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Democracia e sustentabilidade social

22 set

A revista brasileira Exame trouxe uma interessante entrevista com o argentino Pablo Acosta, líder de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial no Brasil e do brasileiro Ildo Lautharte Junior economista de Prática Global de Educação, embora o enfoque seja o “capital humano”, os dados apresentados e a discussão em torno do crescimento e distribuição da renda é importante.

A análise é otimista em relação ao país, porém olhando os dados da prosperidade não compartilhada, e os dados devem ser validados e conferidos para uma análise mostra é aquilo que está em pauta na discussão social, a inclusão social de negros e indígenas.

Acosta não deixou de indicar as disparidades regionais e afirmou que “em particular, eu diria que as diferenças por grupos raciais é bastante notória, não somente nos níveis atuais, mas no progresso ao longo da última década”, conforme gráfico acima.

O gráfico indica o ICH (Índice de Capital Humano) e as entrevistas veem o subaproveitamento do potencial de desenvolvimento social humano, visto apenas pela perspectiva econômico, que só valoriza o aspecto deste “capital humano”, sendo notório o enfoque apenas econômico.

No aspecto da sustentabilidade democrática, é importante não só o desenvolvimento econômico e social, mas também a superação de desigualdades e preconceitos, eles são vetores que impedem uma maior mobilidade e concentram a riqueza e consequentemente o poder na mão de poucos.

Também não é tocado o aspecto da vulnerabilidade social de camadas abaixo da linha da pobreza, estes índices não só impedem estas camadas de algum progresso social, como também comprometem as gerações futuras quanto ao desenvolvimento humano, ou como querem os economistas, o “capital humano”.

A reportagem trás também o forte impacto da Pandemia na economia, chamada pelo brasileiro Lautharte de a década perdida, ele destaca: “O objetivo principal do relatório é colocar as pessoas no centro do debate. Trazer a criança para o centro do processo de desenvolvimento, em uma ideia de recomposição dos impactos da pandemia”.

Politicas afirmativas no pós-pandemia que acenem para uma retomada pouco ou nada estão sendo discutidas, ás vésperas de uma eleição no país, é preciso entender estes anos perdidos.

Referência:

Banco Mundial: por que o Brasil desperdiça 40% de seus talentos — e o que fazer para mudar o cenário | Exame

 

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