Ainda há espírito de Natal ?
Já explicamos em anos anteriores (veja o post), que a figura de Noel apareceu na década de 1920 num jogo de marketing da Coca-Cola® relacionando a figura de Santa Claus (o Papai Noel americano) com impressões em revistas como o Saturday Evening Post, mas é claro que o nascimento de Jesus é bem mais antigo, aliás data nos anos, pois estamos em 2016 d.C. (depois de Cristo), ainda que a medida dos anos seja imprecisa devido ao calendário Gregoriano.
Mas este ano, eleição de Trump, crise no país com vários nuances: impeachment, lava a jato, crise no Rio e com outros estados mostrando esgotamento das finanças, agora a tragédia com o time da cidade de Chapecó, haveria ainda clima para o verdadeiro espirito de Natal, a paz e a justiça, solidariedade com as periferias (agora também existenciais), ou estamos em “deprê”?
Lembremos que o ano que nasce Jesus é o ano do recenseamento feito pelo Império Romano, e na época as pessoas deveriam se dirigir a cidade Natal, por isto Maria e José vão a Belém, onde acaba nascendo num estábulo, por falta de hospedagem, o menino chamado Jesus.
Sim de fato pode haver uma confusão histórica, Lucas (Lc 2,2) narrou que o censo foi realizado quando Quirino era governador da Síria, por onde do imperador Cesar Augusto, mas a ordem de Cesar Augusto é de 5 a.C., enquanto Quirino (ou Cyreno) se tornou governador em 6 d.C.
O importante é que o fato histórico ocorreu, e Jesus entrou na história “foi contato entre os homens” não apenas por um capricho da história, mas por uma coincidência divina, e há outras dizia a Profecia de Isaías: “O Senhor dará a vocês um sinal, a virgem ficará grávida …” (Isaías, 7:14).
Então é preciso lembrar o nascimento humilde de Jesus, os anos difíceis que se seguirão que obrigará seus pais fugirem para o Egito, evitando a perseguição de Herodes que promoveu a matança de todos os recém-nascidos querem matar o “futuro rei” dos judeus, mas este governou até 4 a.C., nova confusão.
Sim é preciso lembrar que a perseguição, a humildade e as crises acompanham sempre este nascimento, mas que ele traz esperança, confiança no futuro e paz interior, sim o espírito do Natal permanece, até entre os que não creem, é preciso parar e respirar, senão não dá.