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Os pobres e a demagogia

27 ago

O discurso fácil, especialmente em época de política, é o apelo aos pobres, os esquecidos, os descriminados, etc. durante algum tempo os populistas até oferecem alguma coisa a população, políticas de distribuição de renda e crédito barato, porém o problema é que não esquecem de abastecer aliados e o próprio bolso, além das contas públicas que explodem.

Isto aconteceu em vários países da américa latina e o resultado é que a conta chega e aí vemos os fantasmas do autoritarismo e da revolta popular saltar para fora, agora se dão conta que também isto pode ocorrer em países da África, o Congresso Nacional Africano (ANC) , partido de Nelson Mandela que libertou a África do Sul do apartheid, perdeu as eleições para prefeito em Nelson Mandela Bay e também na capital Pretória.

O presidente sul-africano Jacob Zuma está envolvido em processos de corrupção e a miséria e a economia não funcionam bem lá, assim a população perde as ilusões com promessas futuras.

O populismo ilude com discursos, mas em muitas partes do planeta aos poucos uma maior divulgação dos fatos vai tornando mais necessárias ações concretas, posturas honestas e ainda mais políticas claras de retirar a população da pobreza, a Argentina foi um exemplo disto.

Em muitos países a população de rua e desempregados aumenta, até mesmo na Europa esta é uma das fontes de xenofobia, como pessoas de países pobres não recusam trabalhos pesados e salários menores, tem-se a impressão que estão “tomando” os empregos dos trabalhadores locais, a análise demagógica de algo está melhorando vai caindo por terra.

A ameaça de guerra pode tornar isto mais grave ainda, porque governos “duros” podem ser pensados como “necessários” neste momento, enfim é preciso um turning point, e não há como fazer isto sem políticas claras, sustentáveis e menos populistas para mudar o cenário.

É preciso eliminar a pobreza de modo radical e sem fronteiras, não bastam políticas públicas assistencialistas e imediatistas, é preciso ter um horizonte claro onde a dignidade de toda pessoa seja garantida, além do socorro imediato da fome, das guerras e de doenças endêmicas.

A eleição de prefeituras e estados regionais é claro, tem um viés mais provinciano, porém não deve deixar de contemplar um cenário global em mudança e uma mentalidade mais ampla, o mundo já é uma aldeia global a algum tempo.

 

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