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Arquivo para a ‘Computação – Hardware’ Categoria

A vereda e a porta estreita

07 dez

É cultura do senso comum que devemos buscar uma região de conforto ou de segurança, porém ela não está nem nos grandes caminhos desenvolvidos pelas ideologias correntes e nem pela porta larga das facilidades, na verdade os grandes populistas da atualidade são vendedores de facilidades que custam caro a segurança e a à economia popular.

[E sempre mais fácil e mais popular propor aquilo que parece óbvio, distribuir benefícios ou favorecer as grandes empresas e os grandes bancos para fazer a economia crescer, mas são eles os maiores causadores de estragos na economia popular, assim como desenvolvemos no post passado a ideia de tolerância aos crimes como forma de destruir a cultura e favorecer a marginalidade, o que é chamado de impunidade é na verdade o caminho da porta larga para a reeducação cultural social.

Pessoas que crescem e desenvolvem uma vida segura e segura, se não são ladrões e vendedores de facilidades, são aquelas que passaram por privações e dificuldades para construir uma vida estável e sustentável, mesmo em meio a crises e períodos de dificuldades como está sendo a pandemia que custa a ser finalizada, os órgãos de saúde social são importantes, porém sem o cuidado pessoal o que fazem é paliativo.

Para os cristãos a passagem bíblica que diz (Mt 11k28): “vinde a mim todas vós que estão cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” é complementada logo no versículo seguinte Mt 11,29): “Tome sob vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e vós encontrareis descanso”, que é omitido pelos religiosos que proclamam a porta larga dos milagres e favores.

Nas inúmeras correspondências que o famoso físico Niels Bohr trocou com Albert Einstein, uma delas é bastante reveladora, nela Bohr escreve a Einstein que a raiz de todos os males está na ideia dos homens que alguém possa possuir toda a verdade, ela que não era um crente escrevendo a Einstein que era, traz uma ideia fundamental para saber que toda a sabedoria não está presente na consciência humana.

Assim também aqueles que proclamam a soberba de possuírem toda a verdade ou toda a resposta aos desígnios humanos, ainda que proclamem as ideias divinas, não detém toda a verdade, por isto a importância no versículo que apontamos: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”, não há soberba na sabedoria divina e nem desejo de guerra ou de contenda.  

 

Qual é o locus divino

10 nov

Claro o locus divino é anti espacial e temporal, mesmo a física quântica moderna desenvolveu a teoria da dimensão espaço temporal como única dimensão e onde há dobras no tempo, mas é provável que a física ainda fará descobertas maiores que os caminhos de minhoca (wormholes), dimensões de viagem aceleradas no espaço e mudará nossa visão cósmica do espaço.

As últimas descobertas do James Webb, o telescópico que olha para a origem da criação, já enxerga naquilo que os astrônomos chamam de pilares da criação, as novas imagens (19/10) mostram formações que parecem rochas, mas que são nuvens de gás e poeira de dimensões astronômicas, onde se formas estrelas e corpos celestes, numa espécie de berçário.

A nova imagem, com uso do recurso do infravermelho do James Webb [e possível observar melhor a poeira nesta região de formação das estrelas (Imagem da NASA acima), melhorando a imagem a esquerda de 2014 do telescópio Hubble, sendo a da direita a imagem do James Webb.

No plano da cosmovisão escatológica, aquela que estuda o início e fim da humanidade, é possível imaginar que através de uma “dobra do tempo”, ainda estamos presos a física de Einstein, esta nuvem se forma e dá início a um desenvolvimento de estrelas, supernovas e galáxias no universo.

O plano divino é ainda mais amplo, desde o tempo de Jesus os homens queria sabem em que tempo o “reino de Deus” se formaria, uma dimensão terrena em que nossa condição humana seria elevada a um nível de felicidade e prosperidade que alcançasse a todos, “onde jorra leite e mel”, porém a resposta do mestre agradava pouco os que queriam algo mais palpável.

Diz a leitura em João 1,20-21  eles queriam saber o momento deste “reino” e Jesus respondeu: “o Reino de Deus não vem ostensivamente, Nem se poderá dizer ‘está aqui ou ´está ali, porque o Reino de Deus está entre vós”, quer dizer deve se realizar entre os homens, então ainda irá haver muitas mudanças na dimensão humana e terrena até este estágio.

