Acesso a internet deve ser direito humano
É o que indica uma pesquisa divulgada no Canadá e feita em 24 países, com 23.376 entrevistados que indicaram que o acesso a internet é chave para um futuro econômico, importante para a liberdade de expressão política, por isto deveria ser um direito humano.
A pesquisa foi feita, pelo Instituto Ipsos, para o GCIG (Global Commission on Internet Governance), e apresentada no início de uma reunião de dois dias, em Ottawa, sobre a governança na internet.
A Comissão Mundial sobre Governança na Internet, a principal anfitriã da conferência de Ottawa, revelou que o mundo está num caminho de disputa pelo poder e muitos grupos e governos tem interesse em manter influência sobre todos os aspectos da internet.
Mas o estudo desta comissão defende que a maioria das pessoas não quer nenhuma nação ou organização com controle da rede mundial de computadores, sendo, portanto uma questão de cidadania planetária, e o problema é quem deveria regulamentar o acesso e uso da internet.
A ideia é que um grupo formado por uma combinação de especialistas, engenheiros e grupos não governamentais, seja os escolhidos por 57% daqueles que seriam encarregados desta tarefa, mas 50% consideraram que as Nações Unidas poderiam realizar estes trabalhos e há ainda 36% que defendem que os Estados Unidos deva assumir a liderança neste tema.
A pesquisa foi feita de 7 de outubro a 12 de novembro nos países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Egito, França, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Nigéria, Paquistão, Polônia, Quênia, Reino Unido, Suíça, Tunísia e Turquia.
A CGIG que é presidida pelo diplomata e ex-político suíço Carl Bildt, deverá apresentar seu relatório final para futuro da governança na internet em 2016.