Além do cansaço, viver o presente
Vários fatores conseguiram podem colocar nossa vida em desarmonia, mesmo que sejam involuntários, mortes, tragédias, incompreensões, etc . pode parecer que pouco ou nada pode fazer para mudá-los, uma fórmula já conhecida que é a meditação e/ou a oração, pode até parecer fuga.
Há várias correntes culturais que pensam como uma apelação ou religiosas que as associam ao new age, mas a sociedade do cansaço descobriu a contemplação, Byung Chul Han escreveu sobre isto, Sloterdijk seu mestre alertou para “uma ascese desespiritualizada”, ambos não são cristãos, e em ambos podem se encontrar aspectos que chamam co-imunidade ou mesmo a contemplação.
Aos poucos a mente turbada vai voltando a ficar clara, escolher um pensamento ou uma atitude para tornar o dia melhor, buscar um modo de acalmar e relaxar e superar situações de conflito.
A psicopolítica, e a tentativa que ressurge de controle das pessoas, deve ter uma reação calma e afirmar que isto não está funcionando, sem se indispor com ninguém a sua volta e evitar que se perca o momento, ou tentar controlar atitudes das pessoas que estão ao seu lado.
Por último o que foi postado ja aqui, mesmo em meio a turbulência, até mesmo na guerra, são possíveis momentos de trégua, de felicidade se vivermos desapegados do que já passou e não existe mais.
O número de problemas sociais que se avolumam vai requerer atitudes para não cair em alguma forma de doença psíquica, depressão, desanimo, abatimento ou síndromes mais pesadas.
Há um lado profundamente positivo nisto tudo, tornou-se urgente alguma forma de espiritualidade e até aí residem perigos pois não são poucos os que prometem o que não entregam: paz de espírito, pois a paz social vai demorar e os obstáculos a serem removidos são enormes, mas também teremos que fazê-lo.
Ao ver filmes, livros e cultura, claro de alto nível, tudo parece apontar para lá, uma retomada do Ser, unir objetividade e subjetividade, ação e contemplação enfim poderá custar, mas algo haverá de reflorir e alavancar um futuro mais “humano” além do humanismo fragmentário do moderno.