Arquivo para janeiro 6th, 2012
A filosofia, a cosmovisão e a “visão de mundo”
Poucas pessoas têm uma visão articulada e consciente de ideais e visões que usam no dia a dia quando usam expressões do tipo, “no seu lugar eu faria assim” ou “isto não é permitido na minha religião”, ou mesmo uma visão aparentemente livre e aberta “faço o que desejo porque sou livre”, em todas elas estão embutidas uma visão de mundo ou uma cosmovisão como diria o filósofo Mario Ferreira dos Santos.
Ou seja, todos têm uma cosmovisão, fruto da cultura e das ideais de nosso tempo, das influencias midiáticas e culturais que fortemente nos influenciam, de nossas opções religiosas e políticas e por fim das decisões pessoais que cada um toma.
Porém num plano mais amplo as pessoas sofrem forte influencia dos ciclos culturais que vivem, as possibilidades de acesso a informação e aos processos de “mundialização” da cultura, segundo Edgar Morin, como uma necessária “desmundialização”.
Assim se até bem pouco temo as culturais locais sobreviviam, o rádio, o cinema, depois a TV e agora a internet e a Web modificaram a “visão de mundo” ao mesmo tempo em que colocou em contato culturas muito diferentes e até certo ponto antagônicas, a urgência do diálogo, da tolerância e de uma “visão de mundo” que inclua o “outro” diferente é fundamental.
A filosofia, enquanto uma “visão articulada e consciência” desta realidade pode ajudar o passo antropológico para esta nova “visão de mundo”.
Foi Heidegger que aprofundou e desvendou esta “visão de mundo” a qual todos estamos vinculados e vinculam nossas ideias, convicções e atitudes.
A complexidade e universalidade deste conceito, é sintetizada a partir da palavra alemã Weltanschauung que deriva de welt (mundo) e Anschauung – visão, intuição. Geralmente traduzida por visão de mundo, ou visão da vida, e pode ser interpretada como a nossa posição no mundo e o modus do nosso agir, pois isto pensar e se informar é tão importante, pode mudar nossa “visão de mundo”.