O ativismo e a crise econômica
Mesmo considerado que os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas do Ministério da Educação) possam estar exagerados, os dados dizem que os jovens entre 18 e 24 anos, que cursavam o nível superior eram de 15%, em 2002, e devem ter passado para 29,9%, segundo dados oficiais, em 2011, e devem estar chegando a de fato a 30% somente agora em 2015.
Ainda que o nível da qualidade de ensino deva ser questionada, o fato é que quem lê mais, deve entender melhor a realidade e tende a ser mais crítico, mas a maioria dos que enaltecem estes dados esquecem o papel politizador das redes sociais.
Os ativistas estão ai protestando e isto independe da classe social, no caso jovem.
O outro motivo esquecido é a crise econômica, ignorada pelos dados oficiais até o ano passado, não pode agora ser ignorado, o crescimento que chegou a ser até comemorado de 7% cresceu na esteira da gastança e do crédito fácil, agora não deve ultrapassar a 1% e pode continuar assim pelos próximos anos.
Assim o fato que houve com o “crescimento” a possibilidade de melhoria rápida no padrão de vida dos brasileiros, sobretudo os mais jovens, isto torna-se frustrante quando os níveis de desemprego chegam a taxas de 12,4%, que é o triplo entre os mais velhos, assim a sociedade exclui jovens e velhos acima de 50 anos.
Os dados mostram que o crescimento se deu em cursos “presenciais e a distância” e embora a campanha oficial fale do crescimento das escolas públicas, nos números (dados da revista Epoca) não indicam que este crescimento seja expressivo, falta analisar a qualidade e quem são os ingressantes, isto é, se está havendo inclusão, isto fica para amanhã.