Internet e redes sociais na favela
O Instituto Data Favela realizou uma pesquisa em 63 comunidades na última semana de setembro, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, e verificou que 52% dos moradores tem acesso a rede e entre os jovens de 16 a 29 anos, são 87% os que estão conectados.
Segundo Renato Meirelles, presidente do Data Popular e sócio do Data Favela, junto com Celso Athayde, presidente da Central Única das Favelas (Cufa): “Se antes a TV era a janela do mundo para os moradores, a internet apareceu como vitrine: nela, o morador, principalmente o jovem, pode se mostrar e mostrar a sua realidade”.
Quanto aos domicílios, os dados são que 50% já possuem conexão com a internet, sendo mais comum a banda larga, seguida por modem móvel 3G.
Na análise de Claudia Raphael de Oliveira, coordenadora estadual da Cufa-SP: “É uma questão cultural que vai para além da própria tecnologia. É global: a barreira entre a favela e o asfalto se rompeu, essa troca cultural existe”, disse.
Os dados das redes sociais são mais impressionantes ainda, segundo o instituto, 85% daqueles que tem internet já estão no Facebook.