A linguagem esquecida dos acadianos
Muitas narrações do passado eram gravadas em murais, assim a famosa pedra de Roseta, ajudou a desvendar a linguagem síria, a bíblia e seus estudiosos (os exegetas são uma parte pequena de interpretes mais ortodoxos da bíblia) conservaram o aramaico e o hebraico antigo, depois de século de estudo vários pesquisadores, entre eles o pesquisador irlandês Martin Worthington ajudou a desvendar um mural de vários encontrados em escavações na cidade de Dūr-Šarrukīn, na antiga Assíria e atual Iraque.
Historiadores identificaram na parede um padrão repetido um leão, um pássaro, um touro, uma árvore e um arado, porém seu significado permanecia desconhecido.
Debruçados sobre estes estudos, o professor da Escola de Linguagens, Literaturas e Estudos Culturais do Trinity College, em Dublin, afirma que as imagens nos murais representam o nome do rei Sargão II e as constelações reforçam o seu poder imperial na época, sendo um dos primeiros grandes impérios ocidentais.
As palavras assírias dos cinco símbolos colocados na ordem correta funcionariam como um som que daria origem ao nome “Sargão” (šargīnu), e assim significaria o poder impedir do rei Sargão II e o período histórico tem um grande significado tanto para a origem das culturas árabes antigas, como semitas e acadianos, já postamos aqui a extensão semita e cuja junção com os hebreus deu origem ao nome contemporâneo de origem semita, porém os acadianos não se confundem com esta origem antiga.
Eles formaram o primeiro grande império centralizado na região, são anteriores ao período babilônico e por isto sua importância histórica, os semitas eram um povo distinto e politeísta e não se misturavam com o numeroso grupo semita da época (islâmicos, judeus e cristãos descendem desta linha) e o império acadiano os dominou por 180 anos.
O nome semita vem de Sem, filho de Noé (o cara que construiu a arca), enquanto os acadianos permaneceriam incógnitos nesta origem, porém o mural certamente é acadiano.
O mural representaria também constelações específicas, algumas familiares como as constelações de Leão e Touro, a ave representa Áquila, uma constelação do hemisfério norte, o arado daria o nome de uma constelações antiga babilônica, epinnu, hoje conhecida fazendo parte de Andrômeda e Triângulo Boreal.
A interpretação mais polêmica defendida por Worthington defende que a árvore na pronuncia acadiano é isu, semelhante à de isu, antiga constelação da Mandíbula e assim completaria a sua análise dando origem ao nome do rei Sargão II (šargīnu), Worthington também é conhecido por ajudar nos roteiros atuais de Eternos, da Marvel, e Godzilla II: Rei dos Monstros e isto dá para entender um pouco melhor sua personalidade e gosto pelas narrações antigas.
“O efeito dos cinco símbolos foi colocar o nome de Sargão nos céus, por toda a eternidade – uma maneira inteligente de tornar o nome do rei imortal. E, é claro, a ideia de indivíduos extravagantes escreverem seus nomes em edifícios não é exclusiva da antiga Assíria”, diz o Worthington, assim de uma forma acadiana o rei arrumou uma forma de escrever pelas paredes de todo o reino: “Sargão esteve aqui” e perpetuou seu nome na história, imperadores e ditadores sempre se acharam deuses.