Estilos de aprendizagem e o uso da Web
Jim Jansen e Brian Smith, professores associados de Ciências e Tecnologia da Informação na Penn State University e Danielle Booth, uma ex-estudante, publicaram um importante trabalho, na edição de novembro de 2009, da revista Information Processing and Management.
Estes pesquisadores investigam quais processos cognitivos acontecem junto às buscas realizadas on-lines por quaisquer motores de busca. Foram analisados os hábitos de busca de 72 participantes que realizaram um total de 426 tarefas de busca. Foi percebido que os motores de busca são usados mais para a verificação do conhecimento que os usuários já possuem, o que indica que isto é parte de um processo aprendizagem e não apenas mais uma fonte de informação. Erro comum em críticos da web.
“Nossos resultados sugerem que do ponto de vista de usuários da Web, levar em conta só as necessidades de informação pode ser incorreto”, disse Jim Jansen, para a revista Science Daily. “Em vez disso, nós descobrimos que os usuários aplicando expressões simples, pesquisam para apoiar suas necessidades de informação de alto nível.” ou seja, é algo além de uma consulta, como à um dicionário ou o significado de um termo apenas.
Este resultado paralelo é surpreendente, ou seja, que são os estilos de aprendizagem de cada pessoa que diferenciam a forma como usam os motores de busca, o dos hiperlinks como referências, por exemplo.
Jim Jansen possui outros resultados importantes nesta linha, como o trabalho feito com J. Saracevic e Amanda Spink: Real life, real users, and real needs: A study and analysis of user queries on the web, publicado na mesma revista no ano 2000.
Cesar Cusin
14 14UTC abril 14UTC 2010 at 19:51 07Wed, 14 Apr 2010 19:51:37 +000037.
É o momento da web semântica + folksonomia + metadados.
Existem também estudos sobre as necessidades dos usuários ligados a falta de acessibilidade dos sites. A pesquisadora responsável é a australiana Lidy Neville da La Trobe University.
Cesar Cusin
14 14UTC abril 14UTC 2010 at 19:51 07Wed, 14 Apr 2010 19:51:37 +000037.
É o momento da web semântica + folksonomia + metadados.
Existem também estudos sobre as necessidades dos usuários ligados a falta de acessibilidade dos sites. A pesquisadora responsável é a australiana Lidy Neville da La Trobe University.
robinson mascarenhas almeida
19 19UTC setembro 19UTC 2010 at 12:57 12Sun, 19 Sep 2010 12:57:59 +000059.
Jansen, Bernard J.; Booth, Danielle; Smith. Brian. Using the taxonomy of cognitive learning to model online searching. Information Processing and Management, 45 (2009) 643–663. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2010.
por Robinson Mascarenhas Almeida, estudante do 4º ano do período noturno de graduação do curso de Biblioteconomia e Documentação do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Os estilos individuais de busca na web pode ter relação com o o nível individual de aprendizagem da pessoa de modo a revelar uma processo mais complexo de aprendizagem mais aprofundada e não apenas num relevo superficial, isto é, de consulta para saber o que não sabia. O estudo revela a auto-aprendizagem e o autodidatismo que exigem mais saber o novo, que constatar algo que já se sabia… exigem análise, por exemplo, de conceitos e maior abstração.
Isso dá mais complexidade ao uso dos motores de busca, ou seja, foge do simplismo dos diagnósticos de que os motores de busca são limitados em poucas informações úteis e que limitam a capacidade criativa de aprendizado das pessoas.
Nesse estudo, demonstrações contra esse simplismo ocorrem, por exemplo, em duas ocasiões, quando: se utiliza a taxonomia de Bloom, uma classificação das capacidades de aprendizagem utilizada na área da Educação e Ensino, sendo um instrumento importante no processo de ensino-aprendizagem focado naquele que recebe o conteúdo, isto é, se o aluno recebe aquilo que lhe é fornecido pelo professor, como ele recebe, se ele apreende, compreende, analisa, sintetiza e avalia o conteúdo; e que os resultados sobre o processo de busca não visa apenas às resoluções de problemas ou às tomadas de decisão; visa o aprofundamento daquilo se sabe, ou seja, o pesquisador não vem sem nada na mente, sabe o quer com os instrumental que tem.
Segundo o estudo, a literatura sobre as relações entre busca de informações e tomada de decisões/resolução de problemas não tem métodos e resultados satisfatórios para analisar as diferenças de buscas de informações entre os indivíduos e confirmar essas relações, de forma estatística. Os autores do estudo vislumbraram, diante desse problema, outras abordagens que pudessem tocar nesses elementos. As abordagens se referem à aprendizagem, dos quais, por exemplo, foi utilizada a taxonomia de Bloom – esta adaptada por outro autor – uma vez, que a busca de informação pode ter relação com o aprendizado de conteúdo constituída pelos fatores psicomotor, cognitivo e afetivo, isto é, que a busca da informação é um processo de aprendizagem.
