RSS
 

Justiça e Liberdade para todos

20 abr

Amartya Sen reflete em seu livro A ideia de justiça, sobre os desafios do desenvolvimento social e afirma que há “razões de justiça plurais e concorrentes, todas com pretensão de imparcialidade, ainda que diferentes — e rivais – umas das outras” (p. 43).
Uma dos aspectos fundamentais de sua obra, publicada originalmente em 2009, é que ele apesar de ser Nobel de Economia de 1998 é mesmo sendo “a economia é supostamente minha profissão, não importando o que eu faça do meu caso de amor com a filosofia” (p. 303), refletindo que suas preocupações e resposta procuram ir além desta questão.
Como indicam as próprias reflexões de Sen sobre o conhecimento, a questão que tem sobre a capacitação tanto de iluminar como de gerar ilusões, e isto é o que chamamos de justiça sustentável e distributiva.
Conforme ele explica em outro livro Desenvolvimento como liberdade campo da teoria moral do argumento econômico desenvolvido em seu livro, no qual defendeu que “o desenvolvimento pode ser visto como um processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam” (Sen, 2000, p. 17), e qualquer modelo fundamentado em restringir a liberdade do homem não é um modelo sustentável porque será fonte de conflitos e interesses.
O papel da educação além de ser fundamental para uma sustentável justiça social, é também modelo de desenvolvimento moral e humano, e se há falta de liberdade, este desenvolvimento nunca será completo, é claro, sem negligenciar o aspecto do desenvolvimento econômico que garanta a vida.
Assim a ideia de pensamento único, de filosofia ou política de partido único, que já foram em diversos momentos da história rechaçadas pelo homem, e vem a tona novamente não é sustentável no plano político, moral e social.
A ideia de uma cidadania planetária hoje deve estar ligada a ideia de um mundo de menos discrepâncias econômicas aliadas a livre expressão de culturas e de povos, só assim podemos pensar num planeta para todos.

 

Comentários estão fechados.