Viva como se fosse o último dia
Dias de angustia e euforia em que se remoe o passado e divaga-se sobre o futuro, porém o dia de finados é para pensar que temos um fim na vida terrena e devemos viver cada dia como o ultimo, e ao mesmo tempo que devemos pensar o que existe do outro lado, mesmo que não haja nada, qual herança deixamos, os bens só servirão para disputas, os gestos e atitudes que ficarão.
O homem prudente pensa sempre que pode ocorrer um momento de partida e procura deixar a casa em ordem, pesar menos aos próximos e as pessoas por quem passou pelo seu lado deixou uma mensagem de amor e de esperança.
O que fazemos as escondidas será revelado a luz do dia, assim procura por justiça não poderia estar distante de procurar pela luz, não poderia estar longe de valores morais e culturais que promovam a paz e o bem da humanidade.
Há um valor pouco pensado que é a capacidade de perdoar e recomeçar, muitas injustiças que ocorrem são pessoais, porém devemos dar um passo avante e pedir e desejar o bem também a estas pessoas, enfim perdoar aqueles que jamais serão capazes de pedir perdão, veja o post anterior, há uma soberba nestas pessoas e isto a induzirá sempre ao erro.
Também temos defeitos e erros e devemos ser capazes de reconhecer e ir por caminhos diferentes e se lesamos alguém ter coragem de sanar e reparar aquele erro, um simples pedido de perdão sincero é um balsamo na vida de muitas pessoas “ressentidas”.
Embora tenha abandonado sua origem luterana, Nietzsche escreveu sobre uma ótima cristão, ao opor ressentimento a esquecimento, no seu livro Genealogia da Moral, via o tipo ressentido como aquele que não canaliza seu ódio para fora, mas para si mesmo, construindo uma espécie de vingança imaginária, ou seja, autodestrutiva.
Há uma frase atribuída a Shakespeare: “guardar ressentimento é como tomar um veneno e esperar que o outro morra”, e é um tipo de sentimento que nos impede de viver o momento presente de modo pleno.