E a passagem diz claramente que antes disto o filho do homem (Jesus que é uma presença de Deus entre nós dita acima), deverá ser rejeitado e sofrerá muito.

Assim é preciso encontrar espaços de solidariedade e fraternidade entre os homens onde estas sementes de vida plena se desenvolvam, os homens se entendam e olhem com amor para o seu semelhante, sem desprezo ou exclusão.

Assim este reino está próximo onde há Amor e fraternidade e longe onde há cobiça e exclusão.

 

Diversas reações ao pensamento dominante

03 fev

Em países que foram colônias da Europa, emergiu o termo decolonização que se diferencia de descolonização porque penetra justamente no pensamento e na epistemologia dominante (alguns autores chamarão por isto de epistemicídio) que não é a simples liberação de dominação, mas também o ressurgimento de culturas subalternas.

Assim apareceram autores na África (como Achiles Mbembe), na América Latina (Aníbal Quijano e Rendón Rojas y Morán Reyes), além de autores de cultura originária como os indígenas (Davi Kopenawa e Airton Krenak), porém é possível um diálogo com autores europeus abertos a esta perspectiva como Peter Sloterdijk (fala da Europa como Império do Centro) e Boaventura Santos (fala do epistemícidio e também alguns conceitos de decolonização), há muitos outros claro.

Deve-se destacar nestas culturas também a cultura cristã, vista por muitos autores como colaboradora do colonialismo, não se pode negar a perspectiva histórica e também de doutrina que é a libertação dos povos e uma cultura de fraternidade e solidariedade, ela é também minoritária hoje na Europa e perseguida em muitos casos.

Entre os europeus que defendem um novo humanismo, ou um humanismo de fato já que o iluminismo e as teorias materialistas não conseguiram contemplar a alma humana como um todo, e são por isto um humanismo de uma perna só, entre os europeus destaco Peter Sloterdijk e Edgar Morin, o primeiro que defende o conceito de comunidade como um “escudo protetor” capaz de salvar nossa espécie, e o segundo, um humanismo planetário, onde o homem seja cidadão do mundo e as diversidades sejam respeitadas.

Ambos consideram as propostas populistas, é bom saber que elas existem a esquerda e a direita, devem perder com a crise atual e o consumismo global depende de uma atmosfera de “frivolidade” ou de superficialidade que a humanidade será obrigada a repensar, não voltaremos aquilo que consideramos estável, os próprios escritores originários, como Davi Krenak destaca em várias entrevistas, o que queremos voltar não era bom, não havia uma felicidade e bem estar real naquilo que era considerado normal.

Como aspecto de construção do pensamento, em Sloterdijk destaco a antropotécnica, para ele a modernidade foi uma desverticalização da existência e uma desespiritualização da ascese, enquanto o conhecimento e a sabedoria proposta na antiguidade sair do empírico e do enganoso para ir em direção do eterno e do verdadeiro, como para ele não existe a religião, seria um movimento de sabedoria e conhecimento, e não apenas uma ascese de exercícios, onde a alma imortal foi trocada pelo corpo.

Já na perspectiva de Edgar Morin é o hologramático que pode dar ao homem uma visão do todo agora fragmentada pela especialização e pela particularidade de cada ramo da ciência, paradoxo do complexo sistema no qual o homem é uma parte que deve se integrar ao todo, onde “não somente a parte está no todo, mas em que o todo está inscrito na parte”, a pandemia nos ensinou isto, mas a lição ainda foi mal aprendida, em plena crise pandêmica resolveu-se que está tudo liberado e não há protocolo de proteção de todos em cada um (cada parte), e não há co-imunidade.

 

Presente de Natal

24 dez

Em dezembro de 1947, bem próximo do Natal, três engenheiros da Bell Telephone (William Shockley, John Bardeen e Walter Brattain) inventaram o transistor (TRANsfer reSISTOR) que revolucionária a comunicação e mais tarde a computação, também os CIs (Circuitos Integrados) tem como base o transistor.

O grande evento deste Natal será o lançamento do observatório espacial James Webb (jwst, James Webb Space Telescope) da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, no horário das 9h20 (horário de Brasília) que vai ser levado para nave especial Ariane 5, feito com o custo de U$ 10 bi, o mais caro projeto espacial da história.

O que vamos procurar no espaço, além de outros enigmas, a origem do universo em seu estágio inicial, e é curioso que isto acontece neste Natal, e porque ele é tão especial.

