Então é Natal (Mururoa)
Assim começava uma música inglesa, em uma versão brasileira da cantora Simone da letra original de John Lennon e Yoko Ono e em seguida uma pergunta: “e o que você fez?”, gostava da música, mas a letra me soava estranha porque depois de usar uma expressão mística dos indús.: “Harehama” ela fazia uma provocação com Hiroshima e Nagasaki, das bombas atômicas, e depois ainda de Mururoa que é uma ilha da Polinésia, que na tradução do maori significa paciente.
Recentemente, isto uns 11 anos atrás, quando aconteceu o incidente de Fukushima, o tsunami que afetou a usina atômica do Japão, eu comecei a entender e só agora com o perigo nuclear da guerra do leste europeu o sentido se completou, não podemos falar de paz num mundo minado por ódio e bombas.
Sim, as esperanças se renovam, mas agora em meio a desconfianças, é como se saísse um véu de nossas vistas (no meu caso literalmente porque já operei uma das vistas), e um mundo claro se apresentasse, claro porém cheio de dúvidas e conflitos.
Diria que é uma Natal de Mururoa, da paciência que espera e que tudo alcança, porém apreensiva e preocupada.
Este é um pequeno texto que consigo escrever ainda em meio a recuperação das vistas, feliz Natal aos que creem, paciência aos que entendem a situação presente e que os espíritos de guerra e de ódio se desarmem.
A luz existe, é preciso que uma simples vela seja acesa, e o Natal é luz.