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Evitar a euforia, evitar a pandemia
As vacinas estão chegando, porém é hora de calma e serenidade, ou seja, evitar a ira (contrário da calma) e a euforia (o contrário da serenidade), sim é possível mesmo em momento de tensão e de forte ansiedade.
A explosão da ira e a euforia, precisaremos ainda ter medidas de isolamento e preventivas que exigem a pandemia, é provável que ainda dure por muito tempo, as vacinas cujas eficácia são ainda pequenas e a fase de testagem precisa continuar para ter índices mais confiáveis.
Países como a Inglaterra e Portugal, mesmo com início da vacinação, registram altas de infecções e casos mais graves, as variações do vírus são mais infeciosas e atingem maior população, a vacinação o que vai fazer é reduzir os índices de contaminação, no entanto, os hospitais estão cheios.
Para manter a serenidade pode-se buscar diversas formas de relaxamento e espiritualidade, o que parece quase impossível nestes dias, são as atitudes culturais e psicológicas que provocam mais e mais aglomerações e consequentemente índices maiores de contaminação.
Seguir uma forma de espiritualidade ou de meditação significa justamente encontrar a serenidade e manter a nossa “morada do ser”, como postamos a semana passada mais próxima da paz interior, desesperar jamais, para sair de um longo período de isolamento é preciso calma e paz.
Deve-se buscar com coração e alma atitudes contidas de alegria e esperança, não apenas porque estamos no final (assim esperamos) de uma pandemia, mas porque queremos que esta saída seja segura e com o mínimo de mortes possível.
É fácil observar, no caso do Brasil e de alguns países, que a impaciência é grande, o que provoca uma crise de ansiedade e que pode explodir em ira ou euforia, típicas de ausência de estabilidade.
Ao chamar os discípulos para iniciar uma caminhada com Ele, além de uma necessária mudança de rota (um novo sentido para uma caminhada) também era comum deixarem para trás, mesmo que fosse por algum tempo, seus trabalhos e empenhos.
Como a maioria dos discípulos eram pescadores deixa por algum momento a pescaria, e diz a leitura (Mt 1,19-20): “Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes, e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo Jesus”, mas depois voltaram a trabalhar.
Assim não é difícil um tempo de parada, é preciso encontrar um caminho a seguir, mas logo já estaremos de volta ao trabalho e ao dia-a-dia, esperamos mais calmos e serenos.
Ciência, cons-ciência e complexidade
A ciência moderna, em especial a partir do século XVII, construiu um novo mundo que renunciou a metafísica, a teoria e radicou-se metodologicamente no projeto matemático de domínio da natureza e os experimentos e medições para o projeto deste domínio.
Mas a natureza dominada reagiu e reage de formas não pensadas, climas extremos seja de verões europeus ou de frios americanos, chuvas e queimadas, onde até os oceanos já dão sinais de esgotamento, dominamos ou destruímos a natureza ?
Os próprios limites da ciência como lógica e poder estão em cheque, vamos reger nossas vidas unicamente pelos mercados e seus valores, os números frios dizem algo sobre o homem?
Além dos paradigmas físicos e científicos sobre as novas tecnologias existem problemas sociais emergentes e que preocupam até os que sempre se valeram de mercados, o economista Federico Cingano num estudo da OCDE afirmou: “quando a desigualdade de renda aumenta, o crescimento econômico cai”, assim é inevitável abordar o tema, em qualquer perspectiva. Mas há reações da própria natureza, como a pandemia e desastres naturais.
Para além do problema da consciência, filosófica ou tecnicamente, há uma dimensão social que é correlata, e não indiferente, isto também vale para a consciência na questão histórica.
Edgar Morin adverte para o sistema de ensino, onde ainda se ensina de modo hermético: “Não ensinamos a compreensão do outro, que é fundamental nos nossos dias, não ensinamos a incerteza, o que é o ser humano, como se nossa identidade humana não fosse de nenhum interesse. As coisas mais importantes a saber não se ensinam”, disse no programa fronteiras do Pensamento.