Luzes enfeitam cidades mesmo em atenção com uma possível nova onda da pandemia e também uma nova gripe, acendem esperanças e nos fazem olhar para o futuro e para o início de nossas vidas, do nosso planeta e da humanidade.

Não há como fugir de utópicas, cosmogonias e escatologias religiosas, mesmo que possamos resolver muitos enigmas fica a pergunta filosófica: porque existe tudo e não o nada.

A resposta só pode ser ontológica, há uma razão para ser e há um futuro promissor, onde haja esperança se retornamos a lógica do Ser, do diálogo e do encontro com o Outro.

A mensagem não pode ser outro senão aquela que fala de fraternidade e de paz, ambos ainda não totalmente alcançados pela humanidade, o Natal reabre esta esperança.

É esta a profecia que anuncia Isaías (Is 52,7 quando que haverá uma paz verdadeira: “como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: ‘Reina teu Deus’”, a mensagem que acreditava na vinda do Salvador, o nascimento entre os homens do Messias.

As luzes na cidade não anunciam apenas esta luz visível aos olhos, mas aquelas que abrem o coração para a amizade e a paz (Jo 1,4-5): “nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la”, porque um ponto mínimo de luz já dissipa a escuridão, e esta é a nossa esperança.

Que o Natal renove as esperanças, num futuro possível e sustentável para a humanidade, e que a justiça e paz reinem num novo mundo.

 

Um filósofo oriental lê a “clareira”

19 mai

Byung Chul-Han é um filosofo coreano-alemão que migrou para o ocidente e faz uma leitura impar da literatura ocidental, em particular o contexto das redes e das novas mídias, estudou em seu doutorado Heidegger e com isto sua “clareira”.

Explica o que é a clareira de modo simples: “A ´verdade´ de Heidegger ama se ocultar. Ela não se dispõe simplesmente. Ela tem de, primeiramente, ser ´arrancada´ do seu ´velamento´. A negatividade do ´velamento´ habita na verdade como o seu ´coração´” (Han, 2018, p. 74) e neste trecho cita a obra de Heidegger: “Sobre a questão do pensar”.

Ele penetra no que significa a informação, o grande insumo do Ser velado atual, “falta a informação, em contrapartida, o espaço interior, a interioridade que permitiria se retirar ou se velar. Nela não bate, Heidegger diria, nenhum coração” (Han, 2018, p. 74).

Esta ausência de contrapartida, é o que Chul Han chama de negatividade, é bom explicá-la bem, “uma pura positividade, uma pura exterioridade caracteriza a informação”, assim é o refletir.

Como seria então a informação da negatividade, no sentido de reflexão, é a informação “seletiva e aditiva, enquanto a verdade é exclusiva e seletiva. Diferentemente da informação, ela não produz nenhum monte [Haufen]” (Han, 2018, p. 74).

Assim, não há ‘massas de verdade” e sim “massas de informação”, é a “massificação do positivo” (Han, 2018, p. 75), assim informação distingue-se do saber, e este não “está simplesmente disponível”, diria nem simplesmente porque é complexo e nem disponível porque está oculto.

Porém o filósofo a confunde com experiência de vida, ao afirmar: “não raramente, uma longa experiência o antecede” (idem, p. 75), e afirma só uma face da informação: “a informação é explícita, enquanto o saber toma, frequentemente, uma forma implícita”.

Esclarecendo estes dois pontos confusos, primeiro a questão da experiência, o filósofo Platão foi o primeiro a anunciar que a sabedoria, como conhecimento da verdade não é fruto da idade, se assim fosse somente na velhice as pessoas mereceriam ser ouvidas, a outra questão é sobre a informação tácita, ela existe como conhecimento tácito, Michael Polanyi (1958), foi um dos primeiros a teoria, e Collins nos anos setenta retomou o conceito no âmbito da comunicação científica.  Para esta informação tácita, Chul Han também aponta isto, é preciso “silêncio”.

A clareira mais profunda o filósofo descreve citando Michel Butor, que deu uma entrevista ao Die Ziet, em 12/07/2012, que aponta para a verdadeira causa: “A causa [disso] é uma crise de comunicação. Os novos meios de comunicação são dignos de admiração, mas eles causam um barulho infernal” (Butor apud HAN, 2018, pg. 42).

Referências:

POLANYI, M. Personal knowledge – towards a post-critical Philosophy. Chicago: The University of Chicago Press, 1958.

