A mesa profana e a santa
O festim de mega-corrupções e mesas fartas dos abastados do país contrastam com a mesa pobre daqueles que dependem de alguma esmola social para matar a fome, em geral com uma alimentação sub-nutricional.
O autor Jean Marc Albert, em seu livro “Às mesas do poder – Dos banquetes gregos ao Eliseu” , vai desde os banquetes do período clássico grego, até a mesa, manifesto do classicismo do período do auge do poder burguês, mas não é diferente de nossos dias.
O clássico da antiguidade “O Banquete” de Platão é na realidade um é diálogo escrito por volta de 380 a.C. com uma série de discursos sobre o amor (eros) que juntamento com Fedro, constituiem os dois principais diálogos de Platão em torno do tema Amor, mas este em sua face eros.
Os festins medievais eram exagerados e demorados, haviam até intervalos para tomar banho e fazer massagem, desde o período da decadência romana haviam os vomitórios, para possibilitar a continuidade dos excessos à mesa, porém a grande maioria da população passava fome.
Os banquetes também eram famosos no período do classicismo, é famoso o quadro “Os comendores de batatas” (1885), onde faz uma releitura dos traços de Millet, pertencente à primeira fase da pintura do artista.
O Banquete da Quinta Feira santa, é um banquete de sacrifício, uma despedida de Jesus de seus discípulos, quer deixar um memorial de sua vida terrena e pedir que façam isto em sua memória, não é um banquete de poderosos, de abastados e de corruptos, aliás será o representante destes que entregará seu Mestre.