Vê a crise da democracia como a relação obscura com os “enormes poderes do dinheiro, que tem levado a casos de corrupção em todo lugar. O vazio do pensamento, somada a essa corrupção, leva a uma perda de confiança na democracia, e isso favoreceu os regimes neoautoritários como vimos na Turquia, Rússia, Hungria e como vemos agora na crise da democracia no Peru e no Brasil”, o caso da Bolívia atual é um caso a parte.
Também vê com preocupação o fechamento fundamentalista e étnico: “A menos que as pessoas tomem consciência da comunidade de destino dos humanos sobre a Terra, as pessoas se fecharão em suas identidades religiosas, étnicas etc. Vivemos um período obscuro da história, a única consolação é que esses períodos obscuros não são eternos”, acreditemos no futuro.
A entrevista completa de Edgar Morin em Fronteiras do Pensamento segue –se abaixo:
O eterno e a fragilidade atual
Não há como pensar em eterno sem pensar em Deus, por isso as religiões que abrem mão da figura divina precisam da reencarnação, um eterno retorno ao temporal, agora é tempo de crise além da pandêmica, explodiu uma revolta de partidários do Trump nos Estados Unidos, a mais rica nação do planeta está mal.
Trabalhamos durante a semana a capacidade de dialogia e de busca de convivência entre polos opostos, o tempo que vivemos vai na direção contrária, o resultado é a explosão dos conflitos.
Fora da situação americana, também a situação global não é menos problemática, novas situações de lock-down pela pandemia, a emergência de crises econômicas e o enriquecimento de urânio no Irã apontam para a debilidade do equilíbrio mundial, somos um pouco menos frágeis que os fetos.
O que se espera ao menos das vozes que tenham equilíbrio e que buscam manter a paz mundial é que estejam atentas a estes perigos e intervenham na fragilidade dos convívios mundiais.
Ninguém que tenha consciência espera uma situação pior, o ano da pandemia foi extenuante, mas a resiliência e a busca do diálogo devem ser permanentes para evitar desastres e situações de mais dificuldades ainda que as que já nos são impostas.
Para os que creem, pedir a ação divina sobre uma situação tão complexa, se o homem não consegue agir de acordo com a graça, a reação divina é inevitável, onde abundou o pecado abunda a graça superabunda, diz uma máxima cristã.
A manifestação bíblica de Deus Pai, Jesus havia sido batizado e assim recebeu o contato com o Espírito Santo e daí se produziu uma manifestação trinitária (Jesus, o Espírito Santo e Deus) que tornou a voz de Deus um imperativo, narra o evangelista Marcos (1,11) “E veio do céu uma voz: ‘Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem querer’ “, o tempo que vivemos é assim um tempo no qual muitas manifestações extraordinárias mostrarão o amor Divino.
O que esperar de 2021
A julgar pelo ano que encerra é melhor não fazer previsões, porém estar preparado para surpresas positivas ou negativas, falamos de resiliência em 2020 e isto significa estar preparado para situações adversas, de stress e de privações, claro mantendo sempre esperanças de melhoras.
Assisti o filme O sol da meia noite e alguns pensamentos sobre um possível futuro sombrio me vieram a mente, mas agora com um toque de humanismo e até de otimismo, ele é baseado no livro Good Morning, Midnight (2016).
O livro de Lily Brooks-Dalton será publicado este ano em português pela Editora Morro Branco, que adquiriu os direitos de publicação.
Embora a crítica não elogie, no mínimo é muito boa a atuação do ator George Clooney e o diálogo entre ficção e humanismo no filme é muito bem feito, deverá ter indicações ao Oscar.
A mistura de ficção científica com sentimentos parece inadequada, esta é uma das principais críticas, penso que em se tratando de uma crise profunda em nosso planeta é adequada esta mistura, a segunda crítica principal é o tipo de enredo, sem dúvida muito diferente, as vezes perdemos a sequência e precisamos pensar um pouco, neste ponto é curioso o sucesso no Netflix, talvez as pessoas tenham aprendido a gostar disto, reflexão é bom e nos leva a questões.
O filme me levou a pensar em 2021 pois é uma atitude resiliente, de minha parte, pensar se o pior acontecer o que eu poderei fazer de positivo para me ajudar e ajudar as pessoas.
