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O Oscar do Parasita

10 fev

Estava convencido que a Academia daria este ano o Oscar ao Coringa, mas não por razões políticas, parecia por retornar a valores nacionalistas e autoritários pelos filmes.violentos e autocráticos.
Diferenciando autocracia difere da ditadura, quando o poder (Kratos) é exercício por si próprio (auto) significa o poder pelo poder, enquanto ditadura é a negação da democracia, e o que emergiu no mundo contemporâneo é uma mistura das dois pessoas, em eleições livres.

O Coringa teve o premio justo é uma boa atuação, é razoável que se dê o Oscar de melhor ator, embora o personagem seja uma mistura patológica de ingredientes maldosos, com a indicação a 11 categorias e foi um sinal de certo “exagero” pelo filme, mas foi o que resultou foi justo, e a Academia provou que está viva e mantém o senso crítico.
Lembro que A Malvada (1950) e Titanic, além do recente La la Land que tiveram 14 indicações.
Os Dois prêmios dados,  por critério exclusivamente artístico (esquecendo o ético e o político), para mim seria apenas de ator mas ganhou também melhor trilha sonora.

Barbadas foram Brad Pitt melhor ator coadjuvante, melhor roteiro adaptado Taika Waititi em Jojo Habbit  e Bong Joon Ho diretor de Parasita.
Tinha decidido não comentar, mas a indicação de Dois Papas (do brasileiro Fernando Meirelles) e o polêmico documentário A democracia em vertigem, a propósito do que afirmo aqui, ia na contramão do Coringa, mas O Parasita ganhou e mereceu as 4 estatuetas, e premio de consolação para roteiro adaptado de Dois Papas.

Deixo meu protesto, sem dúvida 1917 (3 estatuetas) tem grandes qualidades e poderia ganhar mais, e parabenizo quem assistiu Parasita (Oscar de direção) sabe que merecia, o filme quase nos hipnotiza e Era uma vez em Hollywood (2 estatuetas) mereciam mais, surpresa a melhor atriz para Renné Zellweger em Judy: Muito Além do arco-íris.
Por último como animação a estatueta foi para Toy Story 4 que julgo merecido.

 

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