Há na literatura da Ciência da Informação, iniciativas para relacionar a busca e a aprendizagem, como por exemplo, o modelo de Kolb – teoria da aprendizagem experiencial, que propicia teste de como o aluno trabalha a informação (desde que aprende até processar a informação).
Metodologicamente, o estudo se valeu da aplicação de uma variação da taxonomia de Bloom, de “método” de estilos de aprendizagem de Kolb – questões de verificação do processo de busca – e de classificação de níveis de aprendizagem. Ou seja, o comportamento de busca pode revelar o nível de aprendizagem dos alunos. Colocou-se cenários de busca constituídos necessidades de informação dos alunos e de tarefas para essa informação. Procurou-se saber como os estudantes realizavam a busca dentro desses cenários nos domínios (lazer, saúde, comércio eletrônico, e as viagens), nas duas semanas dessa parte da pesquisa do estudo. Cada participante tinha um computador com acesso à internet. Houve a presença de um “moderador” que apresentava pergunta em folhas individuais para os participantes respondê-las, de, depois constatar os estilos de aprendizagem dos alunos.
Três elementos podem ser mencionados como elementos dos resultados, de forma muito grosseira, assim: a) as teorias de aprendizagem podem ser aplicadas para os processos de pesquisa em motores de busca para se saber como alunos buscam as informações de acordo com a perspectiva de aprendizagem; b) tanto nos processos de buscas simples quanto nos mais complexos, os pesquisadores realizam a construção ou seguem o ritmo mais complexo de busca, isto é, o pesquisador se utiliza dos vários recursos disponíveis nos motores de busca numa pesquisa simples e numa pesquisa mais complexa e/ou complicada, o pesquisar se vale de sua criatividade e bagagem de experiência de aprendizagem para superar as dificuldades na busca da informação de que necessita e/ou de que quer aprofundar; e c) os pesquisadores apresentam diferentes formas de busca mesmo em cenários e domínios semelhantes de pesquisa, isto é, diferentes comportamentos de busca, revelando-se níveis de aprendizagem que superam a escala de busca para saber o que já se sabia, indo para busca de aprofundamento daquilo que o pesquisador sabe.
Houve vários tópicos que o estudo colocou para discussão no que tangem aos métodos que utilizou em relação aos que há na literatura sobre a forma de constatar as relações entre as teorias de aprendizagem e a busca on-line. A elementos positivos para que metodologicamente essa relação seja reforçada.
Um dos elementos do ponto da conclusão do estudo, é de o trabalho poder vislumbrar a possibilidade melhoramento das interfaces de busca de modo que a informação ali buscada sirva para variadas necessidades de informação de acordo com os estilos de aprendizagem diversificado no domínio cognitivo focado na intenção do pesquisador, da pessoas, do buscador humano.
Nota: quaisquer incorreções e interpretações errôneas ou inadequadas constatadas poderão ser corrigidas e alteradas, já que este texto se submete à avaliação dos leitores e produtores de informação do presente blog.
Marcos Mucheroni
20 20UTC setembro 20UTC 2010 at 07:53 07Mon, 20 Sep 2010 07:53:04 +000004.
Oi Robinson:
Super Parabéns, se quiser faço uma postagem como o seu nome, obrigado, muito bom.
robinson mascarenhas almeida
19 19UTC setembro 19UTC 2010 at 12:57 12Sun, 19 Sep 2010 12:57:59 +000059.
Jansen, Bernard J.; Booth, Danielle; Smith. Brian. Using the taxonomy of cognitive learning to model online searching. Information Processing and Management, 45 (2009) 643–663. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2010.
por Robinson Mascarenhas Almeida, estudante do 4º ano do período noturno de graduação do curso de Biblioteconomia e Documentação do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Os estilos individuais de busca na web pode ter relação com o o nível individual de aprendizagem da pessoa de modo a revelar uma processo mais complexo de aprendizagem mais aprofundada e não apenas num relevo superficial, isto é, de consulta para saber o que não sabia. O estudo revela a auto-aprendizagem e o autodidatismo que exigem mais saber o novo, que constatar algo que já se sabia… exigem análise, por exemplo, de conceitos e maior abstração.
Isso dá mais complexidade ao uso dos motores de busca, ou seja, foge do simplismo dos diagnósticos de que os motores de busca são limitados em poucas informações úteis e que limitam a capacidade criativa de aprendizado das pessoas.