Que venha a vacina, que iniciemos um processo de retomada da vida, porém esperamos que a nova normalidade seja mais humana, com um olhar mais empático aos que nos rodeiam, e que tenhamos mais solidariedade entre as pessoas, então a pandemia nos terá ensinado algo.
Porém é preciso mudar atitudes, comportamentos e mentalidades, não bastam gestos afirmativos de pessoas bem intencionadas e altruístas, é preciso levar mais a sério aquilo que podemos nos ajudar como humanidade, como sociedade e como pessoa.
Que venha 2021, com vacina e com muita solidariedade e se for necessário com muita resiliência.
2020: um ano para o qual não houve preparo
A pandemia nos pegou de surpresa, é tanta que ainda há pessoas que não acreditam que ela está acontecendo, em números redondos são quase 82 milhões de casos de covid-19, 46 milhões de recuperados, e está chegando a quase 2 milhões de mortes no mundo todo.
A olimpíada do Japão foi adiada, se ocorrer será em escalar bem menor que as anteriores, aviões pararam depois de recordes de voos em 2019, que chegaram a ter em um único dia 230 mil voos, cidades inteiras vazias devido ao “lockdown”: Paris, Londres e outras grandes cidades europeias ficaram irreconhecíveis sem o agito diário e as economias em todo mundo se fragilizaram.
Muitos analistas anteciparam um pós-pandemia que ainda é incerto e assim como foi a pandemia imprevisível, de apocalípticos a utópicos, o que será a nova normalidade pode ainda ser indefinível.
Na política a polarização continuou, novas crises de problemas sociais antropologicamente graves como o racismo, o machismo e a xenofobia (vejam a análise de Sloterdijk no post anterior) vieram a tona, já que são problemas que sempre existiram na história humana.
Também uma palavra que defina o ano para aqueles que tem consciência deste conjunto de questões sejam resiliência, porém o uso adequado desta palavra implica num conhecimento ainda maior de seu significado: a capacidade do indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas ou alguma situação dramática.
Enquanto alguns países conseguiram reagir com resiliência, devido a cultura e as dificuldades políticas, a maioria dos países, ao menos do ocidente oscilou entre situações de restrições com fechamento de locais públicos: shoppings, bares, restaurantes e praças de espetáculos, e uma flexibilização que quase sempre levou a um aumento da covid-19.
Um ano absolutamente anormal que uma análise mais profunda só poderá ser feita a partir de algum distanciamento histórico e o que pode ocorrer depois da vacina é imprevisível.
O novo livro de Sloterdijk
O livro “Las epidemias políticas” de Peter Sloterdijk ainda está em andamento, porém já há citações e comentários sobre ele, onde se lê que há uma “quase perfeita sincronicidade da pandemia microbiana com a informativa, e acredita que a crise atual poderá levar “a uma consciência coletiva dentro do individualismo”, onde aparece um otimismo novo.
Um dos comentários mais lidos sobre o proto-livro é o que foi publicado em 26 de agosto de 2020 na por El Ciudadano, e que foi comentado pela revista brasileira IHU (Instituto Humanitas Unisinos).
Nele afirma que a sociedade ainda não está “em condições de olhar para além da pandemia” e prevê que pouco vai mudar pois “muitos aguardam com ansiedade o retorno à contidiana frivolidade do modo de vida consumista” e apenas com tempo e reflexões é que isto “levará a uma transformação da consciência coletiva dentro do individualismo.
O nome é porque vê os meios de comunicação como “portadores de infecções” e que a democracia atual é superficial para abrigar a troca de argumento e o diálogo, então estamos sempre “entre epidemias, estratégias e vacinas” num sentido mais amplo, onde a informação é apenas uma rede de “emoção, envenenamento e destruição do juízo público”.
A análise é precisa porque o dualismo e a polarização não tem só um lado, mas tem os dois igualmente e parece que estamos presos a esta lógica onde os argumentos pouco importam.
Aponta por exemplo sobre o discurso do ódio, o fato de que “as pessoas muitas vezes tendem a ver o outro como uma fonte de perigo não é uma consequencia da atual pandemia de coronavírus, nem é uma invenção do racismo pseudoobiológico do século XIXI, Claude-Lévy Strauss apontou, há muito tempo que uma dose de xenofobia faz parte da herança ancestral da espécie homo sapiens”.
