Dos caras pintadas às manifestações de 13 de junho
O patético e melancólico governo do General Figueiredo (1979-1985) marcou o fim do regime militar, com uma enorme crise econômica e o processo de reabertura política do país, foi marcado por uma enorme crise econômica e o processo de reabertura política do país, com a Lei da Anistia e a volta de muitos políticos, artistas e intelectuais ao país.
A oposição tentou através de uma emenda chamada reestabelecer a eleição presidencial direta para presidente, nas ruas no ano de 1984 praticamente todas as forças democrática do país saíram em defesa das eleições foi a campanha chamada “Diretas Já”, mas foi eleito indiretamente Tancredo Neves que não chega a tomar posse e falei em 21 de abril (dizem que foi “adiada” a morte para chegar esta data) e quem assume é José Sarney, e eleição elegeria Fernando Collor, até então pouco conhecido.
O governo Collor (1990-1992) apesar de eleito por ampla maioria, revela logo no dia seguinte das eleições a sua verdadeira face e confisca a poupança de milhares de brasileiros, fato que ainda hoje permanece esquecido, pois significou uma quebra na confiança da maioria das pessoas no uso público do dinheiro.
O confisco do dinheiro, a redução do apoio de Collor no congresso nacional e as manifestações de ruas, conhecidas como os “caras pintadas” porque pintava-se o rosto com faixas verde-amarelas, leva ao impeachment e assume seu vice Itamar Franco que governou até o final de 1994.
Tivemos o final de mandato de Itamar Franco, uma espécie de governo também, algo que o vice Temer do PMDB parece querer imitar, mas não é exatamente a mesma coisa o que acontece hoje, quando a maioria dos políticos está em descrédito, inclusive os de oposição.
Depois vieram dois governos Fernando Henrique Cardoso com a conquista da estabilidade da moeda, mas sob forte oposição do Partido dos Trabalhadores, cria uma forma de governar com uso de cargos e acordos de bastidores, chamado de “governo de colisão”.
Finalmente em 2002 luta é eleito e reeleito em 2006, usando uma lei que seu sucessor criou para fazer dois mandatos, em 2010 consegue fazer sua sucessora Dilma Roussef, o ano de 2008 foi um ano de relativa crise internacional, o governo driblou ela fortalecendo o mercado interno e com uso de commodities (soja, suco de laranja congelado, minerais, petróleo, etc.), mas o modelo se esgota.
Em junho de 2013, ainda sem a forte polarização ideológica que acontece hoje, o povo saiu as ruas, em pautas para os partidos um pouco claras, muito claras para o povo e alguma análise política bem feita, a pauta era: a redução dos transportes (estopim das manifestações), combate à corrupção (feito ainda de modo parcial), transparência nas decisões políticas, a volta da inflação (já naquele tempo), gastos com a Copa do mundo e muitos outros.
Incorretamente não se liga a instabilidade destes dias de hoje no Brasil a este período, a corrupção está aí.