Guerra em desgaste e paz em Nagorno-Karabakh
Enquanto a guerra russa/ucraniana entra numa fase de desgaste, uma região de fronteira tem um sinal de paz, ainda que signifique uma perda de território.
A luta pelo domínio da região de Nagorno-Karabakh, de maioria armênia remonta a séculos, entretanto o presidente da autodeclarada república de Nagorno-Karabakh, Samvel Shaharamanyan declarou que ela deixaria de existir a partir de 1º. de janeiro de 2023.
No século 18, quando a região sofria pressão da Pérsia, a czarina russa Catarina II emitiu cartas de proteção a eles, porém o conflito nunca foi totalmente resolvido.
O decreto assinado dissolveu todas as instituições estatais que serão desocupadas até o início de 2024, e mais de 100 mil armênios já deixaram o país, que já tem a presença de militares do Azerbaijão, de maioria muçulmana e apoiado pela Turquia, a Armênia é cristã e apoiada pela Rússia.
A região tem importância geopolítica porque desde a guerra da Rússia contra a Ucrânia, o Azerbaijão fornece milhões de barris de petróleos para a união europeia através do Mar Cáspio pela costa mediterrânea, e recentemente a Rússia anunciou que não fornecerá mais.
O genocídio armênio de 1915-1916 durante o Império Otamano levou muitos armênios a fugirem para esta região de Nagorno-Karabakh, desde então são chamados de azeris, durante a revolução russa a região continuou em conflito com o Azerbaijão, embora ambas fossem repúblicas soviéticas, os anti-armênios da cidade de Shusha mataram 30 mil armênios.
Com o fim da união Soviética, os armênios voltaram a se constituir como nação, mas o conflito de Nagorno-Karabakh permaneceu, houveram vários períodos de lutas na região, agora com a sessão do território esta república autônoma deixa de existir.
Apesar do temor dos armênios separatistas, esta nova situação é um grande sinal de paz.
Rússia e Ucrânia podem se inspirar neste modelo ou algo parecido, o mundo deseja a paz.