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Siria a beira da guerra civil

12 mai

Desde o início das manifestações na Síria alertamos contra o aspecto autoritário do governo daquele país, com diversos massacres promovidos contra o povo, e a falta de sensibilidade do ocidente ao grito popular.

Agora após 2 atentados em Aleppo, milhares de sírios desafiaram na sexta-feira de ontem as forças de segurança do regime de Bashar al-Assad, que indica a emergência de uma guerra civil que deixará uma multidão ainda maior de mortos.

No bairro de Tadamone, bairro da capital Damasco tradicionalmente hostil ao regime, forças de segurança atiraram em manifestantes deixando cinco feridos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Abriram fogo ainda contra manifestantes em Hama (centro), em Aleppo (norte) onde houve o atentado, e em Hassaka (nordeste), onde as pessoas respondem jogando pedras nos soldados mostrando a reação civil ao regime.

Segundo a AFP, um manifestante dizia “Nossa revolução não tem nada a ver com os atentados terroristas do regime” em um cartaz exibido por manifestantes na cidade litorânea de Jableh, enquanto governo e oposição afirmam não ter responsabilidade dos ataques que mataram 55 pessoas e feriram outras 372 na quinta-feira.

Na segunda-feira tinha havido eleições, que teoricamente tiravam a hegemonia do partido Baath, do presidente al Assad, que chegou ao poder em 1963, mas a oposição boicotou e as eleições ocorreram em meio a ondas de violência no país, apesar da presença de observadores da ONU.

Ontem ocorreu nova explosão em frente à sede do partido Baath, na mesma cidade de Aleppo, onde poucas horas antes as forças de segurança diziam terem frustrado uma tentativa de atentado.

Apesar de algumas tentativas da ONU, a Síria segue um doloroso caminho em direção a guerra civil, o governo não abre o diálogo e boa parte da oposição está refugiada no exterior.

 

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