Apesar dos sistemas que explicavam tudo terem fracassado detecta que “agora, quase nada é tão contagioso como o entusiasmo pelas ideias universalistas. Quando o universalismo fracassa, surge a crítica. Quando a crítica fracassa, surge furioso o ressentimento em massa” e conclui que é isto que leva as “epidemias da ira”, enfim nossa dificuldade de resignação e resiliência.
Faz sua síntese histórica analisando que “Na Europa, o Iluminismo começou com a afirmação de que o bom senso é a coisa mais bem distribuída no mundo. Existem muitas razões para duvidar da veracidade desta tese”, agora sabemos que seguranças e imunidades são mal distribuídas.
É obrigatório tomar qual vacina?
Assim disse o STF, entretanto a fase final de teste da vacina chinesa Coronavac no Brasil somente terá o relatório divulgado dia 07 de janeiro, informou o Governo do Estado de São Paulo, já a vacina da Pfizer em colaboração com a empresa alemão BioNTech está sendo usada no Reino Unido, desde o dia 2 de dezembro e milhares de britânicos receberam a primeira dose da vacina, a empresa divulgou os dados detalhados da fase de testes que foram validados (conferidos pela comunidade científica), no Brasil a CoronaVac ainda não.
A vacina da Pfizer já está autorizada nos Estados Unidos e deverá estar na Europa Continental, a Argentina adotou a vacina russa e começará a vacinação na terça-feira (29/12).
As campanhas de vacinação contra a covid-19 começaram neste domingo na União Europeia (16 países já autorizaram no total de 27), e na Rússia a Sputnik está sendo aplicada desde 5 de dezembro, porém a fase de testes foi atropelada.
Se é verdade que há ideologização da vacina chinesa, ela tem dois lados, pois sua aprovação não está seguindo os caminhos tradicionais, se a Anvisa está desautorizada, isto sim é assunto do STF.
Desde 9 de novembro, quatro laboratórios anunciaram que suas vacinas têm eficácia elevada: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca/Oxford e o instituto estatal russo Gamaleya, a AstraZeneca anunciou neste fim de semana que tem um remédio para cura de doentes já infectados, claro isto ainda deverá entrar na fase de testes.
A AstraZeneca é a mais barata (2,50 euros/3 dólares a dose), a Moderna e a Pfizer/BioNTech tem problema de logística pois devem ser transportadas em baixas temperatura -20º.C e =70º.C.
Os especialistas afirmam que os efeitos colaterais existem, diversos informativos dão esta informação, destaco a Isto é no Brasil e no exterior a AARP Foundation, fundação que auxilia aposentados americanos.
Apenas o Brasil (oficialmente o Estado de São Paulo e a prefeitura do Rio de Janeiro), a Indonésia e a Turquia estão comprando a vacina Coronavac, todos queremos a vacina, sem critérios científicos a polarização política mais uma vez não esclarece nada, a vacina deve ser testada e aprovada, os dados devem ser validados pela comunidade científica e pelas agencias reguladoras.
O Natal da pandemia
Será um Natal mais silencioso, apesar de grupos que insistem em fazer concentrações e festas com muitas pessoas, será mais próprio da criança que nasceu num humilde estábulo na cidade de Belém, a foto ao lado mostra a iluminação deste ano na cidade.
Aquela criança foi contata entre os homens, estava na lógica divina e humana porque o censo foi feito por ordem do império romano, assim Ele esteve (para quem crê está) entre nós, aquilo que as profecias do antigo testamento chamavam de Emanuel (Deus conosco).
A pandemia nos isolou em família, e a tendência para quem entende que a prevenção é necessária será reunir em pequenos grupos, talvez com menos barulho, a maioria das festas de passagem de ano já estão canceladas, fogos e comemorações serão sóbrias.
A espera da vacina, a maioria ainda está na fase de testes, é bom que se diga, e ainda há controvérsias sobre efeitos colaterais, são importantes de serem conhecidos, a bula é necessária como qualquer outro remédio, onde se apresentam contraindicações.
