O oitavo saber: a fraternidade ecológica
Edgar Morin, além Cabeça bem feita (1999) e dos Sete Saberes Necessário a educação do futuro (2000), que apontam para uma revolução paradigmática no pensamento, Morin acrescenta agora no livro e Myron Kaufman “Morin – Do big bother à fraternidade” um oitavo saber necessário: a fraternidade.
Seguindo a lógica do pensamento de Hubert Reeves (2002), que propõe que sejamos os artesãos do oitavo dia, Edgar Morin afirma a necessidade de acrescentar aos sete saberes um oitavo: a pedagogia da Fraternidade Ecológica.
Três pilares bastante simples podem definir esta fraternidade ecológica, como um sistema vivo e não um sistema autômato ou automático, são elas:
O princípio da convivência, ou seja, toda relação humana implica num modelo de convivência de certos valores, formas de organização e normas para enfrentar conflito, expressar sentimentos, resolver expectativas sociais e educacionais, de modo a con-viver.
O princípio do diálogo, que significa que olhar com atenção e respeito ao discurso alheio, verificar as condições de possibilidades, e, finalmente, o ato de dialogar aumenta e favorece a atenção sobre várias coisas, ajudando-as a vê-las melhor.
O princípio da sabedoria está ligado ao amor e o cuidado com a Natureza (e os Outros é claro). Para cuidar dos seres da natureza o homem precisa conviver e conhecer os fenômenos, com pressuposto de uma escuta sensível, não ignorar a complexidade de algumas coisas, e aprofundar a relação consigo mesmo para aceitar a convivência no respeito e na fraternidade.
Quem quiser começar lendo o livro Cabeça-bem-feita, encontra-o na Web.