Diferença e identidade na filosofia
O sistema filosófico ocidental opôs em campos distintos a diferença e a identidade, somente Leibniz tentou criar algo diferente que chamou de Lei da Identidade dos indiscerníveis, enquanto Kant diante da objetividade de seu pensamento, vai dizer que todos objetos são diferentes mesmo que havendo semelhanças, por estarem em lugares diferentes.
Os estruturalistas e pós-estruturalistas moderno fazem uma unificação distinta, afirma que a diferença é constitutiva do significado quanto da identidade, dito de maneira mais direta, a identidade (e também a identidade pessoal) é vista em termos não essencialistas como um construto, porque só produzem significado através da interação das diferenças.
Porém nem o estruturalismo nem o pós-estruturalismo resolve adequadamente esta questão, Derridá cunhou o termo “différance”, um erro ortográfico deliberado de différence a palavra correta em francês, como um gancho conceitual sobre processos de significado em escrita/linguagem, este artificio se destina a uma crítica ontologia essencialista, e ao seu Ser.A
O neologismo diffêrance é assim definido como “o não originário, constituindo-se disrupção da presença”, criando espaços, rupturas e adiando a presença da presença do Ser em sua totalidade, pois a palavra differ em francês é ao mesmo tempo diferir e adiar.
Alguém poderá confundir-se com o lapso quântico, aquilo que o físico Nicolescu Barsarab, usando um princípio do terceiro incluído de Stéphane Lupasco, espaço entre dois “quanta”, mas é preciso lembrar que nem espaço nem o tempo são medidas absolutas na física quântica.
O dualismo é a base de muitas teorias autoritárias modernas, todas elas sob influência do idealismo Kantiano e de certo modo da filosofia aristotélica, onde o ser é e o não-ser não é.
Ela justifica a exclusão de um terceiro termo, de algo que é diferente e semelhante ao mesmo tempo, é uma abertura filosofias “fundamentalistas”, “racistas” e “cientificistas”, origem do maniqueísmo presente na cultura moderna, entre aspas porque há verdadeiras fé e ciência.
Assim para a ontologia do terceiro incluído o ser é (A), o não ser não é (˥A) e é possível um ser que não-é e é ao mesmo tempo, o terceiro incluído (T), ele está em níveis de realidades diferentes, assim como dizem muitas filosofias e poucas a concretizaram, há realidades além das visíveis.