Arquivo para janeiro 20th, 2017
Algumas “promessas” de Trump
Começa hoje o mandato dos mais polêmicos de um presidente dos EUA, e se construir o muro na fronteira com o México se tornará ridículo.
Sobre a imigração, não é sofisma, claro que ele fala dos 11 milhões de migrantes clandestinos que vivem no país, mas muitos já tem filhos e famílias radicadas lá, e o simples fato de ser de outra religião ou raça não poderia nunca diferenciar uma pessoa e seus direitos civis.
Reformar Washington, o que chama de tirar os “amigos de Clinton” em muitos casos são senão profissionais ou até mesmo pessoas com preferencia partidária pelos democratas, e para toma emprestada a ideia de Abraham Lincoln, feita num famoso discurso de 1863, em que pediu a união dos americanos, mas o contexto era bem diferente, e pode ser visto no filme com recente do filme Lincoln, onde entre outras coisas lutou pela igualdade racial.
Quer assinar a maior “revolução tributária” do país, hoje o teto está em 35% de cobrança dos lucros, ele quer limitar a 15%, isto beneficia apenas a concentração de renda e as consequencias para os programas sociais são mais do que óbvias, vai faltar dinheiro.
Vai rever todo o comércio exterior, fez campanha contra a Parceria Transatlântica de Trocas e Investimentos (TTIP) que seria uma cooperação com a União Europeia, também os tratados com Canadá e México seus vizinhos e os acordos da NAFTA serão revistos, será uma guerra comercial.
A política externa é ainda mais ameaçadora, é contra acordos de paz com a Palestina, vai rever a proteção aos aliados da OTAN e quanto a Síria irá apenas combater o Estado Islâmico, é mais lenha na fogueira da guerra
Sem as duas nações mais industrizalidas do mundo aderirem aos programas ecológicos propostos desde a Rio 1922 (Rio92) chegando a Paris 2015 (COP2015) os ativistas e defensores do planeta sofrem uma dura derrota, para Trump: “o conceito de aquecimento global foi criado por e para os chineses manterem o setor industrial dos EUA não-competitivo”, escreveu num twitter e repediu na campanha.
O conceito mais retrógrado e duro com os próprios americanos é a ideia de apagar todo o legado Obama, hoje admirado no mundo inteiro, de acordo com Stephen Moore, que era seu conselheiro de campnha, há pelo menos 25 “ordens executivas” para Trump reverter e apagar o que Obama deixou.
Por último o aspecto legal, por que alguém pode imaginar que com tanto autoritarismo, talvez possa sofrer um impeachment, a subita morte de Antonin Scala, membro do Supremo Tribunal de lá, e a indicação do substituto por Trump dará maioria conservadora ao Supremo, e muitas leis serão revistas.
Se é que isto é uma noticia boa, do outro lado podemos prever um isolamento dos EUA, muita crise interna e uma militância acirrada já prometida por ativistas, artistas e democratas.