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A arte, a consciência e o divino

14 abr

A arte é uma expressão da alma humana, “diz indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível” é a frase atribuída a Leonardo da Vinci, sem ela não expressamos humanamente o belo e não nos opomos a visão destrutiva e redutiva do simples olhar só do que vemos.

A humanidade construiu aparelhos para ver e sentir cada vez mais longe, o telescópio James Webb está nos fazendo olhar e estudar o mais profundo do universo, mas um universo inteiro existe em cada alma humana e mesmo o aparato tecnológico mais avançado pode traduzi-la ou imitá-la.

Este sim é o grande delírio humano, o mito da inteligência maquínica que ultrapassaria a humana, chamado de ponto singular, o desejo de vida eterna transportando sentimentos humanos para as máquinas, o delírio humano construiu tecnologias avançadas o que é bom, mas imaginá-la como dotada de alma e emoções humanas é um delírio daqueles que não acreditam que no mistério do infinito universo há uma consciência de um Ser e não de rochas e compostos químicos.

O fato que nos confundimos no curso da história reduzindo-a ao subjetivismo idealista não é digno do percurso humano, nem mesmo da ciência que para Edgar Morin é preciso retornar ao ponto em que enxergamos e admitimos a incerteza, afinal é este um dos princípios quânticos.

Recentemente uma Teoria da Informação Integrada (ITT) termo criado por Giulio Tononi, criou a ideia que era possível calcular um número “phi” representando a conectividade das redes, seja o cérebro, um circuito ou o átomo, agora esta ideia avançou e cientistas afirmam que é possível calcular este “phi”,

A pesquisadora e cientista cognitiva Susan Schneider, afirmou a New Scientist: “eu acredito que a matemática pode nos ajudar a entender a base neural da consciência no cérebro, e talvez até de máquinas, mas inevitavelmente deixará algo de fora: a qualidade dessa experiência, sentida internamente”.

Para os cristãos, até mesmo os discípulos era difícil acreditar no que viam depois da ressurreição de Jesus, foram ao túmulo e viram “um jardineiro”, caminharam para Emaús e não perceberam que o acompanhavam e por fim Tomé queria “tocar suas chagas” para acreditar.

Na passagem João 20,27 Jesus diz a ele: “põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”, aos que creem isto é um fato.

 

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