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Arquivo para setembro 28th, 2020

A pressa é inimiga da precaução

28 set

Os jornais do país anunciam que o Brasil fará acordo para ter a vacina Russa, a corrida para a vacina está causando em alguns governos o abandono das medidas de precaução necessárias para se chegar a uma vacina segura e que não cause um dano ainda maior que a pandemia, os procedimentos de testes das vacinas não são exigências quaisquer, são necessárias e por isto a fase de testes é longa.

Os dados mostram que a pandemia não está controlada no Brasil, e que os dados crescem na Europa, embora na Italia, o crescimento seja pequeno, pois é nde as medidas restritivas são mais duras, lá entramos no outono e o inverno virá.

Os prazos mais otimistas eram para dezembro deste ano ou inicio do ano que vem, algumas vacinas promissoras como a de Oxford/AstraZeneca que é testada também no Brasil pela FioCruz e a Pfizer que trabalha em acordo com a alemã BioNTech, e fazem a previsão da vacina para o final do ano, três meses a mais poderão evitar vidas e indenizações.

 Porém o desejo de aparecer como heróis salvadores, de dizer ao mundo que damos uma lição, e principalmente de ceder as pressões econômicas de setores pouco preocupados com as vidas que estão sendo perdidas, fazem que a pressa ceda a precaução médica e sanitária necessária em meio a pandemia, que mesmo na Rússia cresce.

Já postamos aqui que o princípio da vacina da Pfizer é a técnica de RNA mensageiro (mRNA) que dá instruções ao organismo para orientar a produção de antígenos que permitem ao sistema imunológica reagir a doença.

A farmacêutica avalia também o potencial do tofacitinibe e da aziotromicina para o tratamento precoce da Covid-19.

A vacina russa segue o mesmo princípio da chinesa em teste no Brasil em parceria com o Instituto Butantã, a de uma carga viral reduzida que desperta o sistema imunológico que produz anticorpos necessários ao combate do vírus, porém esta técnica é questionável já que o vírus sofre mutações e a carga viral pode não ser inofensiva.

É preciso precaução, mas governo e autoridades sanitárias parecem ter entrado no caminho perigoso da pressa.