COLLINS, H. M. The TEA set: tacit knowledge and scientific networks. Science Studies, v.4, p.165-186, 1974.

HAN, B. C. No enxame: perspectivas do digital. No Enxame: perspectivas do digital. Trad. Lucas Machado. São Paulo: Editora Vozes, 2018.

 

Rumo a computação sem servidor

27 jan

Entre as tendências apontadas pela Nasdaq, a bolsa de valores dos eletrônicos, está a chamada computação sem servidor, com a transferência das funções para o armazenamento em nuvens.
As nuvens passam a gerenciar as funções e o armazenamento feito pelos servidores, a computação fica mais ágil e menos dependente dos dispositivos móveis, que também começam a migrar para a IoT (Internet das Coisas) e assim a tendência geral poderá ser uma transformação digital, não a buzzword da moda, mas na própria estrutura do universo digital.
Outra consequência será a transferência e simplificação e muitas funções para a Web, que é confundida com a internet, mas é apenas uma fina camada sobre ela, escrita através de um interpretador (uma linguagem de computação com alta interatividade) que é o HTTP.
A criação e execução de aplicativos fica assim mais simples, mas isto não é propriamente a computação sem servidor como indica uma literatura superficial da área, e sim uma das importantes consequências dela.
A tecnologia de Função como um Serviço (Function as a Service) é diferente das definições de aplicações me Nuvens (IaaS, Infraestrutura como serviço e PaaS, Plataforma como serviço), onde os códigos são escritos sem que seja preciso saber em que servidor aquela aplicação vai ser executada.

 

Totalidade e Infinito

16 jan

O complexo é fundamental para se entender a totalidade, escreveu Edgard Morin: “apenas o pensamento complexo poderá civilizar nosso pensamento” (Morin, 2008, pg. 23), na ausência de um discurso totalizador e abrangente é ele próprio o pensamento complexo.

Giordano Bruno foi o primeiro a intuir que o infinito era fundamental para o nascente pensamento moderno, mas este se refugiou no dualismo racional (objetivismo x subjetivismo) e na finito humana que não admite o mistério e o infinito presente na totalidade cósmica.

O pensamento atual, graças a complexidade física que veio dos quanta e da teoria da relatividade, é lançado para as profundezas do universo para pensar a matéria e a energia escura e seus novos e excêntricos fenômenos que desafiam os modelos atuais de física, de ciência, e quiçá de religião.

Edgar Morin antes de refletir sobre a virada paradigmática, diz que o Ocidente “filho fecundo da esquizofrênica dicotomia cartesiana e do puritanismo clerical, comanda também o duplo aspecto da práxis ocidental, por um lado antropocêntrica, etnocêntrica, egocêntrica desde que se trata do sujeito (porque baseada na auto-adoração do sujeito: homem, nação ou etnia, indivíduo) por outro e correlativamente manipuladora, gelada “objetiva” desde que se trata do objeto” (Morin, 2008, p. 81).

Sem considerarem-se dogmáticos, arrogantes e autorreferenciadores, este pensamento mesmo quando projeta para o Infinito, mesmo apelando a Deus e mesmo invocando o diálogo são eles próprios arrogantes, basta a mínima dose de questionamento para notar-se a prepotência.

Ora, mesmo para o religioso admitir o mistério é imprescindível para admitir a ideia de Deus e de infinito, enquanto para o pensamento “racional” (não o racionalismo dogmático) admitir a complexidade dos fenômenos não é senão fazer ciência séria e investigar de fato a natureza por um lado e admitir o lugar do homem dentro dela a única possibilidade de superar a arrogância objetivista e egocêntrica do pensamento moderno.

O infinito que é também reivindicado por pensadores atuais como Ricoeur, Lévinas que explicou o sentido de alteridade diante do Infinito: “A idéia do infinito não parte, pois, de Mim, nem de uma necessidade do Eu que avalie exatamente os seus vazios. Nela, o movimento parte do pensado, e não do pensador.” (Levinas, 1988, p. 49).

LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e infinito. Tradução José Pinto Ribeiro, Lisboa- Portugal, Edições 70, 1988.

 

 

 

Teletransporte quântico por chip

30 dez

O fenômeno é chamado entrelaçamento quântico, ou teletransporte, antes feito com partículas, agora com sinais foi feito entre chips.

O feito foi realizado por pesquisadores da Universidade de Bristol e da Universidade Técnica da Dinamarca, onde a equipe conseguiu enviou dados sem que os chips estivessem próximos.

