O que procurar e onde encontrar
Não se pode esperar que uma árvore má dê bons frutos, mesmo aqueles queprocuram a verdade e a sabedoria, procuram para dar vazão as compulsões de poder, de riqueza ou de prazer temporário.
Há enorme quantidade de literatura disponível e já penetrou no senso comum a lei da atração, técnicas de poder e de enriquecimento, fórmulas mágicas de felicidade e de juventude, etc.
O problema central permanece se não se procura onde de fato pode-se tirar sabedoria, poder para servir mais e melhor aqueles que nos são próximos, riqueza e felicidades plenas e não temporais.
É fácil perceber o fruto destas árvores de falsas felicidades, de podres poderes e de prazeres passageiros que se transformam em desespero e infelicidade, eles estão expostos entre os ídolos atuais, entre as festas e orgias que tem até mesmo altos patrocínios, a descaso com o dinheiro público, a justiça para os poderosos e a infelicidade para a imensa maioria da população, que é muitas vezes tragada pela má propaganda enganosa.
Pode-se desfilar inúmeras falsas sabedorias, porém duas me chamaram a atenção sobre técnicas de poder:”todos os meus desejos se realizam”, sim a que custo é necessário pensar, “minha rotina é sempre próspera”, não há momentos para pausa e para desfrutar o que prosperou então a prosperidade é um fim em si mesma e não trará felicidade, descanso, contemplação e estado elevado da alma.
A questão central que precisa ser respondida é de onde vem todas estas falsas promessas, que até podem se realizar, porém de maneira temporário, elas implicam no enriquecimento a qualquer preço, na soberba confundida com autoestima, na falta de autocrítica, e quando se busca de fato em lugares coretos, o que se busca ali se não for uma verdadeira ascese, com o tempo cairá por terra e virá a decepção.
Estamos no tempo do Natal, poucos procuram a felicidade de fato, é certo é um período que aumenta a fraternidade, o acolhimento e as boas intenções, porém o que de fato queremos ao final desta busca.
Diz a passagem bíblica, que começamos no post passado, os discípulos foram pergunta a Jesus se de fato era ele, depois o mestre corrige perguntando o que foram buscar no deserto, já que eram discípulos de João Batista (Lc 7, 24-27): “depois que os mensageiros de João partiram, jesus começou a falar sobre João às multidões. “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que se vestem com roupas preciosas e vivem no luxo estão nos palácios dos reis. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e alguém que é mais do que um profeta. É de João que está escrito: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro à tua frente; ele vai preparar o meu caminho diante de ti’.
Não basta procurar no lugar certo é preciso saber o que de fato se procura, se são coisas passageiras, muitos sãos os lugares, se são coisas verdadeiras poucos e é preciso ter a questão certa da procura.