem mais probabilidade de driblar as defesas imunes da população e devem surgir nos próximos meses.

O trabalho foi publicado pela revista Viruses e faz uma revisão de mais de 150 artigos, investigou a capacidade de evasão do sistema imune, a transmissibilidade e eficácia com a vacinação além do potencial de mutação e o resultado serve de alerta.

O artigo diz textualmente “Evidências crescentes têm mostrado que as mutações estão sendo selecionadas em favor de variantes que são mais capazes de evadir a ação de anticorpos neutralizantes” (em inglês no original: Growing evidence has shown that mutations are being selected in favor of variants that are more capable of evading the action of neutralizing antibodies”) e mostra que a despreocupação de autoridades com a pandemia é política.

No aspecto dos protocolos seguem as preocupações individuais, não há política públicas claras.