O perigo da variante delta e vacinação
Crescem as preocupações com a variante delta do coranavirus, a indicação é que algumas vacinas podem não estar combatendo esta variante, o número crescente de infecções, mesmo em países com vacinação avançada, é preocupante.
O diretor da OMS Tedros Ghebreyesus, afirmou dois dias atrás aos vários órgãos de imprensa em uma coletiva: “Novos casos de contaminação e mortes continuam a subir. Foram 4 milhões de novos casos em uma semana. Nesse ritmo, vamos ultrapassar a marca de 200 milhões de infectados em duas semanas, sendo ainda que sabemos que esse é um número subestimado”, apontou.
Desde a terceira semana de julho, a Europa e Estados Unidos voltaram a registrar um crescimento de infecções devido a variante delta.
Até mesmo na China, que havia controlado a pandemia este número voltou a crescer, ainda pequeno (200 casos), mas já está espalhado por diversas regiões, o surto começou na cidade de Nanjing de 9 milhões de habitantes, o aeroporto foi fechado e toda cidade será testada.
No Brasil a média móvel está abaixo das mil mortes diárias, cai lentamente na medida que a vacinação avança, mas os casos da variante delta já aparecem no país, e preocupam a real eficácia da vacina em relação a esta variante, há um monitoramento precário em alguns estados, a testagem deveria começar imediatamente e em massa, não há indícios.
A ideia de flexibilizar as medidas continua e provavelmente não voltarão atrás até novo surto, só um estado (o Rio de Janeiro) registra alta, 8 estados em estabilidade e 15 em queda (São Paulo é um destes).
A OMS e o Banco Mundial pedem a urgência de aplicação das vacinas nos países pobres, a média em países de alta renda é de aplicação de 98,2 doses a cada 100 habitantes; enquanto nos de baixa renda, número é de 1,6 dose a cada 100 pessoas.
Independente da eficácia das vacinas, a vacinação deve continuar e as restrições também.