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Apostasia religiosa e última semana do advento

18 dez

A apostasia moderna acontece de modo diferente dos tempos bíblicos, que eram aChamatempos também da cultura grega e é possível traçar paralelos, mas a de hoje é a conveniência e a adequação aos “tempos modernos” abandonando pressupostos da fé.

Significa que mantendo a definição nominal de “cristão”, abandona-se três pressupostos fundamentais da teologia cristã: a própria fé, que não significa ser cego, porém enxergar além do que é visível o que podemos ser feito também pela razão, vide São Tomás de Aquino e outros, a esperança que significa ver um futuro melhor além de toda visão apocalíptica da realidade e o advento tem muito a ver com isto, e a caridade, mais do que o Amor ágape, é um auxilio dado pelo Espírito Santo presente na alma daquele que crê e coloca isto em “vida”.

Está no YouCat (306), catecismo da igreja católica feito para os jovens, a caridade é “virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor a Deus”, pode-se ver claramente que mesmo o amor agápico escapa.

Sim, mas é possível um paralelo com a filosofia, o ágape (na cultura grega antiga se distingui do amor filia e do amor eros), é verdade que o papa e pensador Bento XVI em sua encíclica “Deus caritas est” lembra que o amor oblativo é aquele que procura o bem e a paz para todos os seres humanos, e neste sentido, o ágape lembra e se aproxima do amor “caritas”.

Sobre a esperança, diz o cancioneiro popular que ela tem uma irmã jovem que se chama “liberdade”, por isso a esperança deve ser uma adesão livre de quem crê e espera “ativa” e fraternalmente se empenhando para que o futuro venha, então há uma conexão com o advento, Aquilo e aquele (que é o Deus caritas) que virá em socorro aos homens.

A apostasia sobre o Natal é confundir a festa consumista, o período de preparação (existe um ADVENTO antes) e mesmo entre cristãos, além dos que negam o nascimento, como se fosse possível um Jesus apenas adulto e seria pouco humano é obvio, e também os que em função da situação política e econômica desvalorizam este nascimento como algo fundamental para ter um olhar mais esperançoso, caritativo e com muita fé num futuro que virá, então negam o próprio esforço para esta caminhada.

Há um pavio que fumega, parece frágil e delicado, mas nele temos uma esperança de luz.

 
 

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