A guerra pode seguir uma escalada
Enquanto as forças humanitárias cultivam a esperança, a escalada da guerra parece seguir um curso cada vez maior e com consequências “imprevisíveis”, nas palavras de Putin em respostas ao armamento americano da Ucrânia, as vozes da paz parecem ter pouco eco entre governantes.
O envio de novas tropas russas, agora a região do norte e o envio americano de mais armas a Ucrânia mostram que a escalada da guerra na região está longe de terminar, as negociações estão cada vez mais difíceis, uma vez que a Rússia quer estabelecer novos territórios dentro da Ucrânia, além da Criméia já anexada no conflito anterior de 2014.
Segundo o ministro da defesa russo Igor Konashenkov, o exército russo fez 315 ataques na madrugada de domingo para segunda, nas regiões de Kharkiv, Zaporizhshia (onde há uma usina nuclear), Donestsk e Dnipropetrovsk e no porto de Myloslayv, regiões já com avanços russos (mapa acima).
Ontem várias regiões da Ucrânia foram alvos mísseis de longo alcance, incluindo Kiev e Lviv
Os olhares agora voltam-se para outras regiões, manobras militares russas no Norte e no espaço aéreo a China também se movimenta, uma coisa já compreendida do presidente que foi agente da KGB no período soviético, é que ele despista apontando falso objetivos e alvos, mas não blefa.
Assim é certo que enquanto fala do problema da Bósnia (parte da antiga Iugoslávia que se fragmentou em vários países, e teve uma sangrenta guerra recente com a Sérvia), volta seus olhares (e possíveis alvos) para Finlândia e Noruega, enquanto tenta manter o controle das ilhas Curilhas reivindicadas pelo Japão, que as perdeu na partilha entre os aliados na II Guerra Mundial.
A China passou a patrulhar sua costa no Pacífico, com seus caças militares enquanto a Russia mantém mísseis antiaéreos nas ilhas, que tiveram uma extensão de posse em 1855 (Tratado de Shimoda) e 1945 (II Guerra Mundial).