Tensões e pressão pela paz
A cúpula do G7 conseguiu reunir 90 países se reuniu sem a presença da Rússia e sem o aval da China que considerou fundamental a participação da Rússia, a reação do Kremlin foi de ironia em relação a reunião que exige que o território da Ucrânia seja mantido em toda sua integridade, apesar da vitória diplomática de Zelensky a batalha bélica segue cruel.
Na quinta feira (13/06) os EUA assinaram um pacto de cooperação de dez anos com a Ucrânia, o que coloca em nível de igualdade com a parceria com Israel, porém um navio nuclear russo que chegou a Cuba eleva o nível de tensão próximo a famosa crise dos mísseis na década de 60, embora hoje o envolvimento mundial na crise seja muito maior já que boa parte da Europa se sente ameaçada pelas incursões militares russas e a militarização é crescente assim como uma guinada política mais nacionalista evolui.
Além dos 7 países que compõe o G7 US, UK, Canada, Canadá, Itália, Japão e França, mais 82 países compareceram a reunião que discutiu um possível acordo de paz na guerra do leste europeu, destaca-se a presença do Papa Francisco, lembrando que o Vaticano é também um estado soberano.
Destaque também para o primeiro-ministro Modi da Índia defendendo o bem-estar do Sul Global, enfatizando a importância de África nos assuntos globais, um ponto que escapa em muito debates, mas alguns aspectos do colonialismo ainda sobrevivem, tanto no aspecto econômico quanto o cultural, e a defesa destes países é essencial.
Em 1918 com o fim da primeira guerra mundial o presidente Americano Woodrow Wilson (foto) fez uma proposta de uma “paz sem vencedores” ainda que a Alemanha deveria ser melhor analisada no acordo, ela é importante para entender as diversas possibilidades para a paz hoje (na foto os países do Tratado de Versalhes, 1919, que estabeleceu as fronteiras).
Pouco conhecida, os 14 pontos que estabeleciam uma nova política de paz depois da segunda guerra mundial, conhecida como 14 pontos eram os seguintes: 1. Diplomacia aberta sem tratados secretos, 2. Livre comércio económico nos mares durante a guerra e a paz, 3. Condições comerciais iguais, 4. Diminuir os armamentos entre todas as nações, 5. Ajustar as reivindicações coloniais, 6. Evacuação de todas as Potências Centrais da Rússia e permitir-lhe definir a sua própria independência, 7. Bélgica será evacuada e restaurada, 8. Retorno da região da Alsácia-Lorena e de todos os territórios franceses, 9. Reajustar as fronteiras italianas, 10. À Áustria-Hungria será dada uma oportunidade de autodeterminação,11. Redesenhar as fronteiras da região dos Balcãs criando a Roménia, a Sérvia e o Montenegro, 12. Criação de um Estado turco com livre comércio garantido nos Dardanelos, 13. Criação de um estado polaco independente e 14. Criação da Liga das Nações.
Hoje existem questões nova como as reais fronteiras da Ucrânia, a inexistência de um território para o povo palestino (o Hamas é só um grupo desta nação), o esquecido povo Curdo, os conflitos na região da Caxemira (há uma indiana e uma paquistanesa), o fim dos conflitos e tensões na África que escondem novos colonialismo e algumas garantias de paz nas fronteiras da Rússia que podem muito bem serem entendidas (a Rússia chama de regiões “neutras”) e a tensão complexa Taiwan x China.
Enfim não é algo impossível, mas é preciso desenhar um mapa global da paz e isolar governos e grupos que atentam contra a liberdade e autonomia dos povos.