Não há espera que não cause alguma ansiedade, porém em se tratando de saúde é preciso não pular nenhuma etapa, as vacinas não estão aprovadas porque não concluíram a fase de testes, mesmo na Inglaterra onde a vacina Pfizer foi autorizada, não será concluída a etapa de vacinação até o Natal como pretendia o governo.
Há notícias da própria OMS sobre mutações no vírus, é preciso verificar se estas mutações não afetam a gravidade, os cientistas britânicos chamaram a variação encontrada no sul da Inglaterra de “VUI-202012/01”, que inclui uma mutação genética na proteína “espiga”, conforme notícias de vários informativos online citando a agência Reuters.
A espera do Natal tornou-se diferente também porque não vemos muitos amigos e parentes a anos, e neste período, as pessoas retornam aos entes queridos na medida do possível, e ao menos um contato online será possível, eles se tornarão mais significativos.
Uso emergencial da vacina
Em meio a crescente polêmica da vacina, na medida que a vacinação se aproxima, alguns esclarecimentos são necessários, reunidos dia 10/11 o colegiado da Agência Nacional de vigilância Sanitária (ANVISA), na qual é destacado que é destinada a um “grupo previamente definido”.
Ainda segundo a agência, nenhum laboratório havia solicitado, até aquele momento, o uso de vacinas, mesmo o órgão já ter definido os requisitos para o pedido de uso “temporário”.
O que é considerado uso temporário e emergencial está prevista no enfrentamento da pandemia.
Um documento intitulado Plano Nacional de operacionalização da Vacinação contra a covid-19 foi entregue sábado (12/12) ao ministro Ricardo Lewandovski, relator de ações que falam da obrigatoriedade da vacina, pelo advogado-geral da União José Levi, conforme a Agencia Nacional.
O documento contendo 93 páginas é dividido em dez eixos, onde especifica a população-alvo, as vacinas já adquiridas e as que ainda estão em fase de pesquisa, a operacionalização da vacinação, o esquema logístico e as estratégias da comunicação para uma campanha nacional.
As vacinas que estão em processo de aquisição pelo governo, conforme o documento oficial, são a Fiocruz/AstraZeneca, 100,4 milhões de doses em julho de 2020 e depois mais 30 milhões de doses ao mês no segundo semestre, a Covax Facility 42,5 milhões de doses e Pfizer em negociação.
Não há data para o início da vacinação, enquanto isto crescem o número de casos, os hospitais voltam a ficarem lotados, e o controle de bares e restaurantes parece ineficiente em época de Natal onde o comércio se agita.
Vacinação e opções
O Reino Unido começa nesta terça feira sua vacinação em massa na qual serão 40 milhões de vacinas para 20 milhões de pessoas, devido a necessidade de duas doses da vacina Pfizer.
A eficácia é em torno de 95% e os efeitos colaterais em cerca de 2% dos voluntários é de dores de cabeça e fadiga, semelhantes a uma ressaca forte, entretanto haverá outras opções de vacinas.
De modo diferente no Brasil as opções são pequenas e a eficácia de vacina, apesar de toda a propaganda política em torno da vacina da AstraZeneca/Oxford do governo federal e a Coronavac do governo paulista, ambas têm eficiência bem menores e contam com desconfiança popular.
Secretários de saúde estaduais e municipais publicaram no sábado (5/12) no site do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) um pedido que o governo federal adquira todas as vacinas contra a Covid-19 com eficácia e segurança comprovadas, os interesses econômico/ políticos infelizmente devem prevalecer e ficaremos com poucas opções.
O que nos leva a desconfiança dos interesses políticos e econômicos são o desprezo a eficiência.
Duas razões são importantes quanto a eficiência (é diferente da eficácia), primeira é aquela que mobiliza o sistema natural que temos (os representantes majoritários são macrófagos) e que desenvolve uma defesa independente do agente infecioso, a segunda a segunda se o sistema não é suficiente (veja a raiz su-eficiente) ele mobiliza o sistema imune adaptativa ou adquirido, que é mais sofisticado e dependente do tipo de bactéria ou vírus, este sistema deve “gerar” defesas (o mais representativo são os linfócitos).
O que prova que isto é verdadeiro que todas as agencias dizem que não há garantia do fim da pandemia, e devemos permanecer tendo cuidados de proteção, o tempo dirá e que não custe mais vidas.