Nesse estudo, demonstrações contra esse simplismo ocorrem, por exemplo, em duas ocasiões, quando: se utiliza a taxonomia de Bloom, uma classificação das capacidades de aprendizagem utilizada na área da Educação e Ensino, sendo um instrumento importante no processo de ensino-aprendizagem focado naquele que recebe o conteúdo, isto é, se o aluno recebe aquilo que lhe é fornecido pelo professor, como ele recebe, se ele apreende, compreende, analisa, sintetiza e avalia o conteúdo; e que os resultados sobre o processo de busca não visa apenas às resoluções de problemas ou às tomadas de decisão; visa o aprofundamento daquilo se sabe, ou seja, o pesquisador não vem sem nada na mente, sabe o quer com os instrumental que tem.
Segundo o estudo, a literatura sobre as relações entre busca de informações e tomada de decisões/resolução de problemas não tem métodos e resultados satisfatórios para analisar as diferenças de buscas de informações entre os indivíduos e confirmar essas relações, de forma estatística. Os autores do estudo vislumbraram, diante desse problema, outras abordagens que pudessem tocar nesses elementos. As abordagens se referem à aprendizagem, dos quais, por exemplo, foi utilizada a taxonomia de Bloom – esta adaptada por outro autor – uma vez, que a busca de informação pode ter relação com o aprendizado de conteúdo constituída pelos fatores psicomotor, cognitivo e afetivo, isto é, que a busca da informação é um processo de aprendizagem.
Há na literatura da Ciência da Informação, iniciativas para relacionar a busca e a aprendizagem, como por exemplo, o modelo de Kolb – teoria da aprendizagem experiencial, que propicia teste de como o aluno trabalha a informação (desde que aprende até processar a informação).
Metodologicamente, o estudo se valeu da aplicação de uma variação da taxonomia de Bloom, de “método” de estilos de aprendizagem de Kolb – questões de verificação do processo de busca – e de classificação de níveis de aprendizagem. Ou seja, o comportamento de busca pode revelar o nível de aprendizagem dos alunos. Colocou-se cenários de busca constituídos necessidades de informação dos alunos e de tarefas para essa informação. Procurou-se saber como os estudantes realizavam a busca dentro desses cenários nos domínios (lazer, saúde, comércio eletrônico, e as viagens), nas duas semanas dessa parte da pesquisa do estudo. Cada participante tinha um computador com acesso à internet. Houve a presença de um “moderador” que apresentava pergunta em folhas individuais para os participantes respondê-las, de, depois constatar os estilos de aprendizagem dos alunos.
Três elementos podem ser mencionados como elementos dos resultados, de forma muito grosseira, assim: a) as teorias de aprendizagem podem ser aplicadas para os processos de pesquisa em motores de busca para se saber como alunos buscam as informações de acordo com a perspectiva de aprendizagem; b) tanto nos processos de buscas simples quanto nos mais complexos, os pesquisadores realizam a construção ou seguem o ritmo mais complexo de busca, isto é, o pesquisador se utiliza dos vários recursos disponíveis nos motores de busca numa pesquisa simples e numa pesquisa mais complexa e/ou complicada, o pesquisar se vale de sua criatividade e bagagem de experiência de aprendizagem para superar as dificuldades na busca da informação de que necessita e/ou de que quer aprofundar; e c) os pesquisadores apresentam diferentes formas de busca mesmo em cenários e domínios semelhantes de pesquisa, isto é, diferentes comportamentos de busca, revelando-se níveis de aprendizagem que superam a escala de busca para saber o que já se sabia, indo para busca de aprofundamento daquilo que o pesquisador sabe.
Houve vários tópicos que o estudo colocou para discussão no que tangem aos métodos que utilizou em relação aos que há na literatura sobre a forma de constatar as relações entre as teorias de aprendizagem e a busca on-line. A elementos positivos para que metodologicamente essa relação seja reforçada.
Um dos elementos do ponto da conclusão do estudo, é de o trabalho poder vislumbrar a possibilidade melhoramento das interfaces de busca de modo que a informação ali buscada sirva para variadas necessidades de informação de acordo com os estilos de aprendizagem diversificado no domínio cognitivo focado na intenção do pesquisador, da pessoas, do buscador humano.
Nota: quaisquer incorreções e interpretações errôneas ou inadequadas constatadas poderão ser corrigidas e alteradas, já que este texto se submete à avaliação dos leitores e produtores de informação do presente blog.
Marcos Mucheroni
20 20UTC setembro 20UTC 2010 at 07:53 07Mon, 20 Sep 2010 07:53:04 +000004.
Oi Robinson:
Super Parabéns, se quiser faço uma postagem como o seu nome, obrigado, muito bom.