O pão nosso de cada dia
Li no ano passado que a China mandava o povo estocar alimentos, parecia que era em função da Pandemia, mas no final do ano que a Pandemia já dava sinais de recuo a notícia permanecia, desta vez em destaque maior aparecendo em canais de alta visibilidade, como a CNN.
Quando se iniciou a guerra na Ucrânia pareceu algo mais evidente, e o reflexo na economia é grande, porque ocorre algo chamado de comoditização do mercado, ou seja, a referência maior passa a ser diversas comodities, como os fertilizantes por exemplo, que a Rússia é grande produtora, além dos alimentos como referências mais fortes do que as moedas.
Para entender a guerra do ponto de vista do mercado, já postamos que a pior origem é a xenofobia, que significa o ódio fomentado entre os povos, olhemos os maiores produtores mundiais de alimentos, a China era de longe a maior produtora agrícola mundial em 2020, a India o segundo maior produtor em termos populacionais, sua produção em 2020 era estimada em US$ 403,5 bilhões e depois vem os Estados Unidos.
Brasil e Russia seguem logo atrás o que tem garantido o aumento significativo e a diversificação da produção do campo nas últimas décadas, já postamos (o post anterior) a importância da Ucrâni e o estrangulamento destes mercados pela guerra é preocupação crescente, o que explica por exemplo, o interesse da Russia nos portos do mar Negro e da OTAN agora na já entrada admitida da Finlandia e Suécia no bloco.
Pulverização com drones (foto), uso de sensoriamento remoto e máquinas com controles digitais sofisticados como GPS e sensores diversos, incrementam a chamada agricultura digital, mas isto não impedirá que países com baixa produção e dependentes de exportação sofram.
Já é inevitável que países pobres e dependentes de exportação de alimentos sofram, saimos da cultura de solidariedade de socorrè-los, para a de sobrevivência devido a guerra, são os flagelados invisíveis da guerra, os povos e populações pobres do planeta.