O experimento significa um salto no teletransporte porque agora trata-se de sinais codificados, o que viabiliza a comunicação via teletransporte.

O paper da pesquisa já foi aceito para publicação em Physical Review Letters e está disponível no servidor de acesso aberto em pré-impressão arXiv.org .

O vídeo a seguir explica o entrelaçamento quântico:

https://www.youtube.com/watch?v=Q9J4ArjheD8

 

O que é difusão de inovação

20 nov

Uma inovação para chegar ao mercado, se ela não entrar em desuso que é uma possibilidade, passa por um processo chamado “curva de adoção”.

Everett Rogers, é um reconhecido nesta área de estudos de comunicação, professor do departamento e jornalismo da Universidade do Novo México, seu livro Diffusion of Innovations, já 5ª. edição é um dos livros mais citados na área, a primeira é de 1962, e o autor faleceu em 2004.

Sua argumentação principal é que a inovação é comunicada ao longo do tempo entre os participantes de um sistema social, e a origem de sua teoria abrange diversas disciplinas e embora jamais tenha usado o termo, pode-se afirmar com segurança que é transdisciplinar.

Rogers propõe que quatro elementos principais influenciam a disseminação de uma nova ideia: a própria inovação, os canais de comunicação, o tempo e um sistema social. Este processo depende fortemente do capital humano. A inovação deve ser amplamente adotada para se sustentar. Dentro da taxa de adoção, há um ponto em que uma inovação atinge a massa crítica. Que também pode ser entendida como a curva da adoção

A teoria caracteriza 5 vantagens para adoção de uma tecnologia: 1) a vantagem da melhoria de uma inovação em relação a concorrente de uma geração anterior de um produto, 2) a partir de um ponto, uma equipe deve aprimorar a vantagem relativa ao seu concorrente em potencial para não haver um retorno ao produto anterior, 3) o novo produto deve ser compatível ao anterior, não apenas quando instalação e operação, mas principalmente em relação ao estilo de vida do potencial consumidor, 4) relevância no momento do lançamento que significa um profundo entendimento das condições que a inovação encontra no momento que é lançada, e, 5) qual é a complexidade ou simplicidade do uso da inovação no momento que é lançada, inovações complexas podem atingir um pequeno público apenas.

Na figura acima a perspectiva de uma inovação chegar ao mercado, se não cair em desuso, passa por sucessivos grupos de consumidores adotando a nova tecnologia (mostrada em azul), sua participação no mercado (amarelo) acabará atingindo um nível de saturação.

 

Projeto avançado Deep Mind

20 set

Projetos que tentavam simular sinapses cerebrais, a comunicação entre neurónios, foram anteriormente chamados de redes neurais ou neuronais, e tiveram um grande desenvolvimento e aplicações.

Aos poucos estes projetos foram se deslocando para estudos da mente e o código foi sendo dirigido para Machine Learning (Aprendizado por máquina) que agora usando redes neurais passou a ser chamado deep learning, um projeto avançado é o Google Brain.

Basicamente é um sistema para a criação e treinamento de redes neurais que detectam e decifram padrões e correlações em sistemas aplicados, embora análogo, apenas imitam a forma coo os humanos aprendem e raciocinam sobre determinados padrões.

O Deep Learning é um ramo da Machine Learning que opera um conjunto de algoritmos usado para modelar dados em um grafo profundo (redes complexas) com várias camadas de processamento, e que diferente do treinamento de redes neurais, operam com padrões tanto lineares como não lineares.  

Uma plataforma que trabalha com este conceito é a Tensor Flow, originada de um projeto anterior chamado DistBelief, agora é um sistema de código aberto, lançado pela equipe da Apache 2.0, em novembro de 2015, o Google Brain usa esta plataforma.

Em maio de 2016, a Google anunciava para este sistema a TPU (Tensor Processing Unit), um acelerador de programas de inteligência artificial programável com habilidade de alta taxa de transferência para a aritmética de baixa precisão (8 bts), que executa modelos e não mais treina como faziam as redes neurais, inicia-se uma etapa da Deep Compute Engine.

O segundo passo deste processo no Google Compute Engine, a segunda geração de TPUs alcança até 180 teraflops (10^12 números reais) de desempenho, e montados em clusters de 64 TPUs, chegam a trabalhar até 11